Quando a Vida Escolhe ❥

Capítulo O7

Anahí acompanhou Ian até os amigos que já estavam sentados de volta à mesa, mas para ela o clima já tinha acabado, queria mesmo era ir para casa e retornar à ligação de Poncho, mas isso não aconteceu, Lexie já estava perdidamente apaixonada pelo sr. Gostosão, e Christian não sairia dali tão cedo. Por isso a loira só conseguiria conversar com o namorado no dia seguinte.

Poncho desligou o celular irritado, não acreditava que Anahí havia interrompido a ligação com ele para dar atenção a um homem que ele nem sequer sabia de onde tinha surgido. Era exatamente isso que ele temia ao aceitar um relacionamento a distância. Sua mente já estava imaginando centenas de coisas. Decidiu tomar um banho pra relaxar, e quando saiu, encontrou sua mãe guardando uma pilha de camisetas na cômoda de roupa.

Ruth: Oi meu filho – sorriu ao vê-lo entrar no quarto – como foi o treino com a Manu?

Alfonso: Foi bom mãe – deu um beijo na testa dela antes de se jogar na cama, logo procurou no celular se Any tinha retornado à ligação ou respondido sua mensagem... absolutamente nada.

Ruth: Está preocupado com alguma coisa? – olhou de canto de olho para o filho e logo terminou seu afazer.

Alfonso: Nada não... só não consegui conversar com a Any ainda – mentiu.

Ruth: Não sei onde está vendo graça nisso... – balançou a cabeça – onde é que já se viu, namorar com uma pessoa pelo celular – resmungou – eu só espero que você não perca a oportunidade que o pai de Manuela está te dando, por conta da Any que foi viver o que tinha pra viver e te deixou aí!

Alfonso: Ô dona Ruth – coçou a cabeça irritado com o rumo da conversa – eu já não disse pro pai e pra você hoje de manhã que acertei tudo com seu Miguel? Já está tudo certo, eu vou pra São Paulo, tá?

Ruth: Hum – cruzou os braços – eu só acredito é vendo, pois, raio não cai duas vezes no mesmo lugar não... ele tá te dando a chance de subir na vida Poncho! – falava empolgada.

Alfonso: Eu sei mãe – a encarou – eu vou aproveitar, agora pode deixar eu descansar? Amanhã cedo tenho que ir tirar minha carteira de trabalho pra já entregar os documentos que o Miguel pediu...

Ruth: Ô GLÓRIA! – ergueu as mãos pro céu – é isso aí filho – caminhou até a cama e se inclinou pra beijá-lo – tudo que eu falo é pro seu bem.

Alfonso: Boa noite mãe – disse por fim, e viu quando ela encostou a porta.

Miguel era sócio de uma importante editora de impressos e a sede ficava na capital, Manuela ao decidir morar em São Paulo, logo insistiu para que o pai viabilizasse uma vaga de emprego para Poncho. Com intensões óbvias.

Com o incentivo de Edgar e Ruth, Alfonso se viu meio que obrigado a aceitar a oferta, até porque, se permanecesse na cidade natal não teria a mesma possibilidade de crescer profissionalmente. Por isso, naquela tarde, aproveitando que ele e Manuela tinham iniciado um treino em conjunto, decidiu conversar com Miguel. Acertaram que naquela mesma semana Poncho iria pra São Paulo. Manuela mais que depressa ofereceu seu apartamento ao moreno, com a desculpa que não ficaria muito em casa, portanto, ele aceitou.

(...)

Já passava das dez da manhã quando Anahí acordou com a cabeça pesada. Olhou pra cama ao lado e notou a ausência de Lexie. Voltou a afundar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos. Que merda, não se lembrava de como havia chegado em casa. Deu um pulo quando lembrou que precisava retornar a ligação de Poncho, buscou por seu celular no móvel de cabeceira e não o encontrou, lembrou-se de que quando chegaram, foram até a cozinha fazer algo para comerem, imaginou talvez o tivesse esquecido por lá. Olhou pro despertador e fez a contagem das horas, no Brasil ainda seriam 06h24 da manhã, então achou melhor esperar um pouco pra ligar. Decidiu tomar seu café da manhã, mas um barulho lhe chamou a atenção a fazendo seguir para a área externa da casa.