❤️ Alguien 16 ✨

119 15 10
                                    

Carolleite26
Toda sua meu bem ❤️✨

Julius: Heriberto... meu filho...- me aproximei dele lentamente - sua mãe foi vítima em tudo isso, assim como você meu filho... nós três sofremos por causa de uma mulher que nunca se importou com o que nos causaria, era a minha mãe mas nem por isso terá o meu perdão... eu sofri e muito quando voltei e não encontrei vocês em casa, em nossa casa... eu chorei por todos esses anos a morte de vocês e encontrar Jully depois de tudo, foi um tremendo impacto... ainda mais sabendo que o meu filho esteve esse tempo todo ao meu lado - falei emocionado - é o meu maior orgulho... o meu filho... eu sei que tudo é confuso, que sofreu... que tentou chegar onde sempre sonhou e chegou meu filho... não apenas por isso, mas também por ser o meu filho... nem imagina o orgulho que sinto de tê-lo como filho... de saber que é meu descendente... que ama tudo o que eu amo... seu sofrimento acabou meu filho... disso pode ter certeza... eu faço questão de tê-lo ao meu lado, de te passar tudo que construí... você e sua mãe são os meus maiores amores e a partir de hoje, quero os dois comigo.

Heriberto: Eu... eu não fazia idéia de nada disso... do que passou... do que fez e do que aguentou por mim - falei olhando minha mãe - eu sei que nada do que eu faça irá apagar tudo que passou nas mãos daquele homem... me perdoe por tudo que falei... que pensei... eu nunca quis que passasse por isso... que permanecesse ali e foi por isso que batalhou tanto para mudar tudo isso... é a minha mãe e nada irá mudar o meu amor e a minha admiração por você - lhe sorri - eu quero que seja feliz mãe, que viva sua vida e que viva ao lado do meu pai... que não recuperem o que perderam, porque isso já não é capaz, mas que vivam tudo que ainda tem pela frente...- olhei para o meu pai - eu... sabe o quanto te admiro... não só pelo profissional que é, mas pelo homem que conheci... passaram tantas coisas pela minha cabeça durante esses anos...- ri - em te conhecer... em ser seu amigo... seu colega... seu aprendiz... mas jamais ser o seu filho e olha só as surpresas que a vida nos proporciona... MDS que irônica é a vida... cresci acreditando ter um pai abusivo... autoritário... um pai que nunca conheceu o verdadeiro significado da palavra pai... mas ele nunca foi o meu pai... o meu pai é o homem que eu sempre admirei, que conheci e quis ter ao meu lado... que quero ter ao meu lado... nenhum dos dois tiveram culpa do que aconteceu, do que passamos e não serei eu quem irei lhes privar ou julgar... eu quero sim ter um pai... ter o meu verdadeiro pai ao meu lado... quero me permitir de fato ter uma família, a família que separaram... mas que finalmente a vida nos colocou diante um do outro.

Ouvir alguém me chamar de pai era tão surreal, ainda mais o meu filho. O filho por quem eu chorei durante todos aqueles anos. O meu filho, o meu maior orgulho estava ali, em minha frente. Estava vivo e à tempos estava ao meu lado, estava comigo. Me aproximei bem mais dele e o puxei para os meus braços, lhe apertando. Sentindo ele vivo e bem, junto a mim. Assim como a mulher que eu tanto amava.

Julius: Meu filho... meu menino...- sorri abraçado a ele - o seu pai está aqui e não vamos mais nos afastar, disso pode ter certeza... seremos uma família... quero que arrume suas coisas, vamos para nossa casa... e não se preocupe meu amor, não é a mesma casa...- lhe sorri.

Heriberto: Eu... pelo menos por hora ficarei com vocês... tenho que resolver algumas coisas com a Victoria antes de tudo.

Jully: Meu filho...- segurei sua mão - somos os seus pais e estamos aqui, sabe que pode contar conosco sempre, não importa o momento... eu só não quero que se feche para o mundo.

Heriberto: Eu não vou mãe, pode ter certeza disso - beijei sua mão - vou organizar minhas coisas e saímos... vamos começar uma nova vida, deixar tudo isso no passado... principalmente a Sra - lhe sorri e sai dali os deixando na sala.

Após um bom tempo saímos dali e fomos para a casa de Julius, ali seria o nosso recomeço. Ele levou Heriberto ao seu quarto e me deixou no seu. Confesso que estava um pouco nervosa, apesar de termos vivido juntos, de termos um filho, eram anos sem nos vermos. Tudo havia mudado, já não era aquela jovenzinha de anos atrás, meu corpo não era o mesmo, tinha marcas que nem o tempo foi capaz de apagar. Conversamos um pouco ali e logo ele saiu, me deixando à vontade. Eu nem sabia muito bem o que fazer, mas não iria fazer desfeita em nada.

No outro quarto...

Julius: Filho... podemos conversar? - falei após entrar no quarto.

Heriberto: Claro pai...- o chamei e nos sentamos na cama - sobre o que quer conversar?

Julius: Sobre você e a Victoria...- o olhei calmamente - sei que ela está grávida... e com tudo isso que aconteceu no hospital, eu quero conversar, que me fale como se sente... sei que não é fácil passar por tudo isso, mas não está sozinho meu filho... seu pai está aqui.

Heriberto: Obrigado pai - respirei fundo - realmente não é fácil... estou confuso com tudo isso, eu amo a Victoria e não posso mentir quanto a isso... mas... eu... eu não estou preparado para ser pai, para deixar os meus sonhos de lado... não agora... eu sei que é o meu filho, que é minha responsabilidade... mas como ficarão os meus sonhos? A minha carreira? Eu lutei para chegar onde estou, não sabe o que passei para conseguir terminar meu curso...- passei a mão no rosto - eu não sei o que fazer.

Julius: E você acha que ela está preparada para tudo isso? Nunca estamos meu filho... da mesma forma que tem uma carreira, ela também tem a dela... não pode pensar apenas em você, mas nos dois como um todo... agora estão juntos Heriberto, meu filho não pode ser egoísta a esse ponto... você lutou e isso é fantástico, não desistiu de nada... não abaixou a cabeça... não vai perder sua carreira meu filho, pode muito bem dividir o seu tempo... vou conversar com a Mag para colocar outro no bloco cirúrgico, vai permanecer no laboratório comigo, assim poderá ter mais tempo com ela e com o seu filho.

Heriberto: A Victoria sempre teve tudo nas mãos... tem uma empresa, trabalha com o pai dela... pode fazer e desfazer...- respirei fundo - eu não quero que fale, irei para onde ela me colocou... foi uma das condições de trabalhar no hospital... quero enfrentar tudo... não quero piorar as coisas mais do que já piorei... eu não queria engravidar ela agora, mas aconteceu pai.

Julius: Aconteceu e você será homem para assumir a sua mulher e o seu filho... se não for para assumir a mulher que diz amar, vai assumir o seu filho, mas não vai se ausentar da vida dele... sei que não vai querer passar por isso... não sabe o quão triste é... Heriberto você não teve nada disso por causa de uma armação, mas agora tem o seu pai e pode dormir tranquilo, não terá mais que temer perder o emprego... eu sou sócio no hospital e mesmo que não queira ficar lá, podemos ter o nosso próprio laboratório...- lhe sorri - não pense mais nisso... apenas no que vai fazer a respeito de tudo isso, ela precisa saber que estará com ela, mesmo se for na amizade.

Heriberto: Acho que depois do que eu fiz, será só na amizade e olhe lá - sorri fraco - fui um estúpido com ela... não deveria ter lhe procurado com a cabeça quente... acabei falando o que não deveria - respirei fundo cabisbaixo.

Julius: Vai levantar a cabeça e corrigir tudo isso... se realmente lhe ama, não importa o que tenha feito, vai desfazer... quando se ama, não desiste, lutamos até o fim... persistimos e nunca desistimos... olhe para eu e sua mãe... foram anos lhe dando com duas versões totalmente diferentes... no final das contas, nenhuma delas era verdadeira e agradeço imensamente aos céus por isso... por ter a oportunidade de voltar a tê-la ao meu lado... a tê-los ao meu lado - lhe sorri - se quer seguir no bloco cirúrgico, eu te desejo toda sorte meu filho, sei que é capaz de tudo e muito mais... estarei sempre aqui para o que me necessitar e quando quiser, daremos esse passo rumo ao nosso canto, juntos.

Heriberto: Obrigado pai...- lhe abracei apertado - prometo que irei pensar em tudo e farei o melhor para nós três - suspirei pensativo.

Julius: Eu sei que irá - o olhei sorrindo e logo saí dali voltando para o quarto, onde meu amor me esperava.

No ateliê...

Após o almoço com os meus amigos, voltamos para a empresa e fomos trabalhar. Aquela tarde se passou tranquila, me dediquei aos meus projetos e nada mais. Não queria ter que relembrar um momento que iria me trazer mais dor do que já sentia. Já era noite quando saí de minha sala e fui a sala do meu pai. Bati na porta e entrei, encontrando o meu pai no sofá, me aproximei e sentei ao seu lado.

Continua...

Alguien - Victoria y Heriberto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora