Capítulo Quarenta e Um

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- Não me parece suicídio. Bruno tinha uns probleminhas mas vivia bem com eles ha muito tempo... Eu acho que deixaram passar alguns detalhes... - Eu disse meio insegura.

- Cinderela... - A postura de Kurt ficou rígida, como a de um profissional. - Você está fazendo uma acusação grave. Você esta supondo que vários técnicos de perícia, técnicos forenses... Acusaram como suicídio um homicídio. - Ele parou e tomou um gole de whisky. - Você tem que aceitar as coisas como elas são. - Kurt completou.

- Eu tenho uma coisa que prova minha teoria, príncipe. - Comecei a ser sarcástica com ele. - Eu não posso acusar nada sem provas. Entendo de técnicas forenses. - Pisquei para Kurt.

- E qual é sua grande prova que dispensaria vários técnicos da área? - Ele disse sorrindo com os olhos.

Respirei fundo.

- Eu dei uma olhada na cena de crime, algumas marcas de briga. Mas poucas, elas foram encobertas. Mas isso só eu saberia, eu já fui na casa de Bruno várias vezes. Eu sabia que ele não manteria uma lampada quebrada no abajur. E que o próprio não fica em cima da penteadeira, onde um pano roxo estava preso. Um pano no qual não se encaixa em nenhuma das blusas dele. - Terminei e dei um grande gole em meu drink.

- Bem, você pelo menos investigou.

- Não vou sair desempregando ninguém sem justa causa. - Dei um sorriso irônico.

- Quero olhar a cena de crime, quem sabe eu possa tirar alguma coisa relevante de lá... Como você teve acesso? - Kurt perguntou interessado.

- Pela janela. - Eu ri. - Pelo o que eu fiquei sabendo pelas fofocas ai, vão ajeitar a casa dele toda daqui a duas semanas para vender. - Completei.

- Esse fim de semana. Ou melhor, na madrugada de sexta pra sábado. Ta bom pra você? - Kurt perguntou.

- Claro. - Sorri bebendo mais do drink.

Comemos o churrasco que veio muito bem servido e estava delicioso. Pude perceber como realmente Kurt amava churrasco, principalmente picanha. Eu e ele discutimos sobre carnes, pois eu preferia alcatra. No final ele pediu browne com sorvete de sobremesa para a gente, o que me deixou muito satisfeita.

Entramos no carro discutindo pois ele pagou a conta e não me deixou nem ao menos pagar o 10% do garçom.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora