- Capítulo Trinta -

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Depois de um longo caminho em total silêncio escuto o som de água corrente.

— Chegamos. — Vin diz com sorriso mais lindo que já vi.

Abro um sorriso e tomo a dianteira ficando a sua frente, passo por alguns arbustos e meu peito se enche ao ver uma linda cachoeira. Vin me envolve com seus braços e beija o topo da minha cabeça apoiando o queixo sobre em seguida.

— Lindo não?

— Lindo? — Solto uma risada curta. — Isso é maravilhoso Vin.

Era uma beleza natural, escondida de todos menos de Vin. Nunca fui a uma cachoeira antes, eu nem sabia que tinha uma na cidade. Olho para Vin e o vejo arrumar nossas coisas, coloco os braços para trás e me aproximo do mesmo.

— Está com fome? —Pergunta se sentando.

— Oh, sim! Não tomei café ainda. — Digo me sentando.

Pego um pedaço de bolo enquanto Vin enchia sua mão com salgadinhos. Como ele sabe desse lugar? Nossa, o Vin é uma pessoa tão... viajada e comunicativa, não importa onde ele vá ele sempre conhece alguém e todos querem conhece-lo, parte de mim queria ser assim.

— Como achou esse lugar? — Perguntei levando um pedaço de bolo até minha boca.

Vin olha para a água com uma expressão indecifrável, acho que ele estava pensando se deveria me contar ou não, mas de repente ele sorri e fala:

— Meu avô sempre me trazia aqui —seu olhar fica baixo —, eu lembro que eu corria e nadava tanto, mas tanto que sempre volta nos ombros do meu avô tão cansado. — Dou um sorriso, ele me encarou e forçou um sorriso fraco. Vin ainda sentia falta do seu avô, dava para ver a dor em seus olhos.

Me levanto e vou até ele, ele sorri pequeno e se deita me permitindo deitar no seu peito, aperto sua camiseta e olho para as árvores que rodeiam o lugar, nem imagino o quanto esse lugar é especial para ele, deve ser muito difícil voltar aqui sem a pessoa que dividiu tantas memórias boas.

— Eu nunca trouxe ninguém aqui sabia? Você é a única que sabe deste lugar e do meu avô.

— Por que apenas eu? Tipo, você conheceu tantas pessoas e decidiu dividir isso apenas comigo.

— Porque você se tornou especial para mim. — Aperto meus lábios ao escutar.

Me levanto e começo a tirar minhas roupas até ficar apenas de peças íntimas. Olho para Vin com um sorriso nos lábios e pergunto:

— Vai ficar aí deitado ou vai nadar comigo? — Me viro e ando até a água.

Assim que meus pés tocam a água todo meu corpo se arrepia por causa da temperatura fria, mergulho de uma vez sentindo a água gelada tocar minha pele quente me dando a sensação de facas me arranhando. Vin tira as roupas e em um pulo entra na água jogando um jato de água no meu rosto, volto para a superfície escutando suas gargalhadas, empurro água no seu rosto o fazendo recuar e até engolir um pouco de água.

— Idiota. — Falo jogando mais um pouco.

Ficamos ali com nossas conversas e brincadeiras brutais até que nossos dedos se enrugarem e nossas barrigas começassem a roncar.

— Vai querer o que? — Pergunta olhando dentro da mochila. — Por que pegou cerejas? — Pergunta balançando o pote, me encarando intrigado.

— Não sei. — Respondo pegando a caixa de suco sentindo minhas bochechas tomarem cor e meu coração disparar.

Ele sorriu e abriu o pote pegando uma cereja em seguida, olhei para seus movimentos com atenção e excitação.

— Quer? — Pergunta se aproximando. A cada movimento seu, minha respiração pesava.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora