Após se deliciar com o abraço da filha, Anahí afastou o rosto para trás para que pudesse encará-la bem de pertinho. Deus, como era perfeita! Encostou o nariz na bochecha de Luísa assim como no dia de seu nascimento, e aspirou aquele cheirinho bom, e chegou a esquecer que estiveram por tantos anos separadas.
Luísa: Agora você vai ser a namorada do papai? – soltou empolgada, deixando os pais numa saia justa.
Alfonso: Lu, a Any tem um namorado já, lembra? – respondeu evitando olhar para Anahí.
Luísa: Lembro – disse triste enrolando o dedinho no cabelo da mãe – é que ele não é muito legal, deixou o papai bem bravo – encolheu os ombros.
Anahí: Mesmo seu pai e eu não sendo namorados, nosso amor por você sempre vai ser bem grande! – disse desviando do assunto.
Luísa: Tá bom – sorriu fofa, e no instante seguinte encarou a mãe com a carinha de preocupação – Nahí, cê não vai me levar embora pra longe do papai, né? Porque eu não gosto de ficar longe dele – virou no colo da mãe para que pudesse olhar Poncho, esticando a mãozinha pra ele que a segurou sorrindo.
Anahí: Se não quer ficar longe do papai, eu não vou te levar pra lugar algum – disse sorrindo vendo a cumplicidade dos dois, por um momento desejou ficar ali, junto deles.
Alfonso: Lu, seu padrinho quer ir pra casa – encarou Anahí – hoje meu pai vai ter a primeira tentativa de extubação, e o Ucker quer estar lá... essa noite não foi fácil pra ninguém, ele deve estar cansadão...
Anahí: Eu bem sei... – suspirou – bom, então vou aproveitar e ir também... – o encarou – pelo que a Jô comentou você não deve ficar aqui muito tempo.
Alfonso: Que ótimo! – passou a mão no rosto entediado – amanhã pedi pra Dulce trazer meu notebook para resolver algumas coisas do trabalho, ao menos não fico tão ocioso aqui.
Anahí: É, trabalhar só de casa agora, por um tempinho... – encarou a filha – então, vamos? – Luísa balançou a cabeça concordando e se inclinou na direção do pai, Any se aproximou da cama para que pudessem ficar próximos e então se despediram com uma sequência de beijos.
Alfonso: Obedece a sua madrinha, nada de ficar no Ipad e fazer birra pra ir pra aula – disse vendo a menina se ajeitar novamente nos braços da mãe.
Luísa: Tá bom papai – revirou os olhos, Any e Poncho se encarara pela "malcriação" da pequena e sorriram em silêncio.
Depois das despedidas Any e Luísa saíram do quarto. Dulce ao ver Luísa no colo de Any e tagarelando sem parar não pode deixar de sorrir, finalmente a criança teve suas respostas a respeito da mãe.
Luísa: Dinda! – gritou ao ver a madrinha – a Nahí é a minha mamãe! – contou a novidade feliz, juntando o rostinho com o da Any.
Dulce: É mesmo?! – fingiu surpresa – e você está feliz? – perguntou sorrindo olhando para Any que fazia o mesmo.
Luísa: Muito, muito – gargalhou ao sentir os beijinhos da mãe no seu pescoço – cadê o padrinho? – questionou após Any a colocá-la no chão.
Dulce: Ele precisou ir embora... – olhou a Any – o Edgar acordou! – disse aliviada colocando as mãos juntas na altura do peito.
Anahí: Que coisa boa Dulce! – exclamou contente.
Luísa: OBA! O coração do vovô não parou de bater! – pulou animada.
Dulce: Muito boa mesmo Any – sorriu vendo a afilhada – nem sei como os meninos e a Ruth ficariam se algo pior acontecesse... Inclusive, eu preciso falar pro Alfonso, quando a Ruth ligou dissemos que estavam conversando...
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Quando a Vida Escolhe ❥
Fanfiction"Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo..." Anahí Portilla. "E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa...