Tratado

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Denebola acorda, percebe que estranhamente Saiph dá risadas enquanto está dormindo, a coitada é tão traumatizada ao ponto de apenas estar feliz nos sonhos.

-Com o que será que ela está sonhando? - Disse uma voz escondida, logo revelada ser de Kaizer Velic.
-Você espiona a gente dormindo? Vai procurar o que fazer!
-Então, tenho boas notícias, Kaizer Nesc informou que Betelgeuse, o Monarca Vermelho está a caminho. Ele vai demorar semanas para chegar aqui, já que... Infelizmente ele não tem como ir mais rápido por causa da relatividade geral, mesmo com uma nave que usa dobra espacial.
-Por que ele se incomodou logo agora?
-Pelo que sabemos, a Rainha Meyssa deu uma oferta planetária para ele. Ele não tem a fama de...
-Monarca da Guerra. - Apareceu Kaizer Maqui, a elfa com orelhas de coelho. -Eu sei muito bem disso. Ele destruiu meu povo.
-Meus pêsames, senhora. Como isso aconteceu?
-Ele é uma figura ambígua, ele para guerras em troca de território interestelar, assim mais pessoas estarão sob proteção dele... Ele destrói exércitos inteiros sozinho, povos como o meu ficarão do lado oposto contra um planeta que começou a guerra. De um lado, ele é visto como um herói, um guerreiro capaz de evitar muitas mortes com seu poder e vencer guerras impossíveis para proteger um povo, mas do outro lado, pessoas como eu veem ele como um monstro, um genocida que mata por política.
-Que eu me lembre, - Saiph acordou no meio da conversa. -ele sempre quis acabar com as guerras.
-E foi assim que ele conseguiu... Aniquilando quem tinha o azar de ir contra ele. Esse é o jeito dele. Vocês verão que a história é contada pelo vencedor, depois que ele vier aqui para garantir o tratado de paz com o povo, não com os políticos... Pessoas do nosso lado irão tratar esse momento como benevolência, um ato de heroísmo. Enquanto o resto, morre.

A elfa fica de mãos dadas com Velic, que abraça ela para reconfortá-la.

-Eu sei o quanto você sofreu, Maqui... Você vai ter em breve o seu recomeço, se você não aguentar e seu mundo cair, eu serei seu Atlas. - A elfa o abraçou mais forte ainda, estralando os ossos dele.

Repentinamente aparece Kaizer Nesc.

-Vocês aí, parem de namoro. Eu esperava mais profissionalismo de vocês. Enquanto vocês, menininhas, vocês são jovens demais pra estarem juntas. Os pais de vocês sabem que namoram?
-Eu não tenho pais. - Respondeu a leonina.
-Minha mãe em breve vai saber e não quero contar isso para o "Coisa Feia".
-Coisa Feia?
-É assim que ela chama o Rígel.
-Hm... Essa é das minhas. Enfim, General Denebola, o que os sinais das estrelas te dizem?
-No momento que o Monarca chegar, o senado deles vai se reunir na câmara no centro da cidade, ao lado do maior prédio só que de vidro, nós temos que acionar a explosão quando eu der o sinal. Antes disso, não vão estar todos os políticos importantes.

E graças a liderança da leonina, eles passaram meses e meses fazendo os inimigos de gato e rato. Quem na vida conseguiria fazer isso? Talvez apenas alguém em específico. Mesmo no território inimigo, tendo de passar por dificuldades e fazer o impossível, Denebola se mostrou a maior general da história graças à seus feitos, um pequeno grupo contra milhões e mesmo assim conseguem sair sem muitas perdas, já que os zumbis ajudam uns aos outros podendo facilmente lutar sem alguns membros enquanto os outros lutam à distância. Os zumbis jogam seus membros inutilizados em rios, isso contaminou fortemente as populações que necessitam daquela água, causando necrose naqueles que ingerem.

Depois de tudo isso, Saiph com seus cabelos esverdeados de péssimo cuidado durante a guerra avista algo cair em Terra. Finalmente ele havia chegado. Falta pouco para a batalha contra os elements acabar. O Destruidor do Cosmo entra na tenda em busca de seus líderes.

-Kaizer Nesc. - Disse aquele conhecido como Rei Besouro Vermelho. -Diga a minha pessoa qual é o vosso plano.
-O plano é meu. - Comentou Denebola.
-Quem é vossa pessoa?
-Sou Denebola, sou general por aqui.
-Com tão pouca idade, surpreenderia a minha pessoa drasticamente falando, cujo título não deveria ser apropriado para alguém que poderia muito bem ser comparada a uma criança.
-Me escuta, cabeça de vela... Kaizer Nesc irá abrir o domo de energia, você irá explodir a capital enquanto nós deixamos o exército focado aqui.
-Minha pessoa é capaz de derrotar tal exército.
-Sabemos disso, mas eles são escravos, podemos libertar eles! Então não os mate. Enquanto isso, eu irei me infiltrar pelos esgotos com um esquadrão e destruir as torres, sem liderança e defesa, eles estarão confusos do que fazer.
-É então que eu entro. - Disse Saiph.
-Onde está vossa vestimenta protetora cujo nome foi adaptado para "armadura", ó, Vossa Alteza?
-Não estou aqui para guerrear, estou para pedir um tratado de paz entre Esparta e o Império Errante no lugar de minha mãe e meu povo. Eles irão aceitar.
-Como tens tanta certeza desta fala?
-Senhores criam guerras, pessoas prejudicadas não.
-Hm... Mas caso vossa maneira de agir não for sucedida, minha pessoa irá exterminar os exércitos. Compreende o risco de suas ações?
-Queria não entender... Queria que fosse tudo mais fácil... Vamos. Temos que começar.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora