- Capítulo Vinte -

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Depois que todos acordaram, nos vestimos e tomamos um café demorado, durante todo café, não tive a mínima coragem de pelo menos olhar para Vin, fiquei a manhã inteira o evitando. Conversamos sobre a noite de ontem e concordamos em não comentar com mais ninguém, vamos deixar isso em total segredo. Eu fui a última a sair da casa da Elena, ela pediu para ficar mais um pouco ela, depois de um tempo cheguei na varanda da minha casa.

— Mãe. — A chamo batendo na porta.

Olho para o lado e vejo um bilhete entre as folhas da planta que ficava ao lado da porta, outra coisa além de livros e vinho que a minha mãe é viciada, plantas, em todo cômodo da casa tem um tipo de planta, pego o bilhete e leio o que estava escrito.

"Filha, estou na casa da Safira, a chave está comigo venha buscá—la. Não faz essa cara feia, ninguém mandou demorar tanto para voltar. Beijo, mamãe."

— Fala sério mãe. — Resmungo bufando em seguida.

Safira e uma amiga de longa data da minha mãe, ela mora uma rua acima da casa do Vin, saio da minha varanda e começo a caminhar a destino da casa da amiga da minha mãe. Só a minha mãe para me fazer andar esse tanto de quadras, acho que é umas cinco ou seis quadras da minha casa.

(...)

Muito tempo depois chego em frente à casa onde minha mãe estava, eu estava quase morrendo de tanto andar, eu com toda certeza preciso largar está vida de sedentarismo, a casa era belíssima assim como as outras casas do bairro, bato na porta e minutos depois minha mãe a abre com um sorriso lindo no rosto, cerro os olhos e seu sorriso some.

— Bom dia querida, já falei para não fazer está cara quem chegou tarde foi você.

— Bom dia mãe.

— Vai querer entrar?

— Não só quero ir para casa descansar um pouco mais, dormi tarde ontem.

— Tudo bem, mas eu deveria obrigar você a entrar, eu falei para não dormir tarde. — Ela tira a chave do bolso e me entrega.

— Para de drama. — Peguei a chave de sua mão e a coloquei no bolso.

— Direto para casa viu. — Avisa, eu aceno me virando para ir embora.

Começo a caminhar de volta para casa, já sentindo o cansaço de ter que andar isso tudo novamente, minutos depois passo em frente à casa do Vin, minhas bochechas coram quando lembro dos acontecimentos que ocorreram ali, logo memórias de ontem invadem a minha cabeça.

Não acredito que eu queria beijar aquele cretino.

Depois de um tempo andando o barulho de uma buzina me assusta, olho para trás com a mão no peito e reviro os olhos ao Vin em seu carro me encarando com um sorriso de lado. Eu não sei o que eu fiz para o universo me odiar tanto assim, mas deve ter sido muito sério, toda vez eu encontro esse demônio malhado, ou talvez todas que eu falo e penso em seu nome ele invocado, ou algo do tipo.

— Entra eu te levo. — Ele diz andando devagar do meu lado.

— Não obrigada. — E arriscar de acontecer o que aconteceu ontem, nem morta, prefiro andar três quilômetros.

— Entra logo, para de birra eu sei que sua casa é longe daqui. — Ele diz já impaciente e eu faço que não com a cabeça.

— Prefiro andar do que entrar nesse carro e minha casa não é muito longe daqui.

— Não me faça descer e ir te buscar. — O olho com um olhar que dizia: "Eu duvido que faça isso." Ele me olha da mesma forma, então o mesmo acelera o carro um pouco parando a poucos metros na minha frente, depois ele desce e vem na minha direção.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora