-Capítulo Cinquenta e Seis-

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Meu coração estava acelerado, nãos conseguia conter o tremor do meu corpo, nem as lagrimas que insistiam em cair. Olho para Victor que estava desmaiado no chão cheio de ferimentos e sangue, nunca testemunhei algo tão terrível assim. Olho para Vin que já não me encarava, seu olhar estava perdido, como o homem que eu acabara de ver quase matando outra pessoa podia estar tão vulnerável? O mesmo cai de joelhos e eu me assusto. Não ligo para o estado de Victor, não mesmo. Estou preocupada com Vin e com um pouco de medo, ele parecia estar gostando de fazer aquilo, na verdade parecia estar possuído por demônios cheios de ódio.

Foi exatamente com o Jack disse.

Afasto meus pensamentos e ando em sua direção, minhas pernas estavam fracas e tremulas. O mesmo encara Victor em um tipo de transe, paro bloqueando sua visão e passo minhas mãos pelo seu cabelo e o puxo para descansar sua cabeça na minha barriga, logo sinto suas mãos frias e fortes segurando meus tornozelos.

─ Vai ficar tudo bem. ─ Sussurro acariciando seus cabelos.

O peso que ocupava meu peito foi substituído por alívio, eu estou tão preocupada com tudo isso, mas percebi que Vin também está aflito e com medo, ele esteve lá quando eu mais precisei e agora eu vou estar aqui por ele. Eu o amo tanto e vou cuidar dele. Beijo o topo de sua cabeça e falo:

─ Amor, vem vamos sair daqui, está muito frio.

O mesmo se levanta soltando gemidos de dor por conta do braço, o puxo com cuidado para a trilha da colina e assim que nos aproximamos do carro pego a chave do seu bolso e vou até a porta do motorista.

─ Você sabe dirigir? ─ Vin pergunta com o cenho franzindo.

─ Claro que sei. ─ Falo entrando no carro.

─ Humm... ─ solta um pouco desconfiado antes de entrar.

Começo a dirigir pelas ruas quase vazias da cidade, esse é o lado bom ou ruim de cidades pequenas, depois de um certo horário tudo morre. O corte do Vin parou de sangrar, felizmente não tão fundo, não necessidade de pontos, mas mesmo assim vamos a um hospital limpar isso.

─ Vou te levar para o hospital. ─ Digo olhando para a rua a frente.

─ Não.

─ Vin, você precisa...

─ Eu não posso dar entrada em um hospital Verônica, eu sou menor de idade e vão querer ligar para os meus pais o que vai resultar em muito problema, você consegue cuidar disso, eu lembro quando estávamos no mercado, você sabia exatamente o que iria usar caso um de nós nos machucasse. ─ Suspiro cansada.

─ Tudo bem.

Não demorou muito para encontrar uma farmácia aberta, estaciono o carro em uma das trẽs vagas que ficam do lado do estabelecimento e desligo o carro.

─ Já volto. ─ Retiro o cinto e saio do carro.

Adentro a farmácia e não me dou o trabalho de olhar para a pessoa que estava no balcão, vou direto para a seção onde ficava as gases e os outros itens que eu precisava. Eu não conseguia pensar naquela briga, não consegia pensar em nada além do ferimento do vin e da minha cama, isso tudo me esgotou demais, tudo o que eu preciso é dormir. Levo tudo para o caixa e não deixo de reparar na forma maliciosa que ele me olhava.

─ Tem como para de me olhar desse jeito seu tarado de merda, sabe? Eu estou cansada de pessoas como você no mundo, pessoas que só machucam os outros e fazem de tudo para fazer os outros se sentirem uma merda. Por que vocẽ simplemente não morre ou apenas PASSA A PORRA DAS MINHAS COMPRAS? ─ Grito deixando o senhor de olhos arregalados. Assim que ele coloca tudo em uma sacola e me entrega me afasto do balcão para ir, mas logo me viro e pego um pirulito de maçã verde e lo encaro com um olhar mortal.

─ Tenha uma boa noite senhorita.

Ao sair encontro Vin sentado no capo do carro aguardando, seu olhar ainda estava perdido e triste. Aproximo-me e coloco tudo sobre o carro, faço um coque no cabelo e subo as mangas da jaqueta.

─ Precisa mesmo de tudo isso? ─ Ele pergunta avaliando as coisas.

─ Sim, mas se você quiser ir ao médico eu...

─ Confio em você Verônica. ─ Me corta.

Ligo a lanterna do meu telefone é ilumino o ferimento, graças a Deus não é fundo, pego a gase e pressiono o ferimento com muito cuidado para não causar muita dor. Quero ter certeza de que o sangramento parou então fico ali por alguns minutos, depois de lavar o ferimento pego um esparadrapo e faço um curativo enfaixando o local, faço mesmo com sua mão.

─ Prontinho. ─ Falo com um sorriso.

─ Sabia que ia conseguir. ─ Me puxa pela cintura, dou selinhos em seus lábios.

─ Como você se comportou bem. ─ Abro um sorriso e entrego o pirulito para ele.

─ Ainda bem que eu segurei a vontade de chorar. ─ Diz me fazendo sorrir.

Abraço seu corpo frio e recebo um beijo no topo da cabeça, logo sinto sua mão acariando minhas costas. Fecho os olhos e afasto as imagens do Vin em cima do Victor, não falar sobre isso agora, eu só quero ir para casa.

─ Vou te levar para casa e vou resolver algumas coisas. ─ Me afasto para encará-lo.

─ Não, eu vou com você. ─ Falo.

─ Não, não vai, vou fazer isso sozinho e você vai para casa , já está tarde e esta muito frio, você deve estar exausta.

─ Eu vou com você Vin. ─ Insisto.

─ Não. ─ Diz ainda mais firme. Bufo o vendo ir para o lado do motorista e abrir a porta.

Entro no carro e bato a porta, cruzo os braços e olho para a janela, escuto o suspiro de Vin e logo o barulho do motor. No caminho não pronunciamos uma unica palavra, um olhar ou um toque. Estar do seu lado nunca foi tão frio, eu realmente estou cansada e estressada, se ele quer ir fazer seja lá o que, então que vá. Olho para minha casa e tiro o cinto já indo procurar minhas chaves na bolsa.

─ Eu sei que queria resolver isso comigo, mas eu não quero que fique ainda mais... ─ não termina. Ainda mais o que? Assustada? Tem como piorar Vin?

─ Tudo bem, eu estou cansada mesmo. Só não faça nada que te leve para um tribunal de justiça.

─ Eu não vou. ─ Para o carro.

Desço do carro e vou direto para a varanda, quanto mais rápido eu entrar em casa melhor, não olho para trás mesmo sabendo que ele está lá, apenas entro. Ao trancar a porta sinto meu corpo pesar, me sento no chão e encosto na porta soltando um longo suspiro. Olho para os lados na esperança de ver minha mãe aparecer com seu pijama vermelho e sorriso doce. Sinto tanta falta dela. Depois de alguns minutos subo para o quarto e vou para o banheiro tomar um banho quente e demorado, ao sair visto roupas largas e confortáveis, e então apenas me jogo na cama sentindo a macies do meu colchão que parecia me abraças e afastar todos os pensamentos, não imposta quais, apenas... vazio. 

Ok, acho que estou com muito sono agora kakakak, mas bem, vamos ver o desenrolar dessa história

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Ok, acho que estou com muito sono agora kakakak, mas bem, vamos ver o desenrolar dessa história.

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