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A expressão suave que enfeitava a feição de Madison era o meu calmante

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A expressão suave que enfeitava a feição de Madison era o meu calmante. Mesmo estando tão cansado e tão suado e tão satisfeito como eu estava, ainda sentia uma leve adrenalina correndo por minhas veias e bombeando meu coração com mais pressa; talvez fosse a saudade lutando para não ir embora, lutando para permanecer e me fazer beijar a loura até meus lábios doerem e incharem e o fogo que me fez deitá-la sobre a cama, sob mim, e invadi-la renascer dentro de mim, forte o suficiente para perguntá-la se gostaria de um segundo round. Contudo, graças a Madison e seus olhos de tons diferentes de verde, pude reprimir essa vontade e simplesmente admirá-la a minha frente, a respiração já regulada — após longos instantes lutando contra o ofegar — e seus orbes cansados sobre os meus.

Eu observava seus lábios e seus olhos intercaladamente, só na expectativa que ela dissesse alguma coisa que rompesse a quietação tranquila que circundava pelo quarto.

Por um instante, pensei que ela não diria nada, que se manteria quieta até que o manto de sono a cobrisse e a levasse para qualquer lugar onde poderia sonhar feliz e descansar momentaneamente, até que o dia de amanhã chegasse e Deus lá sabe o que poderíamos fazer, além do mais, estávamos de férias, tínhamos terminado o colegial e em questão de meses estaríamos na faculdade, mas tive que focar meu olhar atentamente em seus lábios quando notei — pela visão periférica — eles se movimentando.

Pela breve demora em olhá-los, acabei perdendo o começo do que ela disse e logo o “pra casa” que consegui detectar se tornou uma incógnita momentânea que logo foi solucionada quando murmurei para que ela repetisse.

— Tenho que voltar pra casa — repetiu, e uma sombra obscura de solidão me invadiu sucessivamente.

— Sério? — Pela leve rouquidão que coçou minha garganta cri que a simples e breve palavra soou um tanto melosa e apelativa.

— É.

Madison sentou-se sobre a cama, eu posteriormente fazendo o mesmo, e se retirou do colchão. Segui seu corpo nu com os olhos enquanto ela buscava suas roupas de hoje mais cedo e as colocava com uma lentidão que me alegrou. Ou melhor, que alegrou ele.

Sintonia Silenciosa | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora