Capítulo 13

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WILLIAM NA DELEGACIA

- Nos acionaram por conta de uma grave agressão que ocorreu naquela festa, certo? - Um polical me perguntou, enquanto eu estava sentado em uma cadeira à sua frente.

- Certo. - Falei, com a cabeça abaixada.

Fofoqueiros do caralho! Não acredito que chamaram à polícia para mim. A minha vontade era de bater em cada uma das pessoas que estavam naquela festa até achar quem me denunciou.

- Porque você fez isso? Viu a situação em que você deixou aquele homem? - Bateu na mesa fortemente. - Ele quebrou duas costelas e está com seu rosto cheio de hematomas!

Poxa, só duas costelas? Deveria ter batido nele mais ainda.

- Aposto que só te contaram a versão da história dele. - Falei, com a cabeça abaixada.

- E qual é a sua versão, William?

- Eu estava com uma garota naquela festa.

- Sim, todos nós sabemos que você estava com sua namorada. - Fui interrompido.

- Ela não é minha namo...- Me segurei para não gritar. - Deixa para lá. - Continuei. - Então, saí para pegar uma bebida, pois nós tinhamos dançado muito, e estavámos com sede. E quando cheguei, me deparei com Ryder puxando seu braço fortemente, enquanto ela dizia NÃO e tentava soltar-se.

Observei o policial ficar calado, prestando atenção no que eu estava dizendo.

- Se quiser, pode ter um interrogatório com Larissa, ou até mesmo conferir a mancha roxa em seu braço. Apenas fiz o que deveria ser feito. - Suspirei fundo.

- Ah William, o que nós fazemos com você? - Fez uma pergunta retórica e começou a pensar.

Enquanto faziam o interrogatório em plena 1:00 da madrugada, eu havia deixado Larissa na sala de espera. Deveria estar com muito sono, além do frio que fazia naquela noite. Ela não deveria estar aqui juntamente comigo por um estrago que eu cometi.

- Bom, você está liberado. - Falou, levantando-se da mesa. - Mais caso isso aconteça novamente, eu te juro que você irá ser preso sem dó e nem piedade. Entendeu? - Olhou em meus olhos.

- Entendi. - Confirmei.

- Agora saía!

Levantei-me da cadeira e girei a maçaneta da porta. Estava cheio de sono. Mais quando me deparei com várias pessoas me xingando ao lado de fora, a minha vontade era de espancar cada uma delas.

- O que você fez com o meu filho, seu monstro! - Dizia uma mulher que estava atrás de um outro policial.

- O seu filho é um pervertido! Tente investigá-lo, e não me julgar! - Gritei. - Velha maluca. - Sussurrei.

- Olha o respeito! - Falou o homem que estava me levando até à saída.

- Seu monstro! - Gritou outra mulher.

- Vão se fuder todas vocês! - Falei, já perdendo a paciência.

- É melhor você calar a porra da boca, ou quer que eu te leve novamente para o chefe? De lá já é direto para à cadeia. - Falou o policial novamente, soltando meu braço bruscamente.

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