Capítulo 06

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Me chamo William Carpenter, para os mais íntimos, apenas Will. Tenho 20 anos de idade e moro em uma enorme casa, sozinho.
Desde pequeno sempre sonhei em ajudar às pessoas mais necessitadas, porém nunca tive condições.
Meu pai, que era para ser o meu herói, foi a primeira pessoa à me decepcionar. Assim quando soube que minha mãe estava grávida, ele à deixou sozinha friamente e nunca mais foi visto. Então, ela com todo amor de carinho do mundo, me criou, dando sempre o seu melhor para ser uma ótima mãe.
Mais todas às pessoas boas vão primeiro, e ela acabou me deixando sozinho aos 15 anos por culpa de uma grave doença que atingiu seus pulmões. Não foi nada fácil perder minha mãe ainda adolescente, mais eu teria que me virar, pois não tinha nenhum parente mais próximo para que pudesse contar.

Foi ai que começei a trabalhar todos os dias e conquistar minhas próprias coisas com meu suor do trabalho pesado que enfrentei. E graças à isso, hoje eu tenho uma enorme mansão, um carro e um emprego.
Mas ainda continuo sendo aquele garoto que sempre sonhou em ajudar às pessoas, e esse dia havia chegado.

Toda semana eu via Beth e outros moradores de rua. Levava comida, água, roupas e outras coisas que eles sempre me pediam. Conheci Beth quando ela era uma recente moradora de rua, e apartir daí nós começamos a conversar muito e acabamos virando amigos. Já tentei diversas vezes ajuda-lá a ter um abrigo, mais ela sempre nega. Diz que tem uma família para cuidar, acho que são os outros moradores de rua, pois todos à conhecem e sempre falam muito bem, à consideram como uma mãe, e para às crianças, uma avó.

À anos eu já estava arrumando um quarto para uma pessoa, desde que começei a conquistar minhas coisas. E finalmente esse dia chegou.
Eu estava passando pelas ruas de minha cidade e encontrei Beth sentada em um banco, arrumando alguns pedaços de panos. Então decidi parar e conversar sobre alguns assuntos, pois ela era uma mulher muito sábia. E depois de um tempo, vi que uma garota se aproximou dela, e parecia estar preocupada. Meus olhos não queriam olhar para outra direção à não ser aquela em que ela estava. Tinha cabelos dourados e longos, que estavam sujos e cheio de nós. Seus olhos eram azuis como o céu, e refletiam uma enorme tristeza. Seu rosto estava completamente cheiro de poeira, mais mesmo assim não deixava de ser lindo. Possuía uma pele rosada e sensível, assim como seus lábios carnudos e vermelhos feito sangue. Seus seios médios e cintura fina ficavam invisíveis ao usar uma velha camiseta com rasgos enormes, e seu shorts jeans que mais parecia um pano já gasto marcava seus quadris largos e suas coxas grossas. Ela era perfeitamente perfeita.

Começei a puxar assunto e logo em seguida fiz a minha proposta. No começo achava que não iria aceitar, mais Beth insistiu tanto que ela aceitou. Se chama Larissa Thompson, uma bela moça. Prometi que iria cuida-lá muito bem, e seris tratada feito uma rainha.

Já faz mais de uma hora que ela está em seu novo quarto, e eu estava começando à ficar preocupado. Mais quando escutei o rangido da porta se abrindo, senti um alívio enorme.

Usava uma blusa com alças finas em um número menor, o que fazia seus seios ficarem maiores e mais destacados. Seu shorts era acima de suas coxas e realçava seu corpo de uma maneira esplêndida. Seus cabelos estavam molhados e cheirosos, e seu rosto mais limpo do que nunca. Nem parecia a mesma moça que eu havia resgatado naquela tarde.

- Às roupas ficaram bem em você. - Falei, um pouco corado.

- Você achou? - Ela sorriu, sentando-se na mesa. - Eram de quem?

- De ninguém. Eu comprei tudo, estava guardando para alguém especial. - Sorri, fixando seu olhar, que agora estava mais alegre do que nunca.

- Eu estou vivendo um sonho! Nunca pensei que poderia estar em uma casa como essa. - Tomou uma taça com água.

O seu sorriso me trazia uma paz interior.

- Você ainda não me contou sua história. - Falei, tentando romper o silêncio.

- É muito longa, você não irá se interessar.

Arqueei uma de minhas sobrancelhas, ficando meio confuso. E depois de uma respiração funda, Larissa começou a contar sua história.
Fiquei uma hora e meia prestando atenção em cada detalhe de sua trajetória. Nunca tive interesse nesses tipos de assunto, mais com Larissa parecia ser diferente. Sua voz me atraía, e eu nunca cansava de escuta-lá.

- E foi assim. Agora estou aqui, morando em uma casa enorme com um rapaz que mal conheço. - Brincou.

- Não irei te fazer mal. Pode confiar em mim. - Sorri, com às mãos em meu rosto.

- Preciso saber se você é confiável, antes de confiar em você. - Fechou seu sorriso.

- Se não fosse, você não estaria aqui ao meu lado com várias taças e alimentos fartos ao seu redor. - Levantei-me e apanhei uma maçã.

- Tem razão, onde estão meus modos!

Ela se levantou da mesa, e só aí que eu me lembrei de seu pé machucado. Precisva dar um jeito de fazer com que aquelas feridas se fechassem.

- Está doendo? - Perguntei, bebendo um pouco de vinho.

- O que?

- O seu pé! Está doendo?

- Um pouco. Mais consigo aguentar. - Saiu arrastando-se pelos móveis.

- Venha até aqui, eu vou te ajudar. - Sentei-me no sofá e em seguida ela sentou-se ao meu lado. - Onde dói?

- Em todos os lugares. Eu não deveria ter andando por aquele sol escaldante. - Abaixou sua cabeça.

- Ei, você precisava procurar o que comer. Não foi culpa sua. - Levantei seu queixo com minhas mãos.

Em seguida, apanhei um kit de primeiros socorros que estava ao meu lado e levei seu delicado pé até minha coxa, fazendo com que eu tivesse uma visão melhor de seus machucados.

Passei um tipo de remédio e cobri com espadrapos e faixas. Ela parecia estar contente por minha ajuda.

- Obrigada por estar fazendo tudo isso por mim. - Deu um sorriso ainda com seus pés em minhas coxas.

- Não precisa agradecer. - Acariciei seu rosto liso.

Seus olhos brilharam.
Larissa era uma mulher perfeita, mais eu tinha certeza de que ela nunca se interessaria por um cara como eu.
Sou desastrado, impaciente, e tudo o que tem de pior nesse mundo. Enquanto ela é cautelosa, simpática, e tudo o que tem do bom e do melhor.
Tudo o que eu mais queria era que um dia, ela pudesse se apaixonar por mim.

Coração RestauradoOnde histórias criam vida. Descubra agora