A Odisseia Cósmica

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A Princesa acomodou-se ao lugar, enquanto Denebola estava na luta fazendo sua triunfante batalha! A nova general espartana reuniu Kraz de Corvo, um dos seus antigos amigos e seu corvo de três patas chamado Yatagarasu. A ave voava por cima das montanhas entre as trincheiras que foram criadas e registrava a posição de cada um com uma câmera, as armaduras tecnológicas elementianas tinham a vantagem, e também, no ataque bélico.
Estas armaduras tinham esqueletos mecânicos que lhes proporcionava força, agilidade, resistência e durabilidade maiores. Estes trajes inteligentes são movidos à eletricidade sem fio, ao serem danificadas ao ponto de desligar, esta energia transita até o mais próximo. Para o azar dos espartanos, isto não é uma guerra apenas bélica, mas química e biológica, os elements trouxeram consigo doenças respiratórias que estão adoecendo o gado, enquanto os espartanos revidaram com ratos... Nessa guerra de trincheira, não está tendo um vencedor, estão todos morrendo seja por fome, doença, fraqueza ou os danos de combate.
Denebola lidera o ataque.

-Kraz, mostre os registros de Yatagarasu.
-Eles estão chegando cada vez mais perto, estamos perdendo território. Alguma ideia do que fazer general?
-Eu suponho que a melhor escolha é atacar com pulso eletromagnético, isso irá desligar as armaduras.
-Mas onde vamos arrumar tanta energia e equipamento pra isso?
-Podemos chegar perto de gerar isso através de explosão solar. Mas é arriscado, isso pode fazer as cidades perderem energia, há feridos morrendo nos hospitais dependendo de máquinas... Não vamos sacrificar vidas.
-E tem alguma ideia do que fazer?
-Estes invasores respiram hidrogênio, mesmo se conseguirmos causar poluição com as cinzas, eles logo iriam se recuperar... Porcaria, tinha que ser logo o elemento mais abundante? - Uma rajada de tiros acerta parte do esquadrão.
-Droga.
-Onde estão os componentes que eu pedi?
-Eles explodiram no meio do carregamento. Estamos sem chama eterna. - Seria equivalente ao Fogo Grego, que era muito difícil de ser apagado, mesmo jogando água.
-Droga... Droga, droga, droga! - Disse ela esmurrando a parede de terra.
-Senhorita...
-Diga, Kraz.
-Eu gostaria que você fale de mim sobre o que vou fazer. Vou fazer a nave mãe ter um parto forçado.
-O que pretende fazer?
-História... Vou entrar naquela nave. - Disse ele apontando para uma figura flutuante semelhante à um cilindro de motor com pistões.
-Você não vai conseguir, estamos sofrendo com esta trincheira, vai acabar morrendo.
-Acho que você nunca ouviu falar de mim. - Disse ele sorrindo. -Eu não nasci para ser figurante.

Ele entrega o rádio para Denebola.

-Pulso eletromagnético? Pra ser sincero, não faço a menor ideia de como fazer isso. Me dê cobertura. - O jovem de cabelos raspados segura em sua lança.
-Não use armas de fogo, Risen está controlando as armas, se tentar pegar alguma ela irá falhar.
-Entendido!
-Espera, você quer mesmo fazer isso? Não vou te impedir, mortes acontecem... Mas isso é suicídio.
-Não se preocupe, moça...
-Soldados! Acompanhem Kraz de Corvo, ele precisa de cobertura!

O corvino sai das trincheiras junto de seu grupo correndo. Eles avançam como uma muralha de escudos caindo um por um, mas os espartanos não conhecem medo ou dor, Kraz veste a luva de um soldado element e um de seus soldados caiu ao seu lado, ele pega o escudo e segue em frente.
O jovem bloqueia com seu escudo um dos disparos, mas este pegou na ponta do escudo e sendo assim redirecionado para seu ombro direito. Denebola foi logo em seguida para o campo jogando bombas caseiras nas trincheiras inimigas, isso distrai eles com a fumaça temporariamente, o suficiente para Kraz continuar a correr e se esconder nas trincheiras. A batalha é frenética, agora estão aos poucos entrando no ápice. O corvino é detectado por dois elements, o primeiro atirou e o garoto devolveu ricocheteando no segundo, fazendo-o ter uma abertura de centésimos de segundos para jogar sua lança e matando o element.
Ele logo subiu a trincheira novamente e viu seus companheiros sendo mortos como animais para o abate. A cena é terrível, ele sente o estômago se revirar, mas seu treinamento espartano lhe ensinou a nunca demonstrar dor... Ele apenas vira o rosto e segue em frente. Mesmo correndo o máximo que conseguia, não era capaz de quebrar nem a barreira do som, as trincheiras, a distâncias, a falta de calor, as rajadas de tiro, tudo está contra ele... Mas ele tem um sonho. O rádio é ligado.

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