Capítulo 27

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Entrei para dentro daquela casa velha e abandonada, e assim que subi às escadas que pareciam que iriam cair, começei à procurar Larissa por todos os cantos que pude mais uma vez.
Depois da experiência que tive, eu estava disposto à procurá-la todas às vezes que eu precisasse, e nunca desistir de nada.

Procurei em todos os quartos, mais não tive sucesso. Então o único cômodo que sobrou foi o banheiro, e lógicamente eu me dirigi até lá.

E lá estava ela, deitada sobre à banheira cheia de água com uma navalha afiada em uma de suas mãos.
Meu coração quebrou-se em pedacinhos ao ver que meu anjo da guarda estava prestes à tirar sua vida.

- Larissa! - Coloquei às mãos sobre à cabeça. - Te procurei por todos os lugares.

- Não encoste em mim! - Ela levantou-se da banheira.

Aquilo foi como um soco no estômago para mim. Mais sabia o que ela estava pensando, e entendi perfeitamente, mesmo sabendo que eu não tinha feito nada. Teria que explicar tudo à ela.

- O que você estava fazendo? - Aumentei o tom de voz.

- E te interessa? - Jogou à navalha no lixo.

- É claro que me interessa! - Apanhei seus braços, olhando em seus olhos, enquanto ela tentava desviar seu olhar. - Você estava prestes à tirar sua vida!

- Não faria falta para você. - Lágrimas caíram de seu rosto. - Tem várias mulheres ao seu lado.

- Por favor, você pode me escutar por pelo menos um minuto? - Soltei seus braços.

- Escutar o que, caralho?! - Gritou com todas às suas forças. - Já não basta ver aquela cena ridícula, e ainda preciso te escutar? Me poupe William!

Eu já estava ficando sem paciência. Mais tentei fazer o possível para conseguir explicar o que havia acontecido.

- Porque iria fazer aquilo? Não pensou em mim, como sempre né? - Cruzei meus braços. - O que aconteceria comigo se não tivesse você ao meu lado, em? - Aumentei o tom de voz novamente.

- Foda-se você! - Apontou o dedo para mim. - Não ligo para nada.

- Fala isso como se não me amasse! - Revirei os olhos. - Eu só quero o seu bem, e te ver nessa situação me incômoda de uma maneira que só eu sinto.

- Porque não vai dar atenção para aquelas duas mulheres que estava agarrado hoje mais cedo?

Eu já havia perdido à paciência. Então me aproximei de Larissa e segurei os seus braços novamente, fazendo com que ela me escutasse.

- Me solta, seu idiota! - Se debateu em meus braços.

- Dá pra você escutar caralho! - À imobilizei. - Eu não estava com mulher nenhuma!

- Então como explica aquilo?

- Eu havia tomado um litro de vodka, quando me senti tonto. Então sentei-me no sofá e acabei pegando no sono.

- Mentiroso. - Ela sussurou.

- Se você não me escutar, eu vou...

- Vai o que William? - Aumentou seu tom de voz. - Me bater?

Respirei fundo tentando controlar minhas emoções.

- Então. - Suspirei. - Acordei com aquelas duas mulheres agarradas em mim, além de Jonas gritando.
Elas haviam dito que me acharam bonito e começaram à ficar ao meu lado, sem minha permissão.

- Não acredito em você.

- Pergunte para Jonas então. - Arqueei uma de minhas sobrancelhas. - Ou até melhor, veja nas câmeras de segurança de sua casa. Ele até às expulsou da festa.

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