Estágio: Parte 4

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Matthew sorriu como um predador cercando a presa. Em questão de segundos, e sem nenhum aviso prévio, ele juntou nossos lábios em um estálo.

Sua língua passou pelo meu lábio inferior, pedindo entrada para minha boca.

Abri meus lábios, supresa com a resposta natural de meu próprio corpo.

Minhas mãos subiram para o pescoço do loiro, empurrando-o em minha direção, forçando o beijo a ser mais profundo.

A língua quente de Matthew tinha gosto de melancia, e explorava cada parte de minha boca, comendo cada gemido de prazer que escapava de mim.

Claro que não era meu primeiro beijo, mas cara... como era bom. O melhor beijo que já tive, sem dúvidas.

Outros beijos que eu dera, em verdade ou desafio, gira a garrafa ou no puro teste, foram superficiais.

Apenas garotos e garotas na puberdade querendo saciar um desejo inquieto dentro de si e aproveitando a primeira oportunidade. Nenhum tão... Profundo assim.

Não. Em outros beijos, era possível sentir o gosto da inexperiência, do desejo de apenas se saciar. Mas nesse beijo... Alguma coisa nesse beijo parecia mais... Íntima.

Como se a experiência de Matthew o tivesse levado ao ponto de saber como deixar prazeroso para os dois. De como deixar suave e doce, porém selvagem e pecaminoso.

Não havia percebido que meus dedos se agarravam com tanta força em seus cabelos quanto Matthew se agarrava em mim.

Separamos depois de um tempo por falta de ar, ambos ofegando. Eu não queria adimitir, mas eu estava corada, assim como ele. Talvez ele não esperasse que eu beijasse de volta...

Dei um leve risinho, passando a minha língua pelos meus lábios, aproveitando o seu gosto doce. Ele realmente parecia surpreso. Imagino que não são muitas garotas que são capazes de resistir ao seu charme.

- Boa tentativa, Matthew... - eu disse, me desprendendo da parede, calmamente deslizando meus dedos de seu cabelo para suas bochechas- Mas não vai ser suficiente...

Fiz um biquinho, fingindo estar decepcionada com o beijo, coisa que estava longe de ser verdade. Fiz questão de andar até a porta do hotel da maneira mais sensual ppossível, utilizando até a minha última gota de auto controle para não fraquejar meus joelhos.

Parei na entrada, olhando para trás e vendo Matthew contra a parede, me olhando com a boca aberta em um sorriso. Ele ainda estava em choque, mas a diversão sensual ainda brilhava em seus olhos, implorando por mais. Sua mão passou por seus cabelos, os alisando para trás. As mechas bagunçadas como única prova de que meus dedos estavam enterrados ali, segundos antes.

- Boa noite Loirinho! - eu disse, entrando no hotel.

Eu subi até meu quarto, me obrigando a não olhar para trás. Tranquei a porta logo atrás de mim e corri para a cama. Pela mãe... o que foi isso?

Demorei um bom tempo para associar a sensação de meu corpo. Como sequer era andar, respirar e falar sem ter Matthew contra mim? O que eu deveria fazer com os meus braços quando eles não estava enterrados em seus cabelos?

Ugh... Eu me sinto um virgem apaixonada.

Debati por alguns segundo se contava sobre o acontecimento para Nanda, mas por fim decidi entrar em um banho. Um banho longo e gelado, na esperança de lavar aquela nova sensação que crescia no meu peito.

Nunca que aquele foi o meu primeiro beijo, mas sem dúvidas foi o mais... gostoso. Sai do banho e coloquei pijama, passando no espelho e focando nos meus lábios vermelhos.

A Verdadeira História de Uma AssassinaOnde histórias criam vida. Descubra agora