Capítulo Quarenta e Cinco

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- Sim. Mas... Depois do que você fez com seu pai hoje... - Ela fechou a porta atrás de si. - Karen, ele ficou preocupado. - Minha mãe diminuiu o tom de voz.

Pus a faca no quadril e me sentei na cama.

- Mãe, vocês me treinam desde sempre pra eu matar perfeitamente, sem deixar pistas e saber me defender. Eu só estou aprendendo.

- Cuidado...

- Ta bem. - Eu disse bufando.

Meu pai meio que me evitou o treino todo. Ele trouxe uns bonecos que tinham a mesma dificuldade para enfiar uma faca que um humano.

Mas pela primeira vez, ele falou que eu estou pronta e me ensinou o ritual deles para matar.

- Ritual satânico? - Perguntei rindo.

- Muito engraçado, mocinha. - Meu pai disse irônico, fiz careta. - Nada de satânico. - Ele completou.

Apesar da minha família não ser extremamente religiosa, nós também não eramos anticristo. E nem ateus. Apenas acreditamos que há uma força maior que controla tudo.

Inclusive as mortes.

Eu ajudei meu pai a montar tudo e colocamos o boneco bem no centro.

- Faça as honras. - Meu pai disse fazendo uma reverência.

Eu me direcionei ao boneco e o encarei. Tirei minha faca do quadril, subi em cima do boneco e o apunhalei bem no coração.

- E agora? - Perguntei ao meu pai.

Ele jogou o estojo de facas que me deu de presente em uma mesa.

- Pega essa. - Meu pai me entregou uma faca de cutelo. - É só partir os membros para o transporte ficar mais fácil. Mas lembre, quando você for matar e fizer isso, vai sair muito sangue. Muito mesmo! - Meu pai deu bastante ênfase ao sangue.

Sangue. Meu ponto fraco.

- Acredito que isso não será problema. - Eu já estava imaginando todo aquele sangue.

Comecei a dar fortes golpes em cada membro, até o boneco ficar todo desmembrado.

Meu pai pediu para que eu colocasse em grandes sacos de lixo pretos bem resistentes e leva-los para meu carro. Caralho, aqueles bonecos tinham o mesmo peso de uma pessoa adulta também!

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora