Jornada pelo Zodíaco

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Os soldados, após semanas são finalmente soltos, grandes espaçonaves espartanas e zumbis vem do infinito cosmo levá-los de volta para suas casas, entretanto, Kaizer Velic, Ligno e Magno ficam. Essa ação desperta a curiosidade de Denebola, que está no comando, cruzando o deserto durante o anoitecer.

-Saiph... Você acha que eles vão fazer o quê nesse mundo?
-Sinceramente, não sei. Os Kaizers são muito misteriosos.
-Principalmente o samurai, parece que ele te conhece.
-Não acho a voz dele familiar. - A loira fica pensativa, não consegue imaginar quem são. -Só sei que o Kaizer Nesc eu não conheço.
-Ele e o resto todo. Dizem muitas coisas sobre eles, que vendem planetas.
-Rumores que estão envolvidos com pirataria espacial.

A leonina envolve sua companheira nos braços de forma delicada. A garota menor olha em seu olho esquerdo e para o tapa-olho do outro lado, demonstram preocupação.

-E se eles fizerem algo de errado? - Indagou Denebola. -E se isso afetar o tratado de paz?
-Temos de confiar neles, mas... Tenho minhas suspeitas. Devemos consultar o Infinito.

Ambas as garotas olham para as estrelas, analisam o brilho delas e interpretam os sinais.

-Denebola, você é melhor nisso do que eu, o que as estrelas estão dizendo? Eu só entendi "irmãos", "pai", "filho", "criança" e "velho". 
-Elas me disseram isso também, aparentemente, os Kaizers tem problemas de família. Isso não ajuda a entender quem eles são. - A garota de cabelos curtos tenta novamente. -Elas disseram "uma criança no corpo de um velho", "ele é seu pai" e "irmãos". Elas não falam quem são estes irmãos.
-Você não percebeu? Denebola... O seu pai, ele está sumido, não está?
-Não, não... - A leonina entrou em negação, saiu do abraço e começou a surtar. -O Velic!? Meu pai!? Se isso for verdade, se for isso mesmo... Eu juro que vou matar ele!
-Calma Denebola, calma!
-Como vou me acalmar, Saiph!? O vagabundo nunca se importou comigo! Me largou no meu nascimento, nem deve saber que minha mãe morreu! Eu vou matar aquele desgraçado se for verdade! - O ódio tomou conta de suas emoções, ela começa a chorar.
-Eu... Raramente te vejo chorando, amor. Você nunca tentou usar a leitura das estrelas pra achar seu pai?
-Não, porque não me importo com ele! E ele nunca se importou comigo! Eu queria que ele estivesse morto! Morto! Eu vivo muito bem sem ele, sem Esparta e...
-E sem mim? - A garota loira desviou o olhar, não estava confortável com o tom e as palavras de sua parceira. -Eu ainda preciso ficar em Esparta para tirar o título de Princesa... Vivermos juntas, longe desse caos.
-Sem você não, você é o meu ar, meu oxigênio, meu gás metano. - Abaixou o tom, ficando sem jeito.

Denebola, invulnerável e feroz como o lendário Leão de Nemeia, seu corpo indestrutível resistia a qualquer ataque, mas é derrotado ao ser enforcado pelo famoso Hércules... O Leão de Nemeia nasceu no Tártaro, o lugar mais sombrio do Submundo, tal como ela nasceu na sarjeta, durante uma guerra, sobrevivendo à expurgos, ela não teve escolhas, teve de blindar sua mente e seus sentimentos.

-Se acalme, por favor... Vamos acompanhar o ritmo. - A loira comenta, se aproximando de sua companheira.
-Certo... Vamos voltar para Esparta, depois disso, vamos começar uma nova vida. Juntas.
-Sim, juntas. - A garota de cabelos curtos toca na mão de Saiph e a leva para perto do rosto. -Eu não trocaria o seu carinho por nada nesse Cosmo. Elas sorriem por um instante, até olhar novamente para a destruição que permanece na cidade.
-Talvez não seja o melhor momento para romance.
-Devemos ter esperança, vamos voltar aqui depois, viajar, explorar planetas por aí, que tal?
-É a primeira vez que saí de Esparta... Essa fera aqui não vai voltar pra jaula tão cedo.
-Fique no castelo por enquanto, aquele miserável ainda está por aí no espaço.
-É... Acho que é um lugar digno.

Elas entram na espaçonave que dá partida, a Princesa está sentada em sua cama, Denebola está descansando confortavelmente deitada em suas coxas. O quarto é de cor vermelha, está frio, as luzes estão perto do mínimo, as peças de armaduras estão no chão. A loira está pensativa sobre os elements.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora