A Russa

Capítulo 3

Madu P.O.V

Madu: Eu te conheço de algum lugar! - apontei para Eduardo, e realmente, eu não sei de onde mais eu vi ele, minha intuição nunca me engana

Eduardo: No aniversário de 1 ano de vocês dois, sua mãe tava que nem louca na organização, ela deixou você com a babá enquanto pegava a sua mamadeira no quarto, quando ela voltou encontrou a Joana, na época a babá desmaiada, você tinha sido sequestrada, anos depois nos te encontramos mais estamos em guerra com a máfia espanhola.

Madu: O QUÊ? ALÉM DE TUDO VOCÊS SÃO MAFIOSOS? É brincadeira! - isso não pode tá acontecendo.

Eduardo: Me escuta! Achamos muito perigoso, te trazer de volta, eles poderiam usar você pra nos atingir assim como fizeram com o seu tio, mataram ele em um tiroteio, e sim nós já nós vimos, eu me aproximei da sua "mãe" - fez aspas com os dedos em mãe - quando você tinha 8 anos...

Giulia o interrompi

Giulia: Lembra da mulher que te ofereceu morango pela primeira vez e você disse " É azedo, doce, um monte de coisa, mais é bom!" E você ficou mais feliz ainda quando provou com chocolate e disse que era sua fruta preferida, fui eu - ela vem pra perto de mim e segura minhas mãos - lembra quando você perguntou como é gostar de alguém, perguntou o que é o amor, como era tá apaixonada, e você só tinha 8 anos - essa altura ela já estava desabando em lágrimas, os meus olhos estavam cheios também, mais eu me segurei pra não derramar, não gosto de chorar na frente das pessoas. - Esse foi o dia mais feliz da minha vida porque, eu percebi que minha princesinha estava crescendo, você me deu um abraço e eu nunca esqueci aquele momento, você é minha filha, eu sei disso.

Minha cabeça estava a mil, eu não sabia mas o que pensar, eu estava desnorteada, aquela era minha família biológica, eu tinha irmãos, um pai, meu Deus!

Lorenzo: Ninguém sabe o porquê que eles sequestraram apenas você e não você e o Andrei

Madu: Então vocês me abandonaram, pra me proteger? Eu fui sequestrada, vocês me encontraram, e ao invés de ficar comigo, de me dá a oportunidade de crescer com a figura paterna, materna, não... Meu Deus é muita coisa, eu tô com dor de cabeça - coloquei meu dedos entre os meus cabelos que já tinham se soltado do coque que eu havia feito, sentei no sofá e abaixei a cabeça - vocês tem noção do estrago que fizeram em mim, FORAM 20ANOS! Eu morei em um orfanato até os meus 5 anos, depois kira me adotou, e quando eu tinha 8 anos vocês aparecem e depois somem e agora aparecem como se nada tivesse acontecido!

Giulia: Nós erramos, e sabemos disso, mais eu quero minha filha de volta.

Madu: Vocês não estão achando que vai ser fácil assim né, aparecer e agir como se fossemos velhos amigos. Eu quero um exame de DNA.

Eduardo: Tudo bem, agente faz o exame.

Madu: Eu vou alugar uma casa, e ficar lá, depois do resultado eu volto pra Chicago, eu não posso mais ficar aqui, eu não sei quem são vocês. - me levanto do sofá - Na verdade eu nem sei mais que eu sou.

Giulia: Não! De jeito nenhum.

Madu: Você não tá querendo que eu fique numa casa cheia de mafiosos né?!

Lorenzo: Fica aqui, por favor, vai ser ótimo pra você se adaptar e nos conhecer melhor.

Andrei: E eu quero conhecer minha irmã gêmea.

Pensei um pouco.

Madu: Ok! Eu fico, mas eu não vou morar aqui! Isso vai ser um curto período.

Lorenzo: Vamos vê marrenta.

Madu: Para de me chamar de marrenta. - falei seria

Lorenzo: Não.

Madu: É melhor eu descansar.

Lorenzo: Eu te levo até o seu quarto.

Cheguei no quarto, ele era muito diferente do outro, era decorado do jeitinho que eu gosto, como eles sabiam o meu gosto pra decoração? Bom isso não vem ao caso, Lorenzo me avisou que tinha tudo que eu precisava, inclusive as roupas no closet, que bom, tava precisando trocar de roupa mesmo. Já estava quase na hora do almoço más eu estava com sono ao invés de tá com fome. Fui em direção á uma porta que eu suponho ser o banheiro e abro, era lindo aquele banheiro, tinha o box e a banheira, a pia, algumas toalhas, ele era bem grande, tomei banho e depois saí, coloquei apenas uma langerie na cor vinho e me deitei sobre os lençóis brancos macios e coloquei minha cabeça sobre o travesseiro com pena de bebê de ganso, aí Deus multiplica esses gansos.

[...]

Eu estava no hospital junto com o senhor Eduardo, nós viemos fazer o exame de sangue e agora estamos aguardando o resultado.

Madu: Se for verdade mesmo, eu vou morar onde? Em Chicago ou aqui?

Eduardo: Você quer continuar vivendo com Kira?

Madu: Não, mas vocês são mafiosos né - falei a última parte sussurrando

Eduardo: E você nunca gostou de livros mafiosos né - respondeu no mesmo tom de voz que eu

Madu: Aquilo é ficção, isso aqui é realidade.

Eduardo: Eu tenho uma ideia, você fica quanto tempo quiser, se você se sentir confortável na nossa casa você pode morar com agente, se não você pode ir e voltar pra Chicago ou não você decide.

Madu: 3 meses!

Eduardo: 3 meses.

Nessa hora o médico chega entrega o envelope e logo vai embora, saímos do hospital e fomos em direção ao carro, entramos e eu fico encarando o envelope grande, branco mas minhas mãos até que decido abrir, leio tudo até achar o resultado

Madu: Positivo! Você é meu pai. - olhei pra ele sem acreditar, minha vida toda foi uma mentira, minha mãe não é minha mãe, meu pai não é meu pai, minha vida tá de ponta cabeça, e eu tenho uma família mafiosa.

Eduardo: Eu disse!

Será que eu vou ter que passar pela famosa iniciação?

Meu Deus!

E eu achando que vinha de uma família normal.