Explico para todos que Carolyn vai dormir um pouco e acho que quase tudo já foi feito, agradeço a todos e meu sogro se vai, quando Carolyn for para casa ele vai a visitar com a minha sogra.
Por fim ficamos eu, Landon, Warven, Ruan e minha mãe.
- Eu vou ver a Carolyn, já esperei de mais. - Minha mãe diz decidida e antes que ela entre lá e fale ou faça alguma merda a seguro para braço.
- Vamos conversar, depois a Senhora entra. - Digo e olho ao redor, vejo uma porta com uma placa dizendo ser sala de espera e segurando minha mãe pelo braço vou para o local.
- Brenda, me larga. - Minha mãe pede irritada.
A ignoro e abro a porta da tal sala, não vejo ninguém e entro com a minha mãe a soltando.
- Certo, agora temos privacidade. Então acho bom a Senhora escutar atentamente cada coisa que eu vou falar, pois vou falar só uma vez. Se eu tiver que chegar ao ponto de ter que tomar outra medida drástica a coisa não vai prestar. - Digo olhando para minha mãe.
- Senta. - Digo apontando para uma cadeira que há no local.
Minha mãe se senta e olho bem pra ela.
- Como a Senhora bem sabe eu estava com Carolyn quando ela prestou o depoimento. Eu ouvi tudo que ela disse e sei de tudo que ela passou nesses anos. - Falo séria e continuo. - Carolyn foi agredida, estuprada e humilhada, e o que me deixa intrigada é que ninguém percebeu, quer dizer, como? Como a Senhora e o pai não perceberam? - Como pode? Se antes de eu saber de tudo já estava inconformada, agora então nem sei o que estou.
- Eu não reparei... eu pensei melhor em tudo e talvez eu tenha sido um pouco relapsa, eu nunca imaginei que ela poderia estar sendo agredida. O Renar a tratava bem na nossa frente... e... - Minha mãe tenta se justificar.
- Sabe o que me dói mais nessa história? Ela não pediu o divórcio por vergonha de ter que ir pedir dinheiro pra você! Ela não pediu por vergonha, por achar que ia te decepcionar. A Carolyn ficou sendo saco de pancadas daquele filho da puta, só pra não te magoar! - Digo e minha mãe não abre a boca.
- E sabe o que é pior? Eu aposto que se ela fosse te pedir ajuda, você ia fazer drama. Ia falar horrores pra ela e se duvidar, ia falar pra ela não se separar. - Falo de uma vez e acusatoriamente.
- Eu não... se eu soubesse das agress... - Nem deixo ela continuar.
- Você não sabia, você não viu e por causa desse seu gênio maldito e do seu egocentrismo a Carolyn está em cima de uma cama de hospital! - Digo e minha mãe fica com cara de merda.
- A Senhora já foi estuprada? - Pergunto a fitando.
- Não, que horror... e... - Pois é.
- Seria um horror, não é? Eu não gosto nem de pensar nisso. Eu nunca fui, a Senhora nunca foi, mas a Carolyn foi! Eu não sei nem como está a cabeça dela, mas mesmo toda fodida e machucada, ele está preocupada com a sua reação! Da pra acreditar que isso é sério? Eu nem... você percebe o quanto é tóxica? O quanto prejudicou a Carolyn e a mim? Consegue entender a porra da gravidade da situação? - Pergunto e minha mãe baixa a cabeça e começa a chorar.
Ando de um lado para o outro tentando buscar as palavras certas para falar.
- Ela deve estar em choque, eu não sei o quanto está traumatizada, o quanto toda a merda que ela passou pode afetar o seu futuro... eu... - Falo respirando fundo.
- A mulher que fez a perícia disse que tem grupos de apoio, e que seria bom a Carolyn conversar com um psicólogo. É essencial que ela passe por isso, e ainda vai ter a bosta do processo de divórcio, que pode levar anos... e o processo por agressão... eu tenho medo de que isso seja demais pra ela, pois passar por toda essa merda já deve ser terrível, e tudo vai ficar pior se ela tiver você falando um monde bosta no seu ouvido e deturpando tudo. - Nesse momento Carolyn não precisa da minha mãe falando bosta, ela só precisa de apoio.
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Casamento Forçado
RomanceVítima de uma mãe egocêntrica e de uma família relapsa, Brenda é obrigada a se casar com um completo estranho. Com uma autoestima baixa, e não se encaixando nos padrões de beleza estipulados pela sociedade, ela entende que o casamento é uma tragédia...