- Capítulo Vinte e Seis -

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Vin narrando

Saio do closet e vejo que Verônica já está deitada, dou um pequeno sorriso e me aproximo da mesma vendo que já dormia. Ela estava abraçada ao cobertor, seus cabelos estavam jogados para todos os lados, me aproximo mais e retiro uma mecha de sua bochecha.

Será que eu a machuquei muito? Espera. Que preocupação é essa?!

Me afasto da cama devagar passando a mão no meu cabelo. Vou em direção a porta e pego uma jaqueta que estava pendurada em um gancho atrás da porta, abro a porta e visto a jaqueta preta de couro, não quero que vejam a que minha gatinha... quer dizer, Verônica fez comigo. Desço as escadas vendo todas as pessoas já bêbadas e algumas caindo, que povo fraco com bebida, eu precisaria beber muito mais do que eu bebi hoje para cair. Respiro fundo e chego ao fim das escadas, de repente a Rebeca surgi dizendo sorridente:

— Oi Vin. — Abraça minha cintura e beija meu peito que estava a mostra. Hum, os abraços dela costumavam ser bons para mim, faziam eu me sentir, sei lá, amado ou acolhido de qualquer forme me aquecia, agora não, não sinto absolutamente nada.

— Oi Rebeca. —Digo a afastando-a me, a mesma me olha confusa.

— Ainda está bravo comigo? —pergunta me seguindo.

— Não, não estou — digo abrindo as portas —, agora vai embora, a festa acabou. — Ela me encara por alguns segundos antes de sair me encarando feio.

Depois de garanti que não ficou ninguém na casa, ligo para o pessoal que ia limpar toda a bagunça e agendo a limpeza para amanhã. Minha consciência me dava um falso cansaço, tudo para me deitar ao lado da Verônica. Tenho medo de garotas como a Verônica, ela tem algo que me atrai, e não estou falando da forma desleixada que ela se veste ou arruma seu cabelo, estou falando da sua essência, ela me cativa, me atrai e isso me dá medo.

Verônica tem o poder de conseguir as dez chaves do meu coração e fazer o que quiser, odeio estar vulnerável. Meu plano era ficar longe dela, parar de irrita-la e a odiar, eu não esperava que ela aparecesse aqui e nem que fosse se envolver naquela briga, que garota intrometida. Solto o ar pesado e coço minhas sobrancelhas.

— A Verônica você não faz ideia do poder que tem sobre mim. —Digo baixo apenas para mim e o vazio da sala.

Adentro o quarto e a vejo dormindo calmamente, sem qualquer traço de incomodo. Retiro minha jaqueta e a calça pegando uma outa de moletom mais confortável, depois que a visto, vou até o outro lado da cama e me deito de vagar para não a acordar. Olho para seu rosto e vejo que a ponta de sua boca estava levemente curvada dando a impressão de que estava sorrindo.

Não vou me deixar levar.

Rebeca narrando

— Ele simplesmente me deu um fora como se eu não fosse nada, acreditam nessa palhaçada? — Falo furiosa retirando minhas botas brancas.

— Ninguém te dispensa Rebeca, ele deve que estava cansado ou machucado da briga. — Ashley diz no banheiro retirando sua máscara de hidratação.

Estávamos no meu quarto nos arrumando para dormir, tínhamos acabado de chegar daquela festa terrível. Conheci Ashley três dias atrás, embora eu a ache muito estranha, ela até que é legal e... alguém tinha de substituir o lugar da minha outra amiga que escolheu morar no Canada, mas me escolheu, eu fiquei chateada para caralho ela era muito boa arrumando meu cabelo, mas tudo bem, já estou acostumada a ser deixada de lado, afinal, nem todos aguentam a popularidade como eu.

— Exatamente, logo eu — vou para a frente do espelho retirar meus cílios pórticos —, e eu não acho que ele está cansado coisa nenhuma, Vin nunca deixa uma transa de lado, conheço ele e tenho certeza de que tem outra garoa na jogada.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora