Alguien - Victoria y Heriberto (Concluído)

❤️ Alguien 30 ✨

Carolleite26
Toda sua meu bem ❤️✨

Fomos para a mesa do café que já estava posta no jardim, como Victoria sempre gostava. Nos sentamos ali admirando aquele belo dia que já se fazia esplendoroso. Pouco tempo depois nossa pequena chegou e completou nosso momento. Horas depois seu pai veio lhe pegar, como era de costume em todos os finais de semana. Assim como havia prometido saí para um passeio com Victoria. Fomos para um lindo jardim que havia um pouco distante de nossa casa. Era lindo e estar na natureza me deixava tranquilo. Comprei dois sorvetes e nos sentamos na grama, frente ao lago.

Victoria: Atílio... eu sei que as coisas entre nós dois não foi o que você esperava e... bom... você não tem obrigação de continuar sustentando uma mentira por amor... eu quero que siga sua vida, sei que ama a Cristina - sorri lhe olhando - assim como eu sei que ela te ama seu bobo... ela só não admite porque assim como todos, pensa que estamos casados... você foi o meu anjo Atílio, viveu todos esses anos comigo, com a nossa menina, fez o que outro não faria... assumiu uma família, sustentou uma mentira por amor... no início pensou que me amava, mas descobriu que não me ama como mulher - sorri - já amei alguém e quando te vejo com ela, reconheço o amor que existe entre vocês... é um grande amigo e de verdade, de todo o meu coração, eu quero que seja feliz... você merece Tilio, merece alguém que te ame, que te cuide... alguém que se permita viver o que você tanto deseja... não é porque eu não consegui, que eu vou permitir que não viva - suspirei olhando para a frente.

Atílio: Tory - beijei seus cabelos - eu sei que ainda o ama, assim como ele te ama... nós cometemos tantos erros na vida, por orgulho deixamos o tempo passar e não damos uma segunda oportunidade... Heriberto já teve o seu castigo, viu a mulher que ama casar com outro, assim como a filha chamar outro de pai e isso dói... dói muito - respirei fundo - não vou mentir, até porque você me conhece muito bem, eu e Cristina sempre tivemos um desentendimento - ri - ela é marrentinha mas... conquistou meu coração... esses anos que estamos trabalhando juntos, as coisas foram acontecendo... você é uma mulher incrível, destemida, independente... nossa eu sempre te admirei e muito, mesmo na dor seguiu, não abaixou a cabeça... criou sua filha, me deu a oportunidade de estar com vocês, de ter uma linda menina, apesar de não ser de sangue, ela é de coração, assim como você... Heriberto é um idiota se não lutar por esse amor, esse coraçãozinho está ferido, tem medo de confiar novamente... mas eu sei que bem no fundo só precisa disso, de uma oportunidade para se sentir livre e amada... para se sentir exclusiva em sua vida... a Mad assim como você, merecem estar ao lado dele... eu não estou me desmerecendo, isso nunca... mas é terrível estar longe de quem se ama... foram anos Tory, eu sei que sofre com tudo isso, que não queria que a sua filha tivesse que viver assim, vendo o pai por horas, apenas nos finais de semana... ela ainda é um bebê e tem que conviver com isso sem entender bem... eu sei que ele errou, que deu prioridade ao trabalho, que deixou a família de lado, mas você acha mesmo isso certo? Está se proibindo viver fora o trabalho, fora a mãe... deixou de ser a mulher... de ser amada... desejada... Tory... esta na hora de rever esse passado, de perdoar tudo que passou... converse com ele, pelo menos deixe tudo isso ir embora de vez, mesmo que não seja com ele, se permita viver... se permita amar, você merece isso... eu quero que seja feliz Tory - sequei seu rosto.

O olhei e naquele momento o abracei como pude.

Victoria: Eu nunca poderei te agradecer o suficiente Atílio... é o meu anjo da guarda, nunca me abandonou... mesmo sem conseguir ser a sua mulher, não permitiu que isso acabasse com tudo - solucei - eu quero que seja feliz com ela, que tenha uma família linda, que seja tão amado quanto merece - me afastei um pouco tocando o seu rosto em uma carícia - ela é incrível Atílio, sei que juntos serão felizes... aproveite a viagem e mude tudo, quando voltar quero te ver com ela sem medo de nada - ri secando o meu rosto - vou conversar com ela, não se preocupe, sei que ela jamais trairia a nossa amizade e por isso nega o que sente... obrigada por tudo meu querido, por todos esses anos ao meu lado, por ter me amado, me feito sentir tantas coisas que eu nem imaginava que pudesse... por ter nos colocado como sua prioridade... Tilio nada vai mudar, eu não quero perder a sua amizade, muito menos que a Mad perca o pai dela... sabe o quanto ela te ama e te quer... eu sei que você tem razão em tudo, mas não é fácil Tilio - suspirei - foram tantas coisas, tantos abandonos... eu precisei dele e não o tive... agora eu vou tratar de organizar tudo e voltar para a minha casa... quero um tempo longe de tudo isso.

Atílio: Você me deu uma família, o que mais eu iria querer? - sequei o seu rosto - Tory, minha menina linda, seja feliz... viva... se entregue sem medo de nada... pode ter certeza de que eu irei e te agradeço por todos esses lindos momentos juntos... quanto a viagem, vamos deixar tudo acontecer - ri - nada irá mudar meu bem, jamais deixaria você e a Mad... são a minha família também - beijei sua testa - leve o tempo que for na mudança, sabe que está em sua casa e não precisa ter pressa em nada... assim que voltarmos da viagem, tire uns dias, você precisa de férias... deixe que eu cuide de tudo enquanto você saí.

Victoria: Uma família que te ama muito Tilio, disso você pode ter certeza meu amigo - deitei a cabeça em seu ombro - eu vou viver sim, só quero um momento para respirar e me cuidar, eu necessito disso... depois a vida é quem dirá como será - sorri fraco - obrigada meu anjo da guarda, eu vou organizar tudo, não vou ocupar seu espaço por muito tempo - ri - eu vou cobrar quando voltar, pode ter certeza disso, irei ter a minha folga merecida.

Atílio: Respire Tory, tire o seu tempo... leve o tanto que necessitar - beijei seus cabelos - eu sempre estarei ao seu lado minha menina - acariciava ela com amor.

Ficamos ali aproveitando aquela bela manhã ensolarada. Almoçamos em um restaurante ali perto e seguimos nosso passeio. Já estava anoitecendo quando chegávamos em casa. Estacionei o carro, saí e lhe ajudei a sair. Naquele mesmo infante vi Heriberto chegar com a Mad.

Madeleine: Papai - corri gritando e abraçando as pernas dele.

Atílio: Branca de neve - sorri pegando ela no colo - que saudades meu amor, vamos brincar? O papai quer ser o príncipe agora.

Como sempre vi ela descer do carro e correr para os braços dele, lhe chamando de pai. Eu não culpo a minha menina, assim como não culpo ele. Atílio fez o que eu deveria ter feito.

Victoria: Oi meu amor - me aproximei beijando seu rosto - vai lá com o papai, a mamãe já vai.

Madeleine: Está bem mamãe, te esperamos... vamos logo papi - ri - xauzinho paizinho - mandei beijinhos para ele e saí com o papai Atílio.

Me aproximei de Heriberto após vê-los sair e peguei a bolsa da Mad.

Victoria: Obrigada...- lhe dei um meio sorriso - vai levá-la amanhã?

Heriberto: Sim! Quero aproveitar o tempo que posso ao lado da minha filha - suspirei lhe olhando - realmente acha justo ela chamar o seu marido de pai?

Victoria: Onde quer chegar com isso Heriberto? Atílio nunca tomou o seu lugar na vida da sua filha, ele sempre explicou tudo a ela e o faz sem que eu diga nada... você foi o responsável por tudo isso... o Atílio está com ela as 24 horas do dia, quando você só está nos finais de semana... ela é uma criança, que necessita de atenção, de suporte... de uma família... o que Atílio vem nos dando durante todos esses anos - respirei fundo.

Heriberto: Eu sei o que fiz Victoria e ninguém além de mim mesmo, sabe quanto eu me condeno por isso... eu não perdi apenas a mulher que amava, eu perdi a minha filha, a minha família e acredite, se eu pudesse voltar no tempo, faria sem titubear. Não é fácil ver a mulher que eu amo casada com outro, além de ver minha filha lhe chamar de pai... esse é o peso que eu carrego, não preciso da sua reprovação, muito menos dos seus julgamentos, faço isso sem ajuda... e como faço... são cinco anos assim e te juro que daria tudo para mudar isso - respirei fundo - venho a mesma hora pegar ela, até mais Victoria - sorri fraco e entrei no carro, saíndo dali.

Continua...