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Every man and every woman is a star. Aleister Corwley.

34.

Nosso primeiro filho nasceu na ilha na primavera. Eu o amei desde que soube que o carregava comigo. Mamãe e Sara tinham ido nos visitar em Paris no verão para conhecer o pequeno Amon. Elas passaram um mês conosco de férias no apartamento que mantínhamos em Paris.

Meu filho tinha três anos de idade e tínhamos decidido passar mais uma temporada no Brasil. Era uma alegria vê-lo correndo feliz pelo jardim do casarão que era para mim uma extensão de casa. Ele adorava o ar livre. Eu sorria realizada de mãos dadas a Caim.

— Diana, você sabe que dia é hoje? — ele perguntou com um sorriso.

— Sete anos — respondi sorrindo.

— Quero comemorar com você nossa vida até hoje. — Ele me beijou.

— Eu também, Caim. O que podemos fazer?

— Já está tudo preparado. — Ele sorriu.

— E o que você preparou?

— Isso é surpresa. — Caim piscou para mim. — Preciso subir para resolver algumas últimas pendências antes de sairmos.

— Está bem — falei vendo-o se distanciar.

O pequeno Amon corria sorridente pela grama do jardim e gostava de colocar sua mão na água da fonte para brincar. Eu admirava sua alegria pura. Sentei-me em um banco do jardim e Lux Ferre surgiu sentado ao meu lado. Eu não tinha convocado Lux, por isso sabia que ele queria conversar comigo.

— Olá, Lux — disse encantada com sua visita. Não importava quantas vezes eu o encontrei em minha vida, sua visão sempre fazia meu coração exaltar de alegria.

— Olá, Diana — ele falou e beijou minha mão.

— Algum ensinamento valioso? Sabe, é estimulante poder contar com você dessa forma. Obrigada — falei emocionada.

— Você já aprendeu bastante. — Ele piscou para mim.

— Sempre posso aprender mais — falei olhando para a infinitude do céu.

— Claro, mas hoje eu estou aqui só para conversar. — Ele pegou em minha mão. — Parabéns pelo seu aniversário de casamento.

— Obrigada — agradeci sorrindo. — Sobre o que quer conversar?

— Sobre a nova era. Diana, o que pretende fazer? — ele perguntou de uma vez.

— Você sabe. Eu sei que sabe — disse rindo.

— Eu quero que você diga. — Ele me olhou sério.

— Por quê? — estranhei.

— Falar é o começo de tudo. Sua ideia deixará de ser mais uma ideia para nascer como sua vontade.

— Eu pretendo despertar o mundo inteiro. — Eu me levantei. — Vamos caminhar um pouco. — Olha, para esse jardim. Está lindo.

— Vocês fazem um belo trabalho nesse jardim inglês — ele constatou passando os olhos na grama aparada e as diferentes e harmoniosas flores que davam charme ao jardim.

— Beleza e harmonia — respondi. — São os ideais que nos inspiram.

Ele sorriu. Estendeu a mão e eu a peguei para puxá-lo.

— E me diga, Diana, afinal, quem é Electus? — ele desafiou e me olhou nos olhos, parecia que ele conseguia enxergar minha alma quando me olhava assim.

Pacto SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora