- Capítulo Dezenove -

1.2K 111 25
                                    

Já estávamos todos acomodados, eu e Lorrany estávamos no quarto da Elena a cama dela é grande o suficiente para nós três, os meninos estavam em colchões na sala usando as roupas do pai da Elena, nossas roupas já estavam na máquina de lavar e já tínhamos tomado banho, Elena emprestou roupas para Lorrany. Já estavam todos dormindo e eu não conseguia pregar o olho, essa noite foi muito agitada, pego meu telefone e vejo uma mensagem da minha mãe.

"Oi filha, está tudo bem por aí?"
"Não vai dormir tarde em! Boa noite meu amor. ♥"

"Está tudo bem por aqui, acabamos de nos deitar para dormir."
"Boa noite mãe. ♥"

Coloco meu telefone no criado mudo que estava ao lado e volto a olhar para o teto. Meu corpo estava muito dolorido, o mais estranho disso tudo é que eu adorei passar por esta experiencia, obvio que eu senti isso depois que saímos todos vivos, minha vida sempre foi calma e sem emoção, sempre tem uma rotina e quando eu mudo algo para sair disso, se torna outra rotina. Desde de que eu bati no Vin naquela festa tudo mudou, eu fiz novas amizades, quebrei um carro, faltei aula e agora, lutei contra uma gangue, solto um suspiro e olho para a porta do quarto.

Que sede.

Me levantando devagar para não acordar as meninas e vou em direção a porta, que frio do cacete, também né fui inventar de vestir esse pijama idiota, eu estava com um conjunto azul escuro com estrelas desenhadas, também usava meias brancas que vinham até metade das minhas canelas. Abro a porta devagar e saio a fechando em seguida, desço as escadas olhando para sala para ver se todos estavam dormindo e me parece que sim, abro um sorriso ao ver Peter todo espalhado pelo colchão, se ele reclamar de dor amanhã tenho certeza de que não foi pela briga, mas sério, ele está confortável assim?

Depois que bebo minha água, sinto uma imensa vontade de comer algo, abro a geladeira e de cara pego um iogurte de morango, os pais da Elena são mestres em escolher iogurtes. Abro a tampa e apanho uma colher da gaveta.

Delícia.

— Comendo escondida. — Escuto a voz do Vin atrás de mim.

Ele estava apoiado no portal da cozinha com os braços cruzados, sinto minhas bochechas queimarem ao vê-lo apenas de calça moletom, como ele não está sentindo frio? Ele vem até mim e se apoia na pia ficando na minha frente, me encostei na bancada que estava atrás de mim e voltei minha atenção para o meu iogurte.

É só não dá muita atenção para ele.

— Também não conseguiu dormir? — Pergunta.

— Não. — Respondo o olhando e colocando uma colher com iogurte na boca, ele olha para o meu gesto e depois para os arranhões em meus braços e depois para o ferimento no meu ombro.

— Doí muito? — Olho para o meu ombro.

— Não muito, não foi muito profundo, os seus devem doer mais.

— Os meus são não estão doendo tanto, porque Elena passou uma pomada analgésica. — O mesmo olha para suas mãos.

— Droga! — Reclamo, acabei deixando um pouco de iogurte cair na minha roupa, por que sempre acontece isso comigo, eu pareço uma criança comendo, sempre derramo algo.

— Eu te ajudo. — Vin diz.

— Não, não precisa. — Digo tirando o excesso de iogurte da minha roupa, merda não caiu só na blusa.

Vin pega um pano e se aproxima, mas não dou espaço para que ele me ajude, ele respira fundo e me pega pela minha cintura me colocando em cima da bancada. Solto a respiração tremula e um pouco nervosa. E mais uma vez eu estou em cima de uma bancada com Vin na minha frente, meu corpo se arrepia por conta do contato da minha pele quente e a pedra fria de onde eu estava.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora