Capítulo Trinta

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Coloquei umas jóias pratas de minha mãe que combinavam perfeitamente com meus saltos.
Escondi o dinheiro nos meus seios pois não queria levar bolsa, guardei minhas chaves e minha faca no porta-faca em minha coxa esquerda (a que o vestido cobria).
E por último, coloquei uma máscara prata que brilhava em qualquer contato com a luz.
Estava passando perfume quando a campainha tocou. Já sabia que era o Aaron, então dei mais uma conferida para ver se estava tudo certo e me despedi de minha mãe.
Abri a porta e já fui saindo mas ele permaneceu imóvel me olhando.
- Que foi? - Perguntei.
- Você... Você está linda! - Ele disse sem tirar os olhos de mim.
- Você diz isso todos os dias Aaron, vamos! - Eu disse puxando seu braço, ele se arrepiou com meu toque.
Só então eu fui prestar atenção em como ele estava bonito também, com um terno perfeitamente ajustado e máscara verde escuro, combinando com a gravata.
Ele me ofereceu o braço e eu ajustei o meu ao dele. Só quando entrei no carro que percebi, minha mãe olhava tudo pela janela.
Chegamos no salão, completamente lotado. Mas ele era bem grande, não ficava desconfortável.
As meninas marcaram de ficarem esperando perto da porta e só entrarem quando todas estivessem juntas.
Foi meio difícil reconhece-las no meio de tanta gente de máscara.
Avistei um vestido verde e cabelos loiros e imaginei ser Fernanda.
Quando cheguei lá todas olharam pra mim da mesma forma que Aaron olhou.
- Karen? - Perguntou Marcela, os olhos azuis dela eram perceptíveis em qualquer momento.
- Eu.
- Caralho mulher, você tá linda! - Ela disse.
Marcela estava com um vestido vermelho e João estava encostado no carro atrás dela.
Fernanda com o vestido verde; e Júlia com um roxo. Todas estavam acompanhadas.
Apresentei Aaron a elas e entramos.
Bebi bastante e de tudo para aturar Aaron tentando ficar comigo a noite toda, precisava de um tempo pra mim.
Então inventei que ia no banheiro.
Acabei que bebi mais no caminho e nem sabia mais para onde estava indo. Eu estava perdida no meio daquela multidão.
Vi uma porta e empurrei-a, acho que era uma saída de emergência, pois acabei saindo nos fundos do salão.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora