Os dias passaram voando. Anahí e Alfonso aproveitaram que Marichelo havia dado uma trégua na proibição deles se verem em dias de semana, e passaram praticamente os quinze dias antes da viagem de Anahí bem grudados, porém não conseguiam definir se era bom ou ruim, afinal estavam se acostumando se verem todos os dias e logo estariam distantes. Combinaram que se falariam todos os dias pelo celular, e que tentariam dar um jeito de se encontrarem ao menos a cada seis meses. Mas apesar das promessas e planos, o coração dos dois estavam aos pedaços com o momento da despedida se aproximando.
Alfonso: Não vai não – agarrava a namorada pela cintura com as testas coladas – fica aqui comigo...
Anahí: Por Deus Poncho – sussurrou com a voz embargada, as lágrimas presas desde o caminho para o aeroporto já rolavam pelo rosto – não deixa isso mais difícil não...
Alfonso: Não consigo – fechou os olhos – sinto que estou perdendo você.
Anahí: Como me perdendo? – passou o nariz contornando os lábios dele – você nunca vai me perder, Herrera, sou sua, eternamente.
Alfonso: Mas, você vai conhecer tanta gente – suspirou abrindo os olhos para encará-la – que pode te dar tudo o que eu não posso, sabe...
Anahí: Ei, nem pense Alfonso – disse brava limpando as lágrimas que teimavam em cair – pode parar com isso! Eu estou com você pelo que me faz sentir e pelo que você é, não me importa ninguém que eu vá conhecer na vida, absolutamente ninguém pode ser capaz de me fazer feliz como você me faz!
Alfonso: Eu sei amor – segurou o rosto dela selando as bocas – é que, estou morrendo por dentro de imaginar você tão longe.
Anahí: E eu também – acariciou o rosto dele – eu vou, e volto para você, eu prometo! – murmurou pressionando os lábios contra os dele.
Alfonso prensou os braços com mais firmeza juntando seus corpos, e iniciou um beijo lento, mas cheio de desejo. Ali esqueceram de tudo que estava em volta, só sabiam ser um do outro, era um beijo calmo que representava muito mais que o amor entre eles, era um misto de desejo, de inseguranças, de desalento e já de saudade.
Nenhum dos dois conseguiam colocar um fim naquele momento, até que o soluço de Maite fez com que fossem parando o beijo devagar.
Lexie: Amiga, não fica assim – abraçava a amiga de lado – assim que seu pai iniciar o tratamento e se sentir mais segura de deixá-lo, você encontra a gente! – Anahí olhou Afonso como se pedisse permissão para se afastar, e logo recebeu uma confirmação com a cabeça.
Anahí: Hey prima – caminhou até as duas – logo estaremos juntas de novo!
Maite: Aí gente – assoou o nariz – queria que ficassem – soltou outro soluço, a cara estava vermelha de tanto chorar. Lexie e Any se olharam em silêncio, e assim abraçaram-na.
Anahí: Vamos morrer de saudade de você – encostou a cabeça na dela de lado – mas vamos nos falar todos os dias!
Maite: Uhum, eu sei... – viu um copo de água ser estendido em sua direção e sorriu ao ver Poncho – obrigada Poncho – bebeu um gole e limpou os olhos com o lenço que tinha.
Anahí: Você precisa ficar pra cuidar do meu caipira pra mim Mai – sorriu erguendo a cabeça pra olhar o namorado, e segurou na mão dele.
Maite: Como se não fosse óbvio que ele vai ficar chorando pelos cantos – todos riram.
"Esta é a última chamada para embarque do voo 108 com destino a Londres. Por favor siga em direção ao portão 9 - This is the final boarding call for flight 108 to Londres.Please proceed to gate number 9"
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Quando a Vida Escolhe ❥
Fanfiction"Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo..." Anahí Portilla. "E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa...