Entrando na Guerra Intergalática

24 15 0
                                    


Mintaka chamou Saiph para uma sala escura, era uma área de treino fechada com tochas ao redor, não havia outra abertura além daquela porta, o chão é cheio de fuligem, as paredes chamuscadas.

-Faça o que aprendeu.
-Certo.

A garota criou as chamas em sua mão esquerda e utilizou a arte do vento solar para manifestar pelo local como uma raposa saltando de tocha em tocha.

-Bom.
-Por que estamos aqui?
-Porque você ainda é muito fraca. Não conseguiu cumprir a promessa com sua irmã, isso ainda está na sua cabeça, não é?

Ele abaixou sua autoestima, ela tenta não olhar em seus olhos e rapidamente é pega de surpresa por um punho de vento, que fechou a porta atrás dela.

-Se deixar esse trauma te perseguir por toda sua vida, como planeja viver?

Nada respondeu. Mintaka começou a avançar, a garota só se defendia, não tinha vontade nem para atacar.

-É assim que vai proteger a sua outra irmã!?

Ele compreende que pegou pesado quando o olhar de Saiph mudou. Assim, ela começa a agir e bota fogo no local, aos poucos se espalhando.

-Você realmente vai querer combater fogo com fogo? Não lembra do que te ensinei? Foi assim que queria proteger a sua falecida irmã?
-Eu não tinha treinado o suficiente!

Mintaka a pegou pela perna e a jogou para o outro lado da arena.

-Treinamento não é nada sem dedicação! Dom não é nada sem esforço!
-O assassino da minha irmã era mais forte e habilidoso do que eu.
-Força não é nada! A vontade é TUDO! A vontade de agir.

Ele pegou um facão e andou em direção a sua sobrinha.

-Até quando você vai colocar desculpas para não agir!?

Ele ataca, Saiph esquiva rolando.

-E como eu vou saber o momento de agir!?
-É quando se tem paz de espírito! É quando você deve, pode e quer fazer. Você deveria ter mais fé em si mesma.

A garota se esconde, só era possível ver alguns vultos.

-Tem que ter fé em tudo aquilo que for fazer, mas nem sempre poderá depender da fé... A fé é facilmente destruída quando você desiste. Você não pode ter fé que passará em algum teste... Tem que passar por esforço e dedicação própria.

A espartana novamente iluminou o local com as tochas, deixando sua posição exposta, aos poucos produzindo mais chamas no local.

-E lembre-se disto... Humildade acima de tudo.

Ele joga o facão até a garota, que tenta desviar e acaba com a roupa de seu ombro sendo acertada, ficando presa na parede.

-E agora, está encurralada. - Aos poucos se aproxima. -Mas lembre-se, que, sempre tem mais de uma fórmula para responder a mesma questão. Pense bem no próximo ato.

Mintaka começou a tossir, mas ignorou.

-Eu sei bem o que vou fazer.

Ela arrancou o pedaço da roupa que ficou presa para cobrir seu rosto como máscara de pano, enquanto o incêndio começa a deixar seu tio sem ar. O cabeludo não tem outra opção além de sair da arena para pegar ar.

-Acho que isso conta como rendição.
-Eu não me rendi ainda! - O loiro platinado pegou o próprio chinelo e jogou no rosto da menina, que depois disso ficou na maior raiva.
-É assim mesmo!?

A garota devolveu ainda pior, deu um chute no saco. Perdendo o combate por jogo sujo, enquanto Mintaka começou a chorar no chão... Seja uma raça alienígena, seja uma raça super avançada... O ponto fraco do macho da espécie sempre será o mesmo.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora