Capítulo 27

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Anahí não sabia se estava mais surpresa pela filha de Poncho ter lhe acordado, ou por ela estar afirmando com a mais absoluta certeza de que era sua filha. A menina a encarava com os olhinhos atentos e ansiosos, como devia reagir aquilo tudo?

Anahí: Lully, eu não sou sua mãe... – disse no tom de voz mais gentil que conseguiu.

Luísa: Mas a mamãe, é igual você... – os olhinhos automaticamente encheram d'água, o que partiu o coração da morena.

Anahí: Oh meu amor... Vem cá... - sentou-se na cama e puxou a menina para sentar-se em seu colo, e ela automaticamente se aconchegou em seus braços – eu ia adorar se tivesse uma filha com seu jeitinho... – Luísa ergueu o rosto para encará-la.

Luísa: Mas minha mamãe não gosta... – coçou os olhos, Any não sabia o que dizer, estava com o coração pequeno vendo a carência de Luísa.

Ela sabia o que era aquele sentimento, nunca sentiu o amor de mãe que todos diziam ser o maior de todos, e sabia o quão era doído se sentir rejeitada pela própria mãe. Mas ela tinha maturidade pra lidar com isso, mas Luísa só tinha seis anos, e ninguém deveria magoá-la daquela maneira. Instintivamente ela sentiu vontade de protegê-la, e foi assim que encostou o rosto na cabeça de Luísa, enquanto os braços a embalavam.

Anahí: Você é muito, muito amada Lully... – depositou um beijo no cabelo dela – tio Ucker, tia Dulce, sua vovó, o vovô... e o papai! Olha o tanto de gente que te ama, né? – Luísa abriu um grande sorriso e concordou com a cabeça.

Luísa: A mamãe também vai gostar de mim quando me conhecer, não vai?

Anahí: Com certeza ela vai gostar de você! – disse insegura, mas jamais diria o contrário. Luísa sorriu confiante.

Luísa: Cadê o papai Nahí? – lembrou que acordou em uma casa diferente da sua.

Anahí: Eu também queria saber... – colocou Luísa novamente no chão e procurou seus chinelos na beira da cama – vamos ver o que está acontecendo nessa casa?

Luísa: Vamos! – disse com a mão na cintura esperando Any terminar de se calçar.

Quando as duas apareceram na sala de mãos dadas, foi quase inevitável o choque que todos ali tiveram ao olhá-las. Se Lexie não tivesse visto com seus próprios olhos a neném de Any sendo enterrada, diria que aquela com certeza era sua filha.

Anahí: Bom dia... – caminhou sorrindo até a mesa onde tomavam o café, selou os lábios com Stefan e encarou Lexie.

Lexie: O Poncho precisou sair de urgência, e a Dulce vai pegar ela assim que sair do trabalho.

Anahí: Ouviu Lully? – passou a mão pelo cabelo da menina – logo a Dulce vem te pegar... – Luísa concordou com a cabeça, estava tímida diante de todas aquelas pessoas desconhecidas, estranhamente se sentiu confortável com Any desde o primeiro encontro.

Stefan: Estava só esperando você acordar pra irmos na casa dos seus pais, sua mãe ligou quase agora cobrando minha visita... - enlaçou os braços em volta de Any a puxando pra si.

Anahí: Tá bom, vou tomar café e podemos ir – tentou soltar a mão de Luísa para que pudesse pegar um pão de queijo, mas sentiu quando ela firmou a mãozinha para impedir.

Lexie: Qual é o seu nome mesmo? – disse simpática olhando a criança que se escondeu atrás de Anahí.

Mark: Ih, acho que o gato comeu a língua dela – disse brincando.

Anahí: Diz seu nome pra eles Lully – falou encorajando a menina enquanto se sentava na cadeira ao lado de Stefan, Luísa logo ergueu uma das perninhas para se sentar no colo de Any, que a sentou de lado de frente pros amigos.

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