Capítulo Vinte

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Marcela era filhinha de papai.
Aquele carro cujo sofri um acidente junto com Fernanda? Já havia sido trocado por um fox 1.6 preto.
Marcela tinha 19 anos e dirigia muito bem desde os 14.
Estávamos dentro do carro no caminho de minha casa, quando pergunto:
- Marcela, o que foi resolvido sobre o acidente? Eu fui a envolvida mas não soube de nada.
- Papai subornou o policial, para que o teste do bafômetro de Fernanda acusasse que ela não bebeu, porém, se eu emprestar meu carro para mais alguém, ele põe pra fora de casa e para de me bancar.
- E então como Gregori estava bêbado...
- Chapado e armado... É, foi uma péssima idéia bater no meu carro.
- E aquele Punto tá aonde?
- Mecânico. Depois papai vai vender.
Cheguei em casa cansada, já passavam das três da tarde.
Estava sozinha em casa, como toda
Sexta-Feira. Tirando assassinos em série, meus pais tinham profissões normais. Que lhe ocupavam a semana toda e só os deixava livres para seus hábitos noturnos aos fins de semana.
Eles trabalhavam em cidade grande, mas optaram por morar em cidade pequena.
Desde os quinze eu me viro sozinha de Segunda à Sexta.
Tomei um banho e me arrumei para academia, onde ficava 3 horas todos os dias da semana.
Coloquei um top preto que destacava bem meus seios e uma legging que marcava bem as definições de minha perna.
Fiz um rabo de cavalo bem apertado, juntei o essencial numa bolsa (que incluía minha faca), e fui até a cozinha.
Fiz um rápido lanche, e sai caminhando para academia com uma garrafa de água na mão.
A academia onde malhava parecia outro mundo, e eu gostava muito daquele mundo.
Lá tinha uma sala aonde praticavam luta, e sempre depois do meu treino eu ia pra lá.
Eu lutava muito bem graças aos treinos constantes de meu pai, por conta disso, derrubava qualquer um de meus oponentes.
Estava saindo da academia quando ouvi:
- Kareeen, espera!
Olho para trás e vejo Aaron correndo.
- Lá vem. - Sussurei para mim.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora