Capítulo 1 - Vozes cruéis

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Avisos: Essa fic é bem pesada, tem violência, estupro, prostituição, sangue.

Também tem muito amor, carinho e cuidado, mas antes passa por tudo isso.

Essa fic é antiga, sua escrita não é tão desenvolvida como outras que tenho, porém decidi que mudaria apenas pequenos erros de gramática e deixaria a história como foi escrita para respeitar a minha própria escrita. 

Não é Plágio, tenho essa mesma fic em outros perfis postado há anos.

Espero que gostem, me deixem comentários e se alguém se sentir ofendido, peço que apenas deixe de ler, há outras fics, inclusive minhas que podem lhe deixar mais feliz.

Harry volta para Hogwarts em seu quinto ano, sua cabeça está uma bagunça com Voldemort invadindo seus pensamentos e se alimentando dos sentimentos frios em seu peito. O mundo bruxo lhe virou as costas exatamente no momento em que um segredo seu começou a pesar tortuosamente em suas costas. Perdido em si mesmo, o menino de ouro já não se conhece mais e cai em um mundo de solidão. Alguém misterioso tenta ajudar, mas Harry tem que ajudar a si mesmo, ainda mais quando é pego por Voldemort. Slash, lemon HP/SS


Capítulo 1 – Vozes cruéis

A luz do luar entrava pela janela do dormitório onde Harry Potter dormia, ou tentava inutilmente. Seus belos olhos verdes permaneciam fechados lutando contra o monstro interior que imperava nas horas sombrias da noite. Sua cicatriz ardia constantemente, mas aquela dor não chegava a superar a sua tristeza e angústia que o visitava naqueles momentos em que ficava olhando para o teto de sua cama, fechado pelas cortinas vermelhas, isolando-se do mundo ao redor.

Neville roncava na cama em frente e Rony na do lado. Simas e Dino dormiam tranquilamente sem se importarem com os barulhos proferidos pelos outros. Somente Harry estava acordado, mas tão pouco prestava atenção ao que acontecia ao seu redor. Até tentou se prender aos roncos dos amigos, mas sua mente não o presenteava com essa benção.

Ele continuava se lembrando, continuava pensando.

Após alguns minutos em que tentou livrar-se das sombras em sua cabeça, resolveu que não adiantava permanecer revirando-se naquela cama. Silenciosamente levantou-se e saiu do quarto indo para o salão comunal.

Todos os alunos estavam em seus dormitórios aproveitando o pesado sono para sonhar com coisas mundanas como as aulas, os amores e até mesmo as comidas, ou simplesmente não sonhar com nada. Alguns talvez estivessem tendo um ou outro pesadelo. Sendo assim, a sala estava completamente vazia e escura. O silêncio era aterrorizante, parecia o próprio nada dando boas-vindas ao viajante solitário. Era opressor e muito bem vindo.

Harry andou pelo escuro sentindo o quanto o chão de mármore era gelado. Devagar se aproximou da janela e se sentou no beiral. Com a manga do pijama limpou o embaçado do vidro e olhou a luz da lua ser engolida pela cruel escuridão.

Estavam em pleno verão e aqueles tempos eram tão sombrios quanto a Floresta Proibida. Tão cruel quando o próprio Voldemort.

- Voldemort. – Sussurrou para o vento sentindo a acidez do nome em seus lábios.

O causador de tanta destruição, o diabólico que o queria morto, o assassino de seus pais e de tantos outros queridos. Instintivamente colocou a mão na cicatriz que ainda ardia, a lembrança do sacrifício de sua mãe e do dever que lhe fora imposto sem nem saberem sua vontade. Afinal, como um garoto de um ano iria responder a essa pergunta?

Sua cabeça estava tão cheia de questionamentos e dúvidas, as vezes alguns pensamentos ruins que não deveriam estar o atormentando, que nem mesmo reparou que o tempo passou. Por isso, ainda estava no mesmo lugar quando Hermione desceu do dormitório de manhã. A menina chegou perto tocando em seu ombro. A princípio Harry se assustou com o ato, mas ao olhar para o lado e ver o cabelo volumoso seu coração se acalmou.

O Veneno que Corrói a Alma (Snarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora