Capítulo 13

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Meses depois...

Anahí olhava cada pequeno detalhe do quartinho de Giullia, cada espaço tinha seu toque. Estava já com 40 semanas de gestação, e a cada dia a ansiedade por ter sua bebê nos braços só aumentava. Sentiu a filha passar os pezinhos no alto de sua barriga, sorriu colocando a mão ali. Cada movimento que a pequena fazia a deixava extasiada.

Caminhou até o berço e sorriu ao ver os detalhes com a letra "G" bordados em dourado na roupa de cama em linho branco

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Caminhou até o berço e sorriu ao ver os detalhes com a letra "G" bordados em dourado na roupa de cama em linho branco. O quartinho tinha um ar provençal com móveis brancos e detalhes em dourado. A descoberta tardia sobre o sexo do bebê, fez com que Any abrisse mão do rosa. Pegou a pequena manta que estava sob o berço e levou até o rosto para cheirá-la, fechou os olhos imaginando que seu neném teria possivelmente aquele cheirinho. Olhou ao redor procurando algum detalhe que estivesse deixando passar, e por fim colocou a manta dentro da bolsa da maternidade que já não cabia nada mais, esperava ser o suficiente. De todo modo, resolveu repassar a listinha que havia feito dias antes.

Quem a via toda empolgada agora, nem podia imaginar o começo daquela gravidez. As coisas foram bem mais difíceis. Nos primeiros quatro meses Anahí parecia ignorar o fato de que tinha um bebê crescendo dentro dela. Após o fatídico dia da ligação que custou sua felicidade, ela simplesmente tornou-se uma enorme muralha impossível de ser penetrada, e nada, absolutamente nada era capaz de lhe tirar um sorriso, ou mesmo uma lágrima.

Ela excluiu Alfonso de suas redes sociais, ele e todas as demais pessoas que tinham qualquer remota possibilidade de lembrá-lo. Nunca mais teve vontade em falar com ele, pois sabia que a voz dele não lhe causaria mais nada. Deixou de ver as fotos antigas, e as cartas que tinha dele. O sentimento que a dominou naquele dia não chegava perto de nenhum outro sentimento, nem ódio, nem saudade, nem desespero, nem mágoa poderiam descrever o que era aquilo que ela sentia. Não conseguia definir o que sentia, pois aquilo havia aparecido antes dela conseguir definir qualquer coisa, acabou antes do verbo, e deixou tudo o que viveu com Alfonso no passado, antes mesmo de que pudessem se tornar algo a mais. Mas o que ela viveu com ele teve uma consequência, que ela evitou com todas as forças até senti-lo pela primeira vez. Aquele pequeno pedaço dela e de Alfonso era a única coisa que conseguiu lhe dar um motivo para viver, que conseguiu dar acalanto pra um coração que estava cheio de mágoas.

A partir daquele momento, surgiu uma nova Anahí. Ainda mais forte que antes, mais madura e que daria sua própria vida pela felicidade daquele bebê, e estava disposta a assumir tudo sozinha, mesmo sabendo que lembraria de Alfonso a cada vez que olhasse a filha deles. Mas prometeu a si mesma, que nunca mais seria fraca, nenhuma lágrima sequer, nem um olhar perdido no horizonte...

Maite: Any? - gritou ao entrar no apartamento que dividiam.

Anahí: Estou aqui no quartinho da Giullia! - gritou sorrindo e esperando a reação de Mai.

Maite: Giullia? - entrou eufórica no quarto.

Anahí: Sim, eu decidi! - rolou os olhos, faziam exatamente três semanas que ela jogava nomes no ar e não conseguia escolher por nenhum.

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