Coração Restaurado

Capítulo 38

2 ANOS DEPOIS

- Eu estou tão nervosa! - Exclamei à David, que arrumava meu vestido.

- Vai dar tudo certo. - Levantou-se. - Lembre-se, mantenha sempre à calma para que tudo ocorra bem.

- Eu estou prestes à entrar na igreja para casarme, e você me diz para acalmar-me? - Revirei os olhos.

- Sei que é difícil, mais você precisa relaxar, Larissa.

- Tá ok! - Posicionei o buquê de flores em minhas mãos.

Respirei fundo, e foi aí que me dei conta de que estava prestes à entrar dentro daquela igreja para se juntar oficialmente ao homem de minha vida.
O meu coração batia fortemente, e meu corpo suava frio.

- E se eu não for uma boa esposa? - Fixei meus olhos aos de David. - E se ele quiser me deixar depois de alguns anos?

- Você é uma mulher incrível, e que sempre supera os seus objetivos. - Tirou uma folha que caiu em meu vestido. - William está lá dentro te esperando, e resolveu casar-se com você porque te ama de qualquer maneira, principalmente pelo seu jeito que à faz ser diferente de qualquer outra mulher. - Ajeitou sua gravata borboleta. - Agora vai lá e arrase, o seu noivo te espera princesa!

- Eu te amo! - O abraçei fortemente, fazendo com que lágrimas se juntassem em meu rosto.

- Não chore! - Olhou em meus olhos. - Sua maquiagem irá borrar!

Gargalhei, e respirei fundo novamente.

- Só não esqueça de nunca abaixar sua cabeça, pois se não sua coroa pode cair! - sorriu.

- Pode deixar! - Gargalhei novamente, posicionando-me na frente da igreja. - Mãe, se estiver me vendo agora, saiba que você estava certa sobre tudo o que dizia. - Olhei para os céus. - Quando o vejo, sinto minhas bochechas ficarem coradas, ao mesmo tempo que borboletas imaginárias começam à surgir em meu estômago! - Sorri sozinha. - E pai...fique ciente de que eu te perdoo por tudo o que fez comigo, e sou muito grata pela pessoa que por sua causa me tornei hoje.

- É uma boa pessoa, Larissa. - Senti às mãos de William passearem por meus ombros.

Repentinamente escutei à música matrimonial tocar por toda à igreja, e essa era minha hora. À partir de agora, William e eu nos tornariamos uma só carne.

Às portas abriram-se lentamente, e todos se levataram para me observar.
Os sorrisos contagiantes me faziam ter vontade de chorar.
O tapete vermelho em que os meus pés descalços passavam me traziam uma paz interior, e às flores em todos os bancos e ternos dos homens exalavam um aroma muito reconfortante.
À voz fina das pequenas e inocentes crianças dizendo que à noiva estava perfeita me deixavam muito feliz e realizada, assim como o olhar dos casais que já haviam passado por seu casamento e sabiam o orgulho e felicidade que transbordavam em meu peito.

E ao final do tapete extenso, lá estava ele, o homem que havia transfomado minha vida.
Não conseguia segurar o sorriso de orelha à orelha ao me ver vestida de noiva, e suas bochechas já estavam coradas, como os seus olhos repletos de lágrimas.

Usava um terno meio azulado, com uma gravata na mesma cor. Os seus sapatos pretos o faziam ficar irresistível, assim como os seus cabelos, barba e sobrancelhas bem aparados e desenhados perfeitamente.
O seu perfume exalava por todos os lados, além do seu nervosismo que estava sendo notado por todos.