Depois de um longo caminho em total silêncio escuto o som de água corrente.
— Chegamos. — Vin diz com sorriso mais lindo que já vi.
Abro um sorriso e tomo a dianteira ficando a sua frente, passo por alguns arbustos e meu peito se enche ao ver uma linda cachoeira. Vin me envolve com seus braços e beija o topo da minha cabeça apoiando o queixo sobre em seguida.
— Lindo não?
— Lindo? — Solto uma risada curta. — Isso é maravilhoso Vin.
Era uma beleza natural, escondida de todos menos de Vin. Nunca fui a uma cachoeira antes, eu nem sabia que tinha uma na cidade. Olho para Vin e o vejo arrumar nossas coisas, coloco os braços para trás e me aproximo do mesmo.
— Está com fome? —Pergunta se sentando.
— Oh, sim! Não tomei café ainda. — Digo me sentando.
Pego um pedaço de bolo enquanto Vin enchia sua mão com salgadinhos. Como ele sabe desse lugar? Nossa, o Vin é uma pessoa tão... viajada e comunicativa, não importa onde ele vá ele sempre conhece alguém e todos querem conhece-lo, parte de mim queria ser assim.
— Como achou esse lugar? — Perguntei levando um pedaço de bolo até minha boca.
Vin olha para a água com uma expressão indecifrável, acho que ele estava pensando se deveria me contar ou não, mas de repente ele sorri e fala:
— Meu avô sempre me trazia aqui —seu olhar fica baixo —, eu lembro que eu corria e nadava tanto, mas tanto que sempre volta nos ombros do meu avô tão cansado. — Dou um sorriso, ele me encarou e forçou um sorriso fraco. Vin ainda sentia falta do seu avô, dava para ver a dor em seus olhos.
Me levanto e vou até ele, ele sorri pequeno e se deita me permitindo deitar no seu peito, aperto sua camiseta e olho para as árvores que rodeiam o lugar, nem imagino o quanto esse lugar é especial para ele, deve ser muito difícil voltar aqui sem a pessoa que dividiu tantas memórias boas.
— Eu nunca trouxe ninguém aqui sabia? Você é a única que sabe deste lugar e do meu avô.
— Por que apenas eu? Tipo, você conheceu tantas pessoas e decidiu dividir isso apenas comigo.
— Porque você se tornou especial para mim. — Aperto meus lábios ao escutar.
Me levanto e começo a tirar minhas roupas até ficar apenas de peças íntimas. Olho para Vin com um sorriso nos lábios e pergunto:
— Vai ficar aí deitado ou vai nadar comigo? — Me viro e ando até a água.
Assim que meus pés tocam a água todo meu corpo se arrepia por causa da temperatura fria, mergulho de uma vez sentindo a água gelada tocar minha pele quente me dando a sensação de facas me arranhando. Vin tira as roupas e em um pulo entra na água jogando um jato de água no meu rosto, volto para a superfície escutando suas gargalhadas, empurro água no seu rosto o fazendo recuar e até engolir um pouco de água.
— Idiota. — Falo jogando mais um pouco.
Ficamos ali com nossas conversas e brincadeiras brutais até que nossos dedos se enrugarem e nossas barrigas começassem a roncar.
— Vai querer o que? — Pergunta olhando dentro da mochila. — Por que pegou cerejas? — Pergunta balançando o pote, me encarando intrigado.
— Não sei. — Respondo pegando a caixa de suco sentindo minhas bochechas tomarem cor e meu coração disparar.
Ele sorriu e abriu o pote pegando uma cereja em seguida, olhei para seus movimentos com atenção e excitação.
— Quer? — Pergunta se aproximando. A cada movimento seu, minha respiração pesava.
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Me Ame! (Em Revisão)
Teen Fiction+16 Verônica Miller, uma garota comum, que quase ninguém nota na escola, mas não pense que isso é incomodo para ela,como ela diz "aqueles que não são vistos não são incomodados",tudo que ela gosta é de ficar em casa tomando uma boa xícara de chá e...