- Capítulo Vinte e Dois -

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Acordo com o maldito som do despertador, mais um domingo ensolarado, eu queria saber o porquê eu coloquei um despertador para tocar em pleno domingo.

— Querida já está acordada, não esquece que você vai almoçar com seu pai! — Escuto minha mãe gritar lá de baixo.

— Não esqueci! — Grito de volta. Mas é claro, como eu pude esquecer disso.

Me levanto eu vou direto para o banheiro tomar um banho, não sei se quero ir almoçar com o meu pai, ele nunca fez nada de mal, mas também nunca foi presente, nem mesmo quando ainda morava com a gente. Meu pai e minha mãe nunca foram um bom casal, minha mãe é livre e meu pai gosta das coisas no controle dele e também ele não o tipo de homem que sai com os filhos ou faz homenagens no dia das mulheres. Saio do banho e escovo meus dentes amarrando meu cabelo em seguida.

Procuro uma roupa para me vestir, meu pai é... ou era apaixonada pela manhã mãe, mas era um idiota, as vezes eu acho que ele só ficava comigo por causa dela, acho que me via como um descuido ou um peso que ele tinha que carregar para ter minha mãe. Visto uma calça azul, uma blusa branca e por fim um all star amarelo eu simplesmente amo ele, tanto que nem uso muito para não estragar, pego o necessário e desço.

— Bom dia mãe. — Digo depositando um beijo em seu rosto.

— Bom dia filha. — Ela diz enquanto mexia uma massa.

— O que a senhora está fazendo? — Pergunto curiosa.

— Eu estou tentado fazer biscoitos, mas algo me diz que tem alguma coisa errada. — Ela coloca a tigela no balcão. — Só não sei o que é.

— Posso provar? — Ela permite, pego um pequeno pedaço da massa e levo até a boca.

— Misericórdia — cuspo a massa na pia —, está muito salgado! — Falo ligando a torneira e lavando a boca, ela pega um pedaço e prova, em seguida a mesma começa a rir.

— Aí meu Deus, eu coloquei sal em vez de açúcar! — Fala rindo e eu gargalho do lado com sua risada, rimos até escutarmos alguém bater na porta.

— Vai lá filha, eu te levaria até a porta, mas não quero ver aquele idiota. — Deposita um beijo na minha testa.

— Tudo bem, te vejo mais tarde mãe. — Dou um sorriso e saio da cozinha indo até a porta.

Abro a porta e vejo meu pai lá parado de braço cruzados encostado no seu carro. Respiro fundo e vou até ele depois de fechar a porta. Meu pai era um homem bem bonito, ele tinha cabelos castanhos bem escuros, seus olhos eram da mesma cor o nome dele é Martin Martínez.

— Vamos querida. — Ele diz com um sorriso, dou um sorriso meigo e vou para o carro.

Ele deu partida no carro. Minha mãe disse que conheceu o meu pai na escola, ela disse que ele sempre ia de moto para escola e toda vez levava uma rosa para ela, ele era o terror da escola e a minha mãe era a estrangeira dedicada aos estudos e aos romances da época, jamais ficaria com um garoto assim, que coisa ridícula. Garotos assim são todos iguais, eles oferecem emoção e um amor ardente, mas escondem e oprimem tudo de ruim que há nos mesmos, até cansarem de você, encontrarem uma garota que lembre você ou no caso da minha mãe, vocês terem um bebe e pode ser pior, eu nem citei a possível violência que você pode sofrer se envolver com o garoto errado. Tenho pena das garotas que não sabem diferenciar fantasia e realidade.

— Chegamos. — Ele diz. Olho para o lado vendo um restaurante comum.

— Lugar legal, nunca vim aqui. — Digo descendo do carro e ele logo em seguida.

— Sabia que ia gostar. — Entramos no restaurante e fomos direito para uma mesa perto da janela. Assim que nos sentamos um garçom vem até nos segurando um bloco de notas branco.

Me Ame! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora