Capítulo 53

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O sorriso de orelha a orelha de Poncho escrevendo no grupo da família que o bebê era menino denunciava o entusiasmo com a recente descoberta. Any o levou até a sala onde os residentes guardavam seus pertences para que pudesse pegar suas coisas, e enquanto ela foi ao banheiro, ele se sentou em um dos bancos ali, estava tão entretido com a reação dos pais e da cunhada que sequer percebeu quando alguém parou em sua frente.

Stefan: Então é um menino! - disse sorrindo, assim como Alfonso, parecia ter gostado da notícia.

Alfonso: Ahm, oi! - ergueu a cabeça surpreso o encarando - é, um menino... - coçou a nuca um pouco constrangido – sei que gostaria de estar junto, mas não foi algo proposital...

Stefan: Alfonso, não precisa... – tirou uma das mãos do bolso gesticulando para que o outro cessasse a fala – eu não me orgulho das minhas atitudes recentes, só é um pouco complicado pra eu assimilar o giro de 360º graus que teve minha vida... - suspirou – em menos de seis meses de casado eu perdi a minha mulher, e de repente descubro que vou ser pai, e que estarei longe do meu filho... enfim, não lidei muito bem com essas circunstâncias num primeiro momento...

Alfonso: Cara, eu não estou tentando ser o pai dele se é isso que te preocupa... - Stefan cerrou levemente os olhos e balançou a cabeça concordando, talvez não acreditasse naquilo cem por cento – eu tenho uma filha, e posso imaginar o seu sentimento, é bem provável que num primeiro momento eu também tomasse atitudes das quais não me orgulhasse depois... a paternidade nos faz cometer loucuras! - riram, e então ele prosseguiu – eu amo a Anahí, e a amo tanto que o fato dela estar esperando um filho de outro se torna um fato insignificante pra mim, e por isso eu quero estar disponível pra ela em tudo que ela necessitar, e isso se estende em relação ao bebê... Mas eu não quero e nem vou tomar o seu lugar na vida dele.

Stefan: Eu não vou mentir dizendo que estou feliz por vocês dois, mas me sinto tranquilo em saber que meu filho vai crescer com um cara que se preocupa com ele.

Alfonso: Do que depender de mim, ele estará bem! – sorriu se levantando e guardando o celular no bolso – a ligação entre vocês dois só depende das suas atitudes, e isso é independente de onde ele for morar.

Stefan: Sei disso, morei a vida toda embaixo do mesmo teto do meu pai e hoje sequer conversamos...

Alfonso: Então tem a prova viva de que estar perto não significa necessariamente criar laços e se fazer presente – se encaravam – eu espero que pense nisso quanto ao pedido de guarda completa.

Stefan: Pode ficar tranquilo, não vou dar andamento nisso... - voltou a colocar as mãos nos bolsos da calça e encarou o chão por alguns instantes – foi uma atitude impulsiva, eu jamais separaria a Any de um filho novamente, estava do lado dela durante anos e vi o quanto ela sofreu...

Alfonso: Eu nem posso imaginar tudo o que ela passou... - suspirou - eu fico aliviado em saber que ela estava com alguém ao lado dela sem ter que lidar com tudo sozinha... E que bom que pensou melhor, de verdade, ela vai ficar muito contente com isso! - sorriram.

Anahí: Amor... - disse abrindo a porta interrompendo a conversa – ahm, devo me preocupar com o que vejo aqui? - disse surpresa ao ver os dois frente a frente.

Stefan: Nenhum pouco... - riu se virando pra ela - o Alfonso estava me dando umas dicas sobre paternidade.

Anahí: Então, eu sugiro que o escute, ele é bom nisso... - disse sorrindo enquanto os dois caminhavam em sua direção.

Stefan: Serei o melhor pai que o Ethan poderá ter! - respondeu animado.

Anahí e Alfonso: Ethan? - ambos formaram uma careta.

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