NEO-Esparta

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Saiph está sem chão,a promessa não foi cumprida... Sua irmã está falecida,nem sequer os pais sabem como lidar com as situação... Assim ela é levada para a terceira parte do teste. Deve sobreviver em um planeta-anão apelidado de NEO-Esparta,este planeta possui predadores vorazes,o terceiro e o quarto teste estão ligado,ela deverá sobreviver e construir sua própria nave para voltar o mais rápido. Ao pousar,ela sai da nave que se autodestrói. 
O planeta-anão é gélido,há gás metano que dificultará até mesmo a respiração desses seres de grande resistência,porém Saiph ao contrário dos outros participantes,não sente nenhum efeito. Orbita uma estrela vermelha,o calor gerado por sua estrela não é o suficiente para que os participantes se fortifiquem tanto como em Esparta,assim a temperatura do lugar cai drasticamente por todos estarem congelando o ar. Rapidamente Saiph ascende uma fogueira,suas chamas são quentes o suficiente para derreter o carboneto de tungstênio de sua espada,tal como o escudo. Regulus olhou de longe tudo aquilo,esperando que ela dar outra brecha.
Como conhecimento é poder,Saiph começa a correr. Seus pulmões estão ficando abafados,o coração está batendo rapidamente,o calor assume todo o corpo... Ela corre com o impacto de uma locomotiva de carga,seu corpo novamente começa à queimar,o vento em sua face começa a parecer uma parede. Ela é derrotada pela parede de ar e cai no chão. Regulus curioso alcança a garota e pergunta:

-Oi,você estava correndo rápido e do nada caiu,está tudo bem?
-Eu não caí,eu estava fazendo minha corrida matinal e vi que o chão estava tão triste e solitário que pensei e utilizei o artifício nomeado de gravidade para ir de encontro com ele de forma rápida e eficaz,ele parecia tão solitário que resolvi dar um abraço nele.
-Sério?
-Claro que não,idiota. Você deixou aquele brutamontes se salvar quando eu tinha ele nas minhas mãos.
-Sério? E a Hatysa,onde ela está?
-...

Saiph não respondeu.

-Tenho outras coisas à fazer.
-Como?
-Correr.

Ela novamente inicia sua corrida,caindo novamente.

-Por que está correndo? Você está legal?
-Machuquei o cotovelo... Não há muito calor nesse lugar,então eu vou criar a minha própria.
-Como?
-Nós armazenamos a energia térmica... Quanto mais rápida a velocidade da partícula,maior o calor e vice-versa... Eu vou virar uma bateria infinita de energia térmica se meus cálculos estiverem certos... 
-Isso é incrível! Quer que eu te dê um impulso ou algo assim?
-Não. O problema é outro.
-Ah sim... Não que eu seja burro e matei aulas,mas... Qual é o problema?
-É a parede de ar... Quanto mais rápida eu for,mais difícil fica vencer essa barreira.
-Então é só correr devagar!
-Para de ser burro,seu imbecil! A sua lógica é impecável. 
-Fala como se soubesse tudo.
-Sei mais que você.
-Prove!
-Quem foi o primeiro Monarca?
-Ahn...

Ele ficou bastante tempo pensando.

-O Rígel?
-Foi Arcturus... O meu avô,seu burro.
-Eu não sou burro.
-Certo,vou corrigir para redução progressiva das capacidades cognitivas.
-Eu gostei... Pelo menos parece algo inteligente.
-Hunf... Coitado. Agora,vou tentar de novo.

Dessa vez ela queima intensamente suas chamas desde o início de sua corrida e cai novamente perto de uma lâmina afiada.

-Saiph,você está bem?
-Não,Regulus... Eu planejava me matar nessa espada de platina,mas pelo visto calculei errado.
-Nossa que deselegante. Por qual motivo não está conseguindo?
-Geralmente,nós somos adaptados para superar a barreira do som e assim a parede de ar,tal como superamos a pressão do ar que nos esmagaria... O problema é chegar na velocidade do som,deixar o ritmo constante ou superior... Preciso de mais calor. Regulus,me ajude!
-Sai fora,eu não vou dividir minha chama com você.
-Se me deixar mais rápida,eu vou conseguir terminar de montar a nave facilmente enquanto esses mongoloides nem começaram.
-Hm... E o que eu ganho com isso?
-Eu te levo junto na nave.
-Hm... Aceito.
-Agora me ajude à levantar.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora