Capítulo O4

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No segundo andar da casa encontraram um imenso hall que ligava os quartos, abriram a primeira porta que viram e entraram. Anahí entrou no quarto retirando o tênis e se jogando de costas na imensa cama de casal, ergueu o braço que segurava a cerveja para que não caísse.

Alfonso: Any - riu ao ver a cena - você está muito bêbada - balançou a cabeça - vem, dá aqui essa garrafa - apoiou uma das pernas na cama e se debruçou pra alcançar a mão da namorada.

Anahí: Não estou não - fechou os olhos deixando-o pegar a garrafa que ainda estava pela metade - fica repetindo isso toda hora - colocou um dos braços cobrindo seu rosto - nossa, está tudo rodando.

Alfonso: Imagina se estivesse então - deixou a cerveja sob o móvel ao lado da cama e deu a volta até onde Any estava - vem, deixa eu te ajudar a deitar direito - segurou as mãos dela e rodeou um braço em sua cintura enquanto puxava a colcha da cama pra ela deitar.

Ele já não tinha mais as mesmas intenções de momentos antes, é fato que a ideia de passar a noite com Anahí o deixara excitado, porém não tentaria algo com ela vulnerável daquela maneira. A única coisa que pensava agora era aproveitar cada segundo com ela dormindo ao seu lado.

Anahí: Nós precisamos conversar - murmurou com os olhos fechados, sentiu o namorado ajeitá-la em seu peitoral, ato que fez com que fungasse sentindo o cheiro dele sem a camisa que vestia.

Alfonso: Eu sei que precisamos - afundou o nariz entre os cachos loiros também se deliciando com o cheiro dela - descansa um pouquinho e depois conversamos.

Anahí: Você vai me acordar se eu dormir só um pouquinho? - sentia os dedos dele massagearem seus cabelos, aquilo estava realmente bom.

Nem esperou a resposta do namorado, sua respiração forte entregava que havia se rendido ao sono. Poncho abafou uma risada. Céus, como podia amar tanto alguém? Tê-la ali em seus braços como nunca, lhe dava a certeza de que era isso que queria pelo resto da vida. Sentiu quando ela movimentou-se encaixando o rosto entre o pescoço dele. Deu o sorriso mais doce que tinha, seu prazer ali estava em sentir a respiração dela e ser aquecido pelo calor de seu corpo, o prazer que ela lhe proporcionava ia além de atração física, era pela sensação de paz que sentia naquele momento. Desceu a mão dos cabelos dela e tateou suas costas, passava um filme por sua cabeça, o namoro com Anahí foi a melhor coisa que acontecera em toda sua vida. Tudo era perfeito com ela. Até nas divergências eles conseguiam achar uma solução, nem que fossem abraços cheios de silêncio e amor. Estar com ela em seus braços lhe dava uma sensação deliciosa como se todas as incertezas e medos do futuro fossem meros detalhes, e não o imenso problema que vinha atormentando os dois. E em meio a esse misto de sensações, ele adormeceu.

(...)

Anahí despertou confusa, sentiu o peso do braço de Alfonso sobre seu corpo e lembrou que estava na casa de Alex. Devagar se desprendeu do namorado tateando em sua volta tentando encontrar seu celular, mas sem sucesso. A luz que piscava na janela indicava que a social ainda rolava na piscina, de todo modo, não iluminava suficientemente o quarto, mesmo assim decidiu levantar-se com cuidado e ir ao banheiro, maldita cerveja! Não sabia o que explodiria primeiro, sua bexiga ou sua cabeça.

Anahí: Aí! Merda - vociferou ao bater contra um móvel, o que fez Alfonso despertar.

Alfonso: Any? - sussurrou tentando encontrá-la em meio a escuridão.

Anahí: Oi... - encolheu os ombros como se tivesse feito algo errado - desculpa, não queria te acordar - permaneceu estática e colocou as mãos em frente os olhos ao sentir a lanterna do celular de Poncho sobre si.

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