-Capítulo Seis-

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Estava tão concentrada nos eventos que aconteceram ontem que nem consigo prestar atenção na aula direito, pelo menos ele não vai vir, olho o relógio acima do quadro. Minutos depois Vin entra na sala com a cara mais cínica, será que ele se lembra de mim? Começo a bater a ponta dos meus dedos na mesa, não vou mentir, estou um pouco nervosa e... ansiosa.

Escuto cochichos vindo lá do canto da sala — ai meu Deus, será que? Me viro lentamente e vejo Vin me encarando fixamente com um semblante irritado, merda, volto a olhar para frente ainda sentindo o efeito do seu olhar de fúria sobre mim. Aulas depois o sinal toca para o intervalo, arrumo minhas coisas e vou a caminho da porta o mais rápido possível. Quando estou prestes a sair sou barrada por Vin.

— Aonde pensa que vai. —Ele dá um sorriso de lado muito carregado de sarcasmo Merda...não vou abaixar a guarda.

— Para onde eu vou não te interessa. —Falo séria apertando as alças da mochila.

— Se não interessasse eu não estaria perguntando. — Reviro os olhos.

— Sai da frente Vin. —Tento sair, mas ele me impede.

— Olha eu realmente estou pensando em te dar mais um soco. —Empurro seu peito com o indicador.

— Escuta aqui coisinha, se encostas em minha de novo eu juro que acabo com a sua vida de mil formas diferentes, me entendeu? —se aproxima me prensando contra uma mesa. — Você está marcada comigo agora mocinha.

— O que isso significa? —ele sorri e melhora de cima a baixo, muito próximo, próximo até demais.

— Significa que eu vou te infernizar até eu cansar de você. —Ele dá um sorriso e sai me deixando sozinha.

É, pelo que me parece eu perdi a minha paz, ou melhor, a minha invisibilidade, tudo por um maldito soco, se eu soubesse que seria assim teria dado um chute no saco para valer mais a pena.

O intervalo foi uma porcaria sem a Elena, ela me ligou mais sedo com uma voz rouca e sonolenta dizendo que não iria vir hoje por estar sentindo muita dor de cabeça. Já percebeu que quando você não quer encontrar uma pessoa de maneira alguma é quando essa pessoa mais aparece, então, não importa para qual corredor eu ia Vin sempre estava lá com seus amigos e a Rebeca com suas lacaias. Vou para o mural onde tinha uma folha verde pendurada anunciando os grupos do trabalho de literatura.

Mais que caralho, eu literalmente sou muito azarada, MERDA! Estava escrito Verônica Miller, Peter Williams e Vin Winchester, agora ele vai me infernizar sem nenhum esforço, me sento com as pernas bambas totalmente derrotada, uma figura masculina para na minha frente, olho para cima e vejo Vin me olhando com um sorriso de lado — qualquer dia, quando eu estiver bem surtada eu quebro os dentes dele, o mesmo se abaixa ficando entre as minhas pernas me olhando fixamente.

— Parece que vamos nos ver bastante essa semana. —Reviro os olhos e forço um sorriso. — Pois é, que infelicidade a minha não? —falo olhando no fundo dos seus olhos e mentalizando a alma dele queimando com isso, se é que ele tem alma. — Vai ser divertido. Para mim obvio. —Se levanta.

Ele me lança um olhar de diversão e sai andando, perdi até a fome, minutos depois vejo um garoto moreno alto vindo em minha direção, ele tinha olhos verdes seu cabelo era um castanho meio mel, não tinha o corpo atlético nem musculoso.

— Oi, eu sou o Peter Williams seu parceiro no trabalho de literatura. —Ele dá um sorriso carismático.

— Eu...eu sou Verônica Miller é um prazer conhecê—lo. —aperto sua mão e retribuo o sorriso.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora