32.

247 32 2
                                    

Wonder is the beginning of wisdom. Socrates.

32.

Nunca tinha vivido uma noite tão especial. Acordei encantada ainda lembrando das acrobacias, da linda música no ar, dos malabarismos e do lindo show de luzes. Hoje Horus me levaria para conhecer toda a ilha da Ordem, chamada Sophia. Eu estava ansiosa. Eu tinha certeza que adoraria tudo.

— Você não quer dormir mais um pouco, meu amor? Hoje o dia vai ser cheio. Acabamos dormindo tarde demais. Mas valeu! — Caim sorriu e me abraçou ainda na cama.

Era uma delícia tê-lo ali comigo..

— E como valeu! — exclamei. — Mas não quero dormir nem mais um minuto. Há tanto para conhecer. Estou tão ansiosa. Estou adorando tudo. E a consagração, foi demais, né? Você já tinha assistido a um espetáculo assim? Quem são aqueles artistas? Eles moram aqui ou foram contratados? Eu adoraria agradecê-los pelos espetáculos. Eu me emocionei muitíssimo. Sabe...

— Calma, calma, calma! Você está muito excitada! Acho que nunca te vi assim antes — ele disse, sorrindo para mim.

— Caim, eu estou no paraíso se existe um! — falei pulando para cima dele.

— Você está no paraíso! Aproveite, meu amor. — Ele me abraçou e beijou.

— Eu aproveitarei, mas quero falar com você! São tantas perguntas.

Ele riu com gosto.

— Vamos por partes, Diana. Concordo com você, eu nunca vi um espetáculo assim. Foi sensacional! A segunda coisa que me perguntou, sim, os artistas são líderes também. A ilha eu não te expliquei, além de ser a sede da Ordem Mundial, é um grande centro de treino, estudo e aprimoramento das mais diversas atividades. Então, muitos líderes vêm para cá para aprofundarem seus conhecimentos. Os artistas que você viu adoram circo e vieram para cá para treinar arduamente. Você adorará aqui, é mesmo fantástico. Não quero estragar a surpresa. Vamos conhecer a ilha com Horus! — Ele levantou da cama e me puxou.

— Vamos depressa! — aceitei o convite rindo.

Caim ria satisfeito com o meu entusiasmo. Eu devia estar parecendo a garotinha por quem ele se apaixonou na fazenda, pensei.

Em poucos minutos estávamos deixando a casa grega que nos havia sido cedida na ilha pela Ordem. Toda a ilha pertencia a Ordem. Seria maravilhoso ver como tudo funcionava. Sophia devia ser um pequeno protótipo da nova era. Sorria, fascinada.

— Vamos Caim! Se apresse — disse enquanto corria —, temos muito para ver.

Caminhamos por vielas comerciais da ilha, onde existiam todos os tipos de loja, desde as mais elegantes encontradas na Champs-Élysées, Fifth Avenue e Oscar Freire até pequenos mercados, doçarias, cafeterias, lojas de serviços entre outras.

— Caim, são líderes também que tocam essas lojas?

— Todas as lojas pertencem à Ordem, já que tudo que há nessa ilha é nosso, mas apenas algumas são conduzidas por líderes, a maioria é conduzida por ordinários. No entanto aqui nós os chamamos de forasteiros.

— Os forasteiros moram aqui na ilha também?

— Não, a ilha é de nossa propriedade particular. É feita para a Ordem. Só líderes moram aqui.

— Então os forasteiros vêm e voltam todos os dias?

— Isso mesmo. Como somos nós que controlamos o pequeno porto de Sophia e seus barcos, fica fácil fiscalizar se existe algum forasteiro perdido por aí.

Pacto SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora