Em um império muito arcaico pessoas nascem, vivem e crescem para servir o imperador e seus caprichos. Toda a civilização é criada em meio a pobreza e muita violência, envolta em medo do tirano que lhes governa. O cruel governante possui três filhos, sendo o do meio o mais diferente que, indignado com a forma como o pai lidera, se afasta das atrocidades e acabou sendo isolado pelo Imperador. A arte se tornou o pilar deste príncipe desgarrado de sua família, se isolando em uma das saletas do castelo, onde pode expressar com tintas e telas, sua visão de como seria um mundo ideal, ou ao menos como ele imagina que seja ao longe do castelo. Certa noite, o príncipe resolve percorrer os castelos sem fundamento, apenas por um tédio momentâneo que se instaurou. Escuta uma melodia linda vinda do cômodo onde seu pai está sentado no sofá. Um jovem vestindo trajes femininos, branco para contrastar com tamanha pureza, olhos escuros e uma constelação no rosto, parecendo estrelas. O menino das estrelas toca um instrumento lindo com som estridente. Aos seus olhos se encontrarem, um fascínio mutuo lhes percorre, fazendo-os esquecer que não estavam sozinhos. O imperador, percebendo que seu filho se fascinaria com o jovem, resolve prende-lo como um castigo por seu encanto. Porém, nem a mais profunda das masmorras irá impedir que o jovem destemido, seu filho, busque pelo menino das estrelas.