-Capítulo Cinquenta e Cinco-

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Vin narrando

Eu não queria mesmo ter que lidar com isso agora, eu só queria beber um pouco e depois levar minha namorada para casa e dormi com ela, sem nenhum estresse, mas como minha mãe diz: "Quando o capeta não vem manda o secretário." Eu fui piedoso com o Victor, eu poderia ter feito pior sem nenhum esforço ou peso na consciência, acreditei mesmo que ele não faria algo assim de novo, como eu sou bobo. Bom, pelo menos eu vou poder bater nele de verdade, faz anos que estou querendo fazer isso com esse babaca, mas ele sempre escapou de alguma forma.

Estaciono o carro próximo à entrada da colina, que na verdade era apenas um caminho de cascalho, pego meu taco de baseball, fazia tempo que não o usava para essas coisas. Saio do carro e não vejo a necessidade de tranca-lo, essa região não tem ladrões, respiro o ar frio da noite e olho para o topo da colina. Bom, pelo menos o Victor decidiu finalmente fazer algo além de falar, agora eu vou mostrar o peso de suas palavras. Subo a colina assobiando a música irritante que a Verônica me fez ouvir a tarde toda, essa droga realmente gruda na mente, quanto mais me aproximo do topo mais sentia minha paz de espirito se dissipando.

Quando finalmente alcanço o topo vejo Victor de braços cruzados encostado no capo de seu carro que iluminava o lugar com os faróis, assim que me vê ficara ereto e trava o maxilar.

─ Victor. ─ Falo apoiando o taco no meu ombro.

─ Vamos acertar as contas Vin, você quebrou as minhas mãos! ─ Minha boca se curva em um sorriso e eu me aproximo.

─ Olha Victor, ultimamente eu tenho andado muito calmo e esta é uma noite muito bonita, para sua sorte eu estou muito piedoso ultimamente, então vai ser o seguinte...eu esqueço que você ameaçou as amigas da minha namorada e deixo você ir com um pouco de dignidade que ainda resta em você, assim você não leva uma surra e eu volto para a Verônica feliz por termos resolvido isso sem ferimentos. O que acha? ─ Ele então cospe no meu sapato e diz:

─ Vai se foder você e sua piedade. ─ Que confiança. ─ Depois que eu deixar você em uma cama de hospital eu pegar a sua namorada e fazer com ela o que você nunca fez e aí, ─ sorri ─ aí ela vai ser a minha vagabunda. ─ Beleza, não dá mais resolver no diálogo, eu vou quebrar esse cara!

Ele tenta atingir meu rosto com o punho, mas eu desvio e lhe dou uma tacada nas costas o fazendo gemer de dor e até perder um pouco do ar, chuto suas costas e o mesmo cai no chão.

─ Levanta! ─ Grito jogando o taco no chão, eu quero meus punhos vermelhos com o sangue desse filho da puta.

Ele se levanta e fica em posição de ataque, vou para cima abraçando sua cintura, ele dá vários socos em minhas costelas, mas me mantenho firme e o empurro para bater com toda força em uma árvore próxima, depois dou vários socos em sua barriga, mas o mesmo consegue me afastar e me dar um soco no rosto. Quando o olho ele corre para pegar me taco e eu vou atrás, antes dele pega-lo do chão puxo suja perna o fazendo cair no chão. Começo a puxá-lo e quando vira-lo para socar seu rosto o mesmo puxa uma faca e consegue cortar minha sobrancelha, se eu não tivesse virado o rosto teia perdido um olho.

Sinto o sangue escorrer pelo meu rosto e é aí que eu fico ainda mais furioso, quando ele tenta me atingir com a faca mais uma vez eu seguro sua mão e tento desarma-lo, sem sucesso eu apenas deixo que enfie a lamina da faca na minha mão e seguro firme o seu punho, olho no fundo dos seus olhos assustados e começo a entortar sua mão bem devagar para que sinta perfeitamente quando a mesma se deslocar. O pensamento de que só eu estou sangrando me deixou ainda mais furioso e motivado, eu farei ele sentir toda dor que eu estou sentindo na minha mão ensopada de sangue.

Verônica narrando

Meu coração estava acelerado em um nível alarmante, a ansiedade enfraquecia minhas pernas, o frio parecia corta minhas bochechas à medida que eu ia correndo para a colina, a cidade não é tão pequena como eu pensava que era, minha garganta já está queimando de tanto correr, mas de qualquer forma eu não podia ficar lá parada sem fazer nada, não posso deixar que Vin se machuque ou pior...que ele mate Victor e vá preso.

O que diabos esses dois tem para resolver que pode custar a vida de um? Só então eu lembro da ameaça naquele dia na casa da Elena, Victor me incomodou depois da ameaça que o Vin fez e depois... nossa como eu sou burra, era obvio que o Vin que tinha quebrado as mãos do Victor, como eu nunca pensei nisso? Então que me apressar ainda mais, acelero a corrida um pouco mais quase caindo de exaustão.

Vin narrando

O sangue escorria pelo meu braço e a dor se fundia com o ódio se tornando quase imperceptível, o desejo de ver Victo sangrar era maior que qualquer coisa naquele momento. Uma voz muito distante ocupava um lugar pequeno na minha mente, não importa, eu não quero parar, quero machuca-lo mais e mais. Vin! Vin, por favor! Aquela voz, aquela doce voz ganhava mais espaço na minha mente, tão aflita e... Verônica! 

─ Por favor, Vin. ─ Olho para a mesma e meu coração se parte ao ver lagrimas escorrerem por suas bochechas, seu rosto estava tão vermelho e assustado, seu corpo pequeno tremia tanto. 

Volto a olhar para Victor e vejo quantos hematomas banhados de sangue deixei, o mesmo tentava puxar ar com dificuldade, quando foi que eu comecei a enforca-lo? Eu estava tão imerso na minha mente que não notei, talvez seja por isso que a Verônica esta tão assustada ou por todo sangue, eu não sei.  Solto seu pescoço e me afasto, o olhar horrorizado da Verônica fazia eu me sentir um monstro terrível, eu só queria me esconder nas sombras. Olho para Victor e o vejo desmaiar, meu corpo relaxa e eu começo a sentir os ferimentos nas mãos e o corte no braço, encaro as minhas mãos sujas, não posso toca-la com essas mãos, eu...

─ Não chore, gatinha por favor, não chore. ─ Me aproximo e ela se afasta encolhendo o corpo.

 ─ Me aproximo e ela se afasta encolhendo o corpo

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O que acharam do capítulo de hoje?

O Vin ia mesmo matar o Victor, quem não mataria? Acho que agora ele vai sair do caminho, não é possível! 

Vocês teriam ido? O que teriam feito no lugar da Verônica?

Votem e comentem por favor, beijos ❤👄❤amo vocês.

Não vou pedir desculpas por ter deixado o livro por um tempo, eu passei e estou passando por coisas que nem mesmo eu entendo, eu precisei me afastar de tudo, isso aqui estava sugando as minhas energias e eu não tinha e tenho energias. Espero que entendam, eu sei que a maioria das pessoas desistiram de ver o final da história e isso é realmente muito triste, espero que um dia voltem. Para aqueles que estavam esperando pelo fim, coisa que eu acho muito improvável, espero que gostem e por favor tenham paciência comigo. 


Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora