Capítulo Trinta e Quatro

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- O que você quer? - Eu estava assustada.

- Cinderela, eu sei o que você é. Eu vejo que você não é uma princesa comum. E isso me intriga. - Ele disse olhando fixamente para algo atrás de mim.

- Eu não te entendo. - Eu disse.

- Você tem instinto de matar, Cinderela. Eu sei disso e não adianta negar, porém, por mais certa que você esteja disso, eu sei que você nunca matou ninguém. - Ele disse se focando em meus olhos.

Eu estava com medo, como aquele homem sabia tanto sobre mim?

Sobre meu instinto de matar... Sobre eu nunca ter matado ninguém...

- Como você sabe de tudo isso? - Perguntei me rendendo.

- Eu vejo sua áurea. Acredite, eu tenho que me dar com assassinos todos os dias, e vejo a cor que a áurea deles tem. É uma cor podre. Mas a sua é um misto de cores, Cinderela. Tem essa cor podre bem fraca e um dourado... Um dourado que eu só vi em uma pessoa até hoje... - Os olhos dele se encheram de lágrimas. - E esse dourado me intriga. - Ele completou.

- Como assim você tem que lhe dar com assassinos todos os dias? - Eu ainda estava firme em cima dele com a faca em seu pescoço.

- Eu sou Detetive, nas horas que eu não salvo princesas de festas. - Ele deu um sorriso sarcástico.

Detetive? Puta que pariu.

- Você está me investigando? - Perguntei.

- Eu só investigo pessoas que outras pessoas me pagam pra isso. Ou pessoas fichadas pela polícia. E acho que você é esperta demais para não ser.

- Então o que você quer comigo?

- Primeiramente eu queria te ajudar, aquela rua atrás do salão não é segura. Mas quando me aproximei de você é vi a cor podre em sua áurea, vi que você poderia rodar o mundo todo sozinha sem proteção. Mas ao mesmo tempo em que vi o dourado em sua áurea, eu sabia que tinha que me aproximar de você... Eu já estava envolvido demais.

- Por uma coisa completamente desconhecida. - Eu falei baixinho e resolvi sair de cima dele.

- Confia em mim, eu sou igual a você.

Eu o beijei.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora