Uma tarde em Bloody

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Quando acordei, já pelo meio da manhã, Lucas já tinha ido embora. Não fiquei chateada.

Faziam anos que não dormia tão bem quanto havia naquela noite, e estava convencida de que o cansaço de toda aquela semana estressante tinha se esvaído.

Me sentei na cama, me espreguiçando satisfeita ao sentir o doce repuxar dos músculos dos meus braços e abdomen depois de tanto trabalho com eles ontem. Fiquei surpresa ao não sentir a dor da minha cicatriz como de costume. Até meu machucado parecia melhor, me incomodando bem menos do que no dia anterior.

Um sorriso involuntário se abriu em meu rosto. Eu me sentia tão leve, tão bem comigo mesma. Uma criança, apesar de todos os acontecimentos dos últimos dias.

Quando finalmente meus olhos e ouvidos se ajustaram ao meu estado consciente, eu vi que era mais um dia chuvoso em Bloody. As gotas calmas caíam em uma garoa matinal tranquila e deixavam suas marcas pela janela. Era um dia nublado e, normalmente deprimente, mas nada seria capaz de estragar meu dia.

Me virei na cama novamente, chutando os cobertores pra alcançar o meu celular na cabeceira da cama. Tirei ele do carregador e me levantei, sentindo o frio da manhã penetrar as minhas pernas nuas. Estava de tão bom humor que estava até sopesando a ideia de pedir serviço de quarto, pela primeira vez desde que chegara.

Enquanto andava pro banheiro checava as mensagens e as notícias do dia. Eram 10 horas da manhã, mas já tinham 5 mensagens de Nanda, um meme sem graça do Matthew, uma mensagem do Lucas, algumas notificações de redes sociais e um alerta de temporal para a minha região. Ri do último enquanto focava nas mensagens.

Já tinha acabado a minha higiene básica da manhã quando mandei Matt ir a merda com aquele meme e respondi todas as mensagens e perguntas de Amanda sobre meu bem estar e meu dia a dia, além de fazer minhas próprias perguntas a ela.

Eu estava esperando a máquina de café expresso do meu quarto acabar seu trabalho quando abri a mensagem que meu irmão tinha me mandado.

Eu estava esperando a máquina de café expresso do meu quarto acabar seu trabalho quando abri a mensagem que meu irmão tinha me mandado

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Um sorriso bobo se aflorou em meu lábios, mesmo que eu tivesse revirado meus olhos com sua preocupação excessiva. Mas ao mesmo tempo meu coração se aqueceu de um jeitinho gostoso. Um sentimento nostálgico que eu achava que havia perdido conforme a minha idade aumentava.

Peguei minha xícara de café e dei um gole, gemendo baixinho em aprovação ao líquido quente e doce descendo a minha garganta.

Olhei de novo para as mensagens, percebendo sutilmente que meu irmão estava nervoso enquanto as mandava, esperando por uma resposta minha imaginei. Ele provavelmente se tocou que sua irmãzinha ainda estava bancando uma de Bela Adormecida e se acalmou um pouco, mas ainda conseguia sentir sua ansiedade nas mensagens.

Dei mais um gole do meu café e o apoiei na mesa a minha frente, sem delongas para responder meu pobre irmão.

Dei mais um gole do meu café e o apoiei na mesa a minha frente, sem delongas para responder meu pobre irmão

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A Verdadeira História de Uma AssassinaOnde histórias criam vida. Descubra agora