EPÍLOGO - PARTE I

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Anahí acordou assustada sentindo alguém lhe cutucar, estava deitada no sofá ainda vestida com a roupa da noite anterior já que amigas haviam preparado uma festinha de despedida de solteira. Sentiu a cabeça pesada, consequência das incontáveis doses de tequila. Os olhos demoraram para abrir completamente devido a claridade, sua cabeça pesava e a náusea começava a bater forte.

A única coisa que conseguia se lembrar, era que Poncho – que também ganhou um "vale-night" – havia ido dormir na casa de Alex, um dos padrinhos de casamento, e que as crianças estavam na casa de Ruth. Por isso, cerrou os olhos tentando identificar quem lhe cutucava tão insistentemente àquela hora da manhã se estava sozinha em casa, e quando o vulto se tornou uma imagem nítida, ela rapidamente apoiou as mãos no sofá e se sentou assustada.

- Lex? – Any balbuciou num sussurro.

- Sabe que horas são, Giovanna? – questionou cruzando os braços.

- O quê? – passou os olhos em sua volta se certificando de que estava mesmo em sua sala – eu morri? – Lex explodiu na sua gargalhada única.

- Acho que alguém bebeu demais na noite passada... – Lex respondeu se sentando na mesinha em frente ao sofá enquanto fechava o notebook que a amiga provavelmente tentou mexer na noite anterior antes de ser dominada pelo sono.

- Eu bebi mesmo... – apertou a testa como se lembrasse da dor que sentia – se eu não morri, então...

- Digamos que eu tenha sido uma boa menina, e tenha recebido certa permissão para estar aqui hoje...

- Lex..Tanta coisa aconteceu, tantas coisas para te contar! O meu bebê era um menino! – exclamou sorrindo, e Lex também sorriu.

- Ele é um encanto! – Any balançou a cabeça concordando – e aqueles olhinhos?!

- Pelo menos a Luísa é a minha cara! – gargalharam.

- Todinha! – suspirou – sinto saudades de vocês.

- Por que não veio antes? – murmurou.

- É bem mais fácil com a Maite, você é cética demais... – rolou os olhos.

- Isso é mesmo real? – enrugou a testa.

- Você é quem vai decidir... – deu de ombros.

- Por que decidiu vir hoje? – questionou curiosa.

- Porque vai se casar! – disse animada, como se fosse óbvio – eu sempre disse para o Mark que um dia estaria no seu casamento com o Poncho, então... Só estou fazendo valer o meu presságio!

- Outras pessoas irão te ver?

- Cada um me sente de uma maneira...

- Tipo?...

- Como eu acabei de dizer, você é absolutamente cética! Não rola assoprar seu rosto, fazer "bu" no seu ouvido... – disse tentando não rir da cara de espanto da amiga.

- Fala sério, Lex! – jogou uma almofada na amiga que desviou com maestria.

- Talvez só dessa maneira você desse corda e falaria comigo como está fazendo agora...

- Vou te confessar que estou com medo de estar alucinando, ou desenvolvendo algum tipo de transtorno mental... – Lex pendeu com a cabeça pra trás numa risada alta.

- Viu só? É disso que estou falando!

- Não pode me julgar! Estar conversando com uma amiga que morreu há quatro anos não é nada normal! – justificou-se.

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