Capítulo 59

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Chego na casa dos meus pais e fico aguardando até os seguranças liberarem minha entrada, coisa que acontece até que rápido.

- Ainda bem que estão em casa. - Digo vendo que a casa dos meus pais está a mesma coisa que era antes, mas sinceramente pouco importa.

Warven para o carro na frente da entrada e desço do mesmo, nesse momento minha mãe abre a porta.

- Brenda, que surpresa! Faz anos que você não vem nos visitar. - Minha mãe diz animada.

Desde que me casei não pisei mais na casa dos meus pais.

- Sim, a Senhora está bem? - Pergunto me aproximando.

- Sim, você está linda. - Ela diz me dando um beijo no rosto e continua. - Cadê o Landon? - Ela diz espiando por sobre os meus ombros.

- Ficou em casa, vim só com os seguranças. - Digo e ela me chama pra entrar.

Entramos e a casa parece diferente, as cores das paredes mudaram, assim como os móveis, mas isso é o que menos me importa.

- Brenda? Nem acreditei quando escutei sua voz. - Meu pai diz vestindo o seu pijama e parece meio abatido.

- O que está acontecendo? O Senhor parece abatido. - Pergunto de uma vez.

- Nada. Eu estou bem. E você está bem? O Landon está vindo? - Meu pai pergunta de um jeito estranho.

- Sim, estou bem, o Landon ficou em casa. - Digo cumprimentando meu pai com um beijo na bochecha.

- Vamos entrando, vou pedir pra empregada passar um café... - Minha mãe diz e tem algo de errado, tô sentindo que tem.

- Não, mãe. Obrigada, mas não precisa, vamos nos sentar temos que ter uma conversa séria. - Falo e nos sentamos na sala.

O clima está estranho, e tenho certeza que estão me escondendo algo, mas sem enrolar começo a falar.

- Tenho informações concretas de que a Carolyn está sofrendo abuso doméstico. Aquele vagabundo do Renar está agredindo a Carolyn. - Falo e meus pais se olham.

- Brenda, de onde você tirou isso? - Meu pai me olha como se eu fosse uma lunática.

- A Carolyn está ótima, que história é essa? - Minha mãe pergunta fechando a cara.

- Ótima? A Senhora está envelhecendo e ficando cega? - Falo e minha mãe parece puta, mas nem dou tempo dela abrir a boca. - Ontem encontrei Carolyn no shopping, ela estava abatida, com um roxo no pescoço e parecia com dor, ela estava assustada. - Falo gesticulando.

- Que absurdo, Brenda. - Meu pai diz irritado.

- Depois de encontrar Carolyn andei mexendo uns pauzinhos e consegui informações, o escritório todo sabe que ela sofre violência doméstica, inclusive aquele acidente que ela teve pode nem ter sido acidente! A Carolyn está sendo agredida, estou abismada que vocês nunca repararam. - Falo cerrando os olhos. - Ou vocês sabem e se fazem de bestas? - Pergunto achando que é uma possibilidade.

- Brenda, não ouse. Eu saberia se minha filha tivesse sendo agredida. - Minha mãe diz petulante se levantando do sofá.

- Mãe, nós sabemos que a Senhora é completamente relapsa, me maltratou e abusou psicologicamente de mim por anos, e nem se deu conta, achou que estava fazendo tudo certo e para o meu bem, sendo que só me deixou deprimida, frustrada e infeliz. Portanto sejamos francas, não podemos confiar no senso de percepção que a Senhora tem. - Falo revirando os olhos.

- Brenda! - Minha mãe diz me olhando como se eu tivesse enfiado uma faca nela.

- Bom, parem para pensar só por uns segundos, vocês devem ver a Carolyn quase todo dia, é impossível que não tenham reparado em algo. Se o escritório todo reparou, com certeza vocês viram algo. Vamos lá, pensem! Roxos pelo corpo, cara de dor... ela emagreceu, repararam como ele anda abatida? O fato dela vestir roupas de frio no calor... pelo amor de Deus! Se vocês me falarem que não repararam em nada, eu nem sei o que pensar de vocês, afinal a Carolyn é a filha de ouro pra vocês. - Falo os fitando.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora