Capítulo 32 – O reencontro
As batidas grossas na porta já eram o suficiente para Snape saber quem era, ele não precisava ouvir a voz de Carrow se identificando.
- Snape, abre a porta, é o Amico.
- O que quer? - Perguntou Snape após abrir a porta.
- Ele está aqui. – Disse Carrow fazendo Snape olhá-lo com extrema atenção. – O alarme de Hogsmead soou, ele veio para Hogwarts.
Sim, ele veio, Snape sabia disso, mas jamais imaginou que fosse na mesma noite em que Gringotes fora roubado, não agora, não sem antes ele ter tempo de executar um plano para ajudar o menino. Era cedo demais. Ele olhou de relance para o pergaminho em sua mesa que mostrava Harry no cabeça de javali.
- O que faremos Snape? - Perguntou Amico tirando Snape de seus devaneios.
- Vigiem os portões, mandem os dementadores para todas as entradas do castelo e deixe bem claro que precisamos de Potter vivo.
- Certo.
Carrow deixou Snape completamente atônito na sala da direção. Potter estava a caminho de Hogwarts, um dos lugares mais perigosos do mundo para ele naquele momento e Snape não sabia o que faria.
- Não se esqueça do que precisa fazer Severus. – Disse Dumbledore no quadro.
- Não se preocupe.
- Não estou preocupado, confio em você.
O sorriso confiante de Dumbledore naquele momento não era confortante, não era encorajador, só fazia com que Snape tivesse mais medo do que poderia acontecer.
Enquanto Snape lutava contra o medo da perda que se apoderava dele, Harry se escondia a poucos metros dele, na sala precisa e combinava com os alunos desertores a busca pela Horcrux. O tempo passava e ele sabia que Voldemort só não fora chamado, pois não o tinham visto, porque não tinham certeza, mas ele precisava passar pelo castelo inteiro se fosse preciso, ele iria ser visto, uma hora ou outra e portanto faria o possível para que isso demorasse a acontecer. A guerra iria começar, isso era um fato que ele não poderia negar, mas era melhor acontecer quando todas as Horcrux estivessem destruídas, quando só sobrasse Voldemort e Harry.
Harry se sentia exausto e quase sem esperança quando ninguém menos que Luna lhe dera uma ideia, louca e talvez improvável, mas uma ideia, uma chance. Ele a ouviu falar sobre o diadema perdido e sentiu suas esperanças irem embora no mesmo instante, o diadema estava perdido há muitos anos e seria impossível ele conseguir encontrar em apenas algumas horas talvez minutos antes de ser pego. Ele nem ao menos sabia como era esse diadema.
- Eu te mostro. Mas para isso precisamos ir até a minha sala comunal.
- Tem que ser rápido, entre embaixo da capa e todos vocês nos esperem aqui.
O tempo passava e as imagens de Voldemort procurando as horcrux apareciam em sua mente como uma lembrança de que logo ele estaria ali. Luna decifrou o código que levava até a sala comunal da Corvinal e Harry teve que se segurar para não gritar, ele já tinha visto o diadema, sabia onde estava, agora ele só precisava... Seus pensamentos foram desviados quando a comensal apareceu, era cedo demais para ser visto, cedo demais, precisava de mais tempo. Com os olhos arregalados Harry a viu apontar para a marca e chamar Voldemort, Harry sentiu sua cicatriz doer no mesmo instante, mas sabia que Voldemort não voltaria agora ele ainda precisava saber se as outras horcrux estavam inteiras e guardadas em segurança.
Com agilidade Luna derrubou Alecto, mas não pôde evitar o barulho que o corpo da comensal fez quando bateu na parede. "Droga, preciso sair daqui" pensou Harry, mas logo depois apareceram Amico e McGonagall. Isso iria atrasá-lo. Luna fez um sinal de silêncio quando Harry fez menção de arrancar a capa ao ver o comensal insultar a diretora, ele ficou quieto a princípio, mas cuspir na cara dela era demais para ele aguentar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Veneno que Corrói a Alma (Snarry)
RomansaE se tudo pesasse? Se os pesadelos lhe levassem para a morte recente de um jovem lufano? Se o trabalho que seus tios lhe obrigavam a fazer nas férias pudesse agora ser feito no mundo bruxo o trazendo mais dor? O que você faria? O que Harry faria? Co...