Capítulo 62

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- Nós te ajudamos, não precisa ficar com tanto medo... - Falo para Conrad, estamos no celular e no viva-voz, Conrad e Benett estão no aeroporto e Conrad está com medo do Sr. Marvin.

- Benett vem com ele logo pra cá, se for o caso joga ele no porta-malas! Meu pai não vai fazer nada, o Conrad tá fazendo tempestade em copo d'água. - Landon diz exasperado.

- Precioso, você está escutando? - Benett diz para Conrad, ele o chama de Precioso, e acho fofinho.

- Não me apressa! E não me alisa assim! Eu não tô em condições pra isso... - Conrad diz meio que histérico e se eu não soubesse que ele está com medo começaria a rir.

- Eu já disse que vou conversar com o seu pai! Eu vou pedir sua mão pra ele... se ele não aceitar ou falar algo rude, não vai mudar em nada, você é meu, Precioso... - Benett diz com uma voz engraçada.

- Vocês não conhecem o meu pai, ninguém conhece ele... o pai... ele... ele é diferente, a mente dele funciona de um jeito estranho! Ele pode sumir com você do mapa, pode te chantagear de alguma forma e te tirar de mim... eu não tô dizendo que ele te mataria, mas meu pai pensa diferente, eu não quero te perder. - Conrad diz e olho para Landon.

- Conrad fica aí que estamos indo, chegamos aí em meia hora. - Falo e Landon assente.

Encerramos a ligação, pego a minha bolsa e vamos para o carro. Vamos dar um almoço para a chegada de Conrad, hoje é sábado e ontem eu adiantei muita coisa, então Carmen só está finalizando tudo, meu sogro deve chegar em casa lá pelo meio dia e meio, ainda são 11 da manhã, portanto temos tempo.

- Não sei que tanto medo vocês têm do sogro. Apesar do nosso casamento forçado ele sempre foi um amor comigo. - Sim, meu sogro que armou tudo, mas nunca me destratou.

- Brenda, eu sei que você e meu pai tem afinidade, mas eu entendo o medo do Conrad, meu pai consegue manipular a situação da maneira que ele quer, e pra isso, ele não precisa ferir ninguém, basta ele mover uns pauzinhos, dar umas ordens e a coisa está feira. - Landon diz enquanto guio o carro.

- Mas ele nunca iria fazer algo contra o Conrad ou o Benett, seu pai pode não sair falando por aí, mas ele sabe muito bem da homossexualidade do Conrad e do relacionamento de anos dele. Vocês ficam se borrando de medo sem necessidade alguma... - Falo dando a minha opinião.

- Amor, você é puxa-saco saco do meu pai, mas pode estar certa. - Landon diz e assim vamos para o aeroporto.

Minha semana passou até que de maneira tranquila, depois de tudo que aconteceu na segunda-feira venho mantendo um olho em Carolyn.

Minha mãe parece ter tomado um pouco de vergonha na cara e está tratando Carolyn muito bem, fui visitar minha irmã quase todos os dias essa semana, hoje na hora que acordei liguei pra ela e conversamos um pouco.

Ontem Carolyn recebeu uma psicóloga, foi a primeira sessão que ela fez e parece que gostou da médica, ela me disse que pretende procurar o grupo de apoio, e todos estamos fazendo o possível para ajudá-la de algum modo.

Minha mãe pegou licença no trabalho, e meu pai quando está em casa fica com Carolyn, ela está tendo o apoio que precisa e os advogados estão agindo.

Por conta das agressões o vagabundo do Renar ia ser preso, mas pagou quase 200 mil dólares de fiança e está respondendo em liberdade, ele não tentou contato com Carolyn o que achei bom, de qualquer modo todos estamos fazendo nossa parte e logo Carolyn vai ficar bem.

- Tô com fome. - Comento com Landon.

- Você só comeu uma maçã e meio iogurte no café. Quer parar e comprar algo? - Landon pergunta olhando ao redor, há uma lanchonete logo a frente.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora