Reunião

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Dentro da espaçonave, elas começam a explorar.

-Aqui tem hotel-capsula, tem televisão, cama, colchão, nós estamos no paraíso das máquinas! - Disse Denebola.
-É um bom lugar para ler livros. - Disse Saiph se jogando numa das camas. -É macia e não se mexe muito. Ativa o comando de voz.
-Como faço isso? Como você sabe que tem?
-Isso veio diretamente do Reino Dourado, Risen é inteligente demais para não colocar preços absurdos sem grandes luxos. Tenta achar algum lugar.
-Com licença, senhoritas.

As garotas gritaram de susto, Risen apareceu muito repentinamente.

-Como você entrou aqui!? - Perguntou Saiph.
-Teleporte, obviamente. Vocês estão roubando tecnologia fabricada em meus domínios, invés de prendê-las, obedecerei as leis de Esparta, somente quem é pego roubando irá responder por crimes, mas possui leis de acordo com os produtos de meu Reino. Irei levar este caso especialmente até a Monarca Meyssa.
-Ih, Saiph, sujou!

-Não há motivos para pânico. As leis deste planeta funcionam para incentivar a sobrevivência e gerar adaptações genéticas no meio de dificuldades.
-Ou para matar pobres, como minha mãe.
-De fato, o Monarca Rígel criou essas leis para que classes de baixa hierarquia, sociais e raciais, fossem exterminada sem que houvesse responsabilidade pelo genocídio destes. Sendo este o motivo de ter um momento em que todas as leis fossem anuladas.
-Vai nos prender? - Perguntou Saiph.
-Se estivessem em meus domínios, sim. O máximo que posso fazer é executar o protocolo de multa, do qual, sua mãe, sua única responsável terá de pagar. Vou fiscalizar a espaçonave até que a compra legal seja efetuada.
-Espera, você é mesmo o Monarca Dourado, certo? - Perguntou Denebola. -Olha, eu assinei todos os papéis e a empresa me permitiu voar com a espaçonave.
-Regulus, seu irmão, assinou documentos que pertencem à mim. De certa forma, vocês conseguiram a espaçonave de forma legalizada, mas o vendedor, ao ter dado isto de graça, está jogando fora todo o esforço que a classe trabalhadora teve ao construí-la. Quer mesmo jogar o trabalho de pobres no lixo, senhorita Denebola?

A garota sabe que é pobre demais para fazer a compra, mas também sabe que vai se comportar como o que há de pior na burguesia ao jogar fora o esforço de pessoas como ela.

-Por favor, não tire a Láquesis de mim. - Disse ela chorando. -Ela é tudo o que eu tenho, não tenho nem mesmo uma cama ou um pão para comer.

Ela começa a abraçar a máquina, a dor da pobre coitada se humilhando ao ponto disso.

-Comovente, posso analisar todos os seus estímulos e impulsos elétricos, estão realmente indicando emoções negativas. Vou deixar que a própria Monarca Meyssa resolva isso, ela decidirá se irá pagar a sua dívida ou não.
-Posso ficar com ela?
-Deixarei a fiscalização. Poderão pilotar, mas irei limitar tudo o que a espaçonave é capaz de fazer.
-Fala sério!
-A Monarca Meyssa é socialista, segundo a política dela, tal veículo espacial é produzido pela mão trabalhadora e colocado na prateleira através do capitalista, isto é, eu. Vejo que você é trabalhadora, senhorita Denebola, isto foi construído com dinheiro público, não só de Esparta, mas de vários outros planetas e Reinos. Se estivéssemos no Reino Dourado, você já estaria presa e com um chip implantado na cabeça, desmaiada no chão.
-Vai deixar eu ficar com a nave, sim ou não?
-Afirmativo, só depois de pagarem a dívida, fora isso, não poderão sair do planeta.

Risen abre um holograma, mostrando todas as pessoas que estavam participando da criação desta nave.

-Desde engenheiros revolucionários à trabalhadores assalariados, bilhões de astras fariam uma enorme densidade econômica na vida destas pessoas. Não romantizem o roubo, vocês não precisam de uma nave que viaja entre constelações se apenas a querem usar para usar redes cibernéticas.
-Posso só pedir um favor?
-Diga.
-Acho preto e metálico muito genérico, coloca uma cor mais incomum.
-Qual seria?
-Hm... Rosa.
-Feito, agora, prestem atenção: O que fizeram foi um golpe, um roubo, assim como a camisa da Princesa Saiph.
-Como sabe disso!?
-Aliás, como sabe que eu tenho um irmão?
-Pensamentos são nada mais do que impulsos elétricos, sou capaz de prever os seus pensamentos antes deles acontecerem. Logo, sou capaz de ler toda a sua memória.

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora