Mintaka

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Rígel só parou de bater em sua filha quando ela desmaiou ao ponto de quase morrer, ela acorda no hospital, o mesmo que antes acordou quando caiu da atmosfera. Estava a noite, não conseguia se mexer, os ossos de suas pernas estavam fragmentados e seu corpo estava sentindo fraqueza, sua regeneração não estava dando conta de tantos danos internos. Saiph está em uma câmara térmica fechada, utilizando o calor para fornecer energia em suas células com roupas de frio e cobertores para que o calor não escape de seu corpo.

-O que está acontecendo? - Pergunta ela, porém não há ninguém por perto para lhe responder.

Saiph começa a se contorcer, entrar em pânico e não consegue fazer nada, seus músculos estão dormentes e fracos, não possui força para nada no momento. Ela começa a ouvir passos.

-Socorro! Me tirem daqui! Eu imploro!

Os passos param, em seguida começam a ficar mais distantes.

-Por favor, não me deixem sozinha!

Ela começa a lacrimejar, e ninguém irá ver suas lágrimas derramando... Como sempre...

-Eu não quero ficar sozinha aqui, alguém me ajuda!

Suas lágrimas são derramadas em vão e vaporizadas, gotas e gotas vão caindo... Ela adormece ao perceber que ninguém vai te ajudar... Com esperança de que quando acordar esteja capaz de se movimentar. Ao acordar, a Rainha Meyssa está com ela nos braços.

-Mãe...
-Durma, filha... Descanse.

Um homem com os cabelos loiros tão compridos que chegam ao chão a pega... Ela não vê nada além de uma sombra. Ao amanhecer, ela acorda com várias faixas por todo o corpo. Estava dormindo no chão ao lado de uma fogueira, só consegue levantar o pescoço. O homem veste roupas parecidas com a do Vitas em Sétimo Elemento com a coloração rosa.

-Olá, até que enfim você acordou. A comida já está sendo feita.
-Quem é você e o que fez com minha mãe?
-Eu não fiz nada... Você se lembra de mim? Estive no hospital quando sua mãe estava passando mal.
-Não, eu não lembro.
-Eu te carreguei no colo quando era bebê.
-E justamente por ser bebê eu não me lembro, inteligente.
-Ui, menina grossa. Respeita seu tio.
-Então você é meu tio? Por parte de mãe ou de pai?
-Parte de mãe, meu nome é Mintaka.
-Não... Eu realmente não lembro.
-Não julgo, eu quase nunca te vejo.
-Que lugar é esse?
-Floresta Kore. É aqui onde eu vivo.
-No meio do mato? - Disse ela analisando o local.
-Melhor do que pagar imposto na cidade.

Ela observa o lugar, há uma casa na árvore e tudo ali é feito com madeira e amarrado.

-Você mora aqui desde quando?
-Desde que comecei a fugir da sua mãe.
-Ah... Você é o cara que trocou ela por cerveja?
-Foi esse o motivo que ela te disse?
-Que outro motivo seria?
-Nada, deixa pra lá e me deixe beber em paz.

Ele estava sendo evasivo, mas deu uma resposta convincente. Parece que todo mundo nesse planeta gosta de ficar embriagado.

-Parece que já estou melhorando.
-Coloquei folhas nas suas bandagens.
-Que tipo de folhas?
-Das que vem em árvores, ué.
-Não me diga, achei que folhas viam do céu. Seu burro.
-Burra é você por achar que elas vem do céu. - Disse ele sem entender o sarcasmo.
-Ué.
-Ué.
-Agora é sério, de que tipo de árvore isso vem?
-São de Santa-Louca, essas arvores armazenam boa quantidade de energia solar.
-Falando em energia solar, pode me deixar em outro lugar? Eu vou ficar cega olhando pra essa estrela se isso continuar.
-Não, você precisa se regenerar.
-Mas eu vou ficar cega.
-Depois.
-Mas eu-
-Depois.
-Mas.
-Depois. O rango está pronto.
-Você fala engraçado.
-Eu cresci na roça.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora