Peter Williams
— Peter meu filho você vai se atrasar. —Escuto a voz da minha mãe vinda lá da cozinha.
— Já estou me arrumando mãe. —Falo terminado de arrumar o meu cabelo.
Agora só falta escolher a blusa, fico olhando para todas as minhas blusas e instantaneamente meus olhos focam e uma blusa com as cores da bandeira lgbtqi+, eu simplicidade amo essa blusa, com uma calça marrom então, visto a blusa e arrumo ela dentro da calça para ficar soltinha, depois arrumo meu cinto o centralizando na cintura, passo meu perfume preferido e por fim pego minha mochila azul bebe. Desço as escadas e vou até a cozinha.
— Bom dia mãe. —Dou um beijo em sua bochecha.
Abre um sorriso — Bom dia filho. Hum, vai para a escola ou para um desfile fashion? —Pergunta colocando meu lanche sobre a bancada de madeira clara.
— Estou bonita hoje, né? —Falo dando uma voltinha.
— Você sempre foi lindo meu filho. —Diz abrindo um sorriso sem mostrar os dentes, olho para o pacote na banca e o pego perguntando:
— O que vou levar hoje? —Coloco em minha mochila.
— Seu favorito, sanduíche de manteiga de amendoim. —Dou um largo sorriso.
— Obrigada mãe, agora tenho que ir. — Corro para a porta.
— Não vai querer tomar café?
— Não, obrigada. —Grito fechando a porta.
(...)
Já em sala de aula eu percebo o olhar da professora de geografia sobre mim, me arrumo na cadeira um pouco desconfortável, continuo a escrever no meu caderno, quando olho de novo para professora percebo que ele ainda estava me olhando só que agora com uma cara de nojo e... desprezo.
Óbvio que eu vou tirar satisfação.
— Algum problema professor? —Pergunto educadamente com uma pitada de deboche.
— Sim, por acaso essa camiseta é daquele negócio de lgbt? —Ela pergunta apontado para mim.
— Sim, eu sou gay. —Eu a olho com um sorriso debochado.
— Nada contra a você, mas eu não acho isso correto, na minha opinião isso é invenção dessa geração pecaminosa. —Ela não tem direito de falar isso, fecho a cara.
É o que vadia? Alguém pediu a sua opinião.
— Olha aqui dona, ser gay não é invenção, vamos começar por aí, e outra pega a sua opinião que ninguém solicitou e enfia no centro do seu...
— PETER WILIANS! Pense bem nas suas palavras. —Se levanta.
Ela faz todo um discurso idiota de que o certo era homem e mulher e que se não fosse assim estava errado, era absurdo e sem fundamento algum. Ela continuou falando até que...
— Cala a boca. —Uma garota se levanta afrontando a professora.
— O que isso tudo aí tem a ver com geografia? E outra, você está diminuindo um aluno o que é errado e principalmente crime, pode ter certeza de que eu vou falar tudo isso para diretora e ainda vou falar com ele para meter um processo em você. —Ela encara a professora com fúria nos olhos.
Quem era aquela garota que eu nunca tinha visto antes, ela era do tamanho da Verônica, tinha cabelos ondulados e curtos, usava óculos e tinha olhos verdes, eu tenho que agradece a ela por isso. A professora se cala e encara a garota.
— Alunos eu vou beber uma água. —Ela sai apresada.
Me levanto e vou até a mesa da garota para agradecer.
— Oi, eu sou Peter Williams, eu queria agradecer a você por ter afrontando a professora. —Dou um sorriso.
— Ah de nada, meu nome é Lorrany Carvalho. —Ela abre um sorriso simpático.
— Você é nova né, porque eu nunca tinha te visto.
— Sim sou, eu também evito ficar no meio das pessoas.
— Entendi —dou um sorriso um pouco envergonhado — no intervalo você quer se sentar comigo.
— Sim claro.
Me sentei ao lado dela e conversamos sobre várias coisas. Ela veio de outro país chamado Brasil, tem duas tatuagens que eram bem bonitas, ela me contou sobre vários momentos legais que ela passou com suas amigas. Agora ela estava contando sobre uma festa que teve na sua antiga escola.
— Mentira que você fez isso. —Digo surpreso.
— Sim fiz, e me lembro da dor até hoje. —Solta uma risada.
— Que asar. —Gargalho.
O sinal toca e a professora não tinha chegado ainda, saímos e fomos para uma mesa no refeitório e lá ficamos conversando sobre tudo e mais um pouco ela realmente é muito legal.
(...)
Assim que o último sinal toca, vou até a mesa da Lorrany para irmos para casa juntos.
— Vamos. —Coloco minha mochila nas costas.
— Sim vamos. —Ela pega seu skate que estava de baixo da mesa.
Saímos da escola e fomos andando até nossas respectivas casas, ela me contou uma história de quando ela soltou um cavalo nomeado de Olavo por sua amiga, elas ligaram até para a polícia, segundo ela eles acharam que era uma pessoa de verdade sofrendo maus tratos, e muitas outras coisas, eu também contei várias coisas para ela, até que chego na minha rua.
— Eu tenho que virar aqui. —Falo apontando para a rua.
— Ah, ok. —Ela dá um sorriso.
— Te vejo amanhã na escola? —Pergunto.
— Claro. —Ela confirma subindo em cima do skate.
— Então tchau Lorrany, você é muito legal.
— Você também Peter, tchau. —Ela dá um impulso com o pé e vai.
Vou caminhando até em casa e pensando na maldita professora, mas até que foi bom ter acontecido aquilo pois eu fiz uma nova amizade, olho para o céu que estava lindo pelo pôr do sol e abro sorrio, vão precisar de mais que insultos para me deixar para baixo, e se um dia me deixarem assim eu ainda vou sorrir porque a vantagem de estar lá em baixo é que você só pode subir, apenas voar.
Até eu queria uma amiga assim kkakak.Não tenho muito o que falar hoje então...tenham uma boa noite.
Votem e comentem por favor beijos 😁
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Me Ame! (Em Revisão)
Ficção Adolescente+16 Verônica Miller, uma garota comum, que quase ninguém nota na escola, mas não pense que isso é incomodo para ela,como ela diz "aqueles que não são vistos não são incomodados",tudo que ela gosta é de ficar em casa tomando uma boa xícara de chá e...