2° Tem. 2° capítulo

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BRUNNA

Enquanto os agentes selecionados para a missão de hoje se preparavam, eu estava focada na revisão de cada ação que seria executado essa noite. Não podíamos obter falhas, era uma chance excepcional e Não poderia ser desperdiçada por tão pouco.

Bru: Podem entrar - Avisei ao ouvir alguém na porta.

??: Já estamos todos prontos, comandante - Avisou e eu assenti já me colocando de pé e pegando meu distintivo.

Bru: Não precisa me chamar assim, quantas vezes terei que repetir? - Comentei e em resposta ela se limitou ao sorriso - É sério Lari, não precisa ser tão formal assim.

Lari: É uma questão de respeito, Brunna. Mas se é o que você tanto quer, farei o possível - Disse sorrindo e soltando um longo suspiro em seguida - Acha que enfim vamos conseguir encerrar esse caso?

Bru: Não faço idéia, mas é tudo o que eu mais venho desejando nessa última semanas - Assentiu indo atrás de seu colete, enquanto o meu era entregue junto de um fuzil automático - As instruções a serem seguidas estão claras e foram estudadas com grande precisão então ajam de acordo com o que foi planejado e iremos voltar sem sofrer perdas, entenderam?!

Todos: Sim senhora!! - Disseram em coro ao assentir. Então apenas me virei de costas e segui até os carros que seriam usados.

Bru: Agentes Carvalho, Martins e Vieira, vocês vão comigo. Os demais já sabem as equipes em que estão, então vamos logo - Dei o ultimato final e em segundos já estávamos na rota para o local de apreensão.

Desde que assumir o posto de comandante da Cia, só tenho obtido êxito em cada uma das missões executadas. E está meio óbvio que é justamente por causa disso que o FBI solicitou a nossa ajuda nesse caso, algo que raramente acontece. CIA e FBI trabalhando jjuntos em algo é uma ação para ser estudada, no mínimo contemplada. Assim que recebi as pastas do caso para serem estudadas, vi que não seria tão fácil como pensei, mas era uma missão como outra qualquer. De alto nível de dificuldade, mas ainda sim, uma missão. Ainda não havia sido informada de qual seria a equipe enviada para o trabalho em conjunto, então não escondi o sorriso que se formava em meu rosto ao ver Arthur presente entre os demais.

Bru: García meu querido, a quanto tempo a gente não se fala mesmo? - Esbanjei ironia e o mesmo sorriu.

García: A essa altura do campeonato, eu poderia afirmar com toda a certeza que há em mim, que você já não teria mais um distintivo para exibir por aí, Gonçalves - Desdenhou e meu sorriso só aumentou ao ver que seu superior se aproximava.

??: Comandante, pontual como me informaram - Disse  e eu apenas assenti aceitando seu aperto de mão  - Sou coronel Miller, diretor do setor privado do FBI. Vejo que já conhece o tenente García.

Bru: Tivemos o prazer de trabalhar juntos em uma divisão no Brasil e garanto que será um prazer ainda mais trabalhar cima sua equipe Coronel - Assentiu já caminhando a linha de frente - Quero que as equipes: 2 e 3 vão com ele, equipe 1 vem comigo e 4 fica na contenção.

Com as ordens dadas, cada um seguiu para seu posto e a operação teve o seu início. Se colocando em pontos estratégico, só seria precisa esperar para agir de acordo com o momento. Porém algo não estava batendo, nossas ações foram executadas com uma facilidade muito grande e ainda não creio que fui a única a perceber esse detalhe. O silêncio nas docas era gritante, isso até um pequeno grupo de quatro pessoas surgir com uma espécie de maleta em mãos.

Bru: Equipe 2, descreva sua situação - Pedi pelo ponto enquanto observava a movimentação dos alvos em questão.

??: Nada fora do normal até o momento - Responderam imediatamente.

Bru: Coronel,o que vê? - Perguntei ao checar o horário. O raio de visão que ele possuía era de um ângulo diferente da minha, então era possível a aproximação de mais pessoas.

Coronel: Grupo pequeno muito bem armados caminhando do lado sul para o posto dos primeiros alvos, mas nada de quem viemos buscar - Informou enquanto busquei a posição que ele citou.

Bru: Trinta segundos para agir, queremos o mínimo de perdas possível, então façam o melhor - Indiquei já saindo do meu posto e trocando o fuzil, pela 9mm adaptada com dardos tranquilizantes. Sem muito tempo para enrolação, me aproximei já disparando contra todos ali, tiros muito bem efetuados com o pescoço como alvo final - Agente Federal, solte a maleta e coloque as mãos para cima - Pedi para o último cara de pé.

??: Não posso fazer isso,  tenho ordens para cumprir. Bru: Mas se morrer aqui,não terá como concluir - Tentei, mas seu sorriso foi pura ironia e deboche.

??: Se eu for preso, também não - Deu a palavra final,já me dando as costas - As minhas escolhas nao são das melhores.

Róger: Brunna,sai logo daí, é uma armadilha - Ouvir ele me informar pelo ponto, mas já era um pouco tarde. Quando elevei meu olhar para o cara a minha frente,  ele simplesmente se jogou no chão e o impacto de uma explosão me atingiu me derrubando de imediato. Os meus sentidos se perderam imediatamente, estavam uma bagunça. Sem saber no que me concentrar, tentei me levantar deixando a mão pousada na cabeça para tentar amenizar a dor que sentia. Olhando para os lados, só conseguia ver vários vultos se formarem a minha frente.

Quando assumir esse posto,deixei claro para mim mesmo que sempre seria a única na linha de frente. Diferentemente do meu pai, eu jamais me esconderia atrás dos meus agentes, é algo que se encontrava fora de cogitação. Porém, as vezes as consequências podem acabar sendo muito altas e para minha sorte essa é a primeira vez que me ferrei assim. Fazendo o possível para voltar a sintonia de antes, me fiquei em um único ponto, abri e fechei os olhos algumas vezes para em seguida passar por dois dos meus agentes e acertar um cruzado de direita com tudo na cara do idiota que estava sobre o controle do coronel Miller e o babaca do García.

Bru: Que merda foi essa que aconteceu aqui?! - Soltei com toda a raiva presente em minha voz e o escroto sorriu ao cuspi o sangue de sua bocaemmeus calçados.

??: Isso? Foi apenas um presente, um aviso de que não podem ter o que querem quando quiserem.

Bru: Você vai apodrecer atrás das grades mesmo que consiga um bom acordo com a promotoria seu escroto de merda - Comentei lhe dando as costas e fazendo sinal para ser seguida.

??: Não seja idiota,eu sou apenas um bode expiatório, não vou sair daqui como estão pensando - Ao me dar conta do que ele falava,não levei dois segundos para me virar e o derrubar no chão para ver um disparo atingir o nosso lado - Não falei?

Bru: Cara, você é um verme não vale nada. Mas preciso de você vivo, então é assim que vai permanecer até chegarmos a sala de interrogatório - Deixei claro ao ficar de pé e trazê-lo comigo. Eu conhecia esse procedimento e não iria deixá-lo me parar dessa vez. Não sei quem está por trás do gatilho, mas sei quais são as suas ordens, então faria tudo sem medo - Quero uma proteção de 360 graus em volta desse merda. Larissa você fica ao meu lado, Roger e Arthur ficam atrás dele.

García: Ficou maluca? Vão matar a gente também.

Bru: Cala a boca e confia em mim palhaço - Fui firme ao dizer e me virei para seu superior - Coronel, mil e quinhentos metros de distância, um ponto seguro, possivelmente um prédio de porte  médio. Nos encontramos em minha base de operações - Ele assentiu e saiu com dois agentes em sua cola, então seguir com a escolta ao filho da puta, até chegar ao carro, onde o coloquei entro o Roger e o Arthur no banco de trás e me coloquei ao volante com a Lari ao meu lado.

Nosso caminho foi feito com calma e em um silêncio ensurdecedor, nada que fosse muito estranho para um momento. Estacionei na garagem do prédio talvez meia hora depois. Desci do carro já caminhando para minha sala com a Lari na minha cola, enquanto os rapazes levavam o filho da puta para a sala de interrogatório. Respirando fundo, me joguei na cadeira e deixei a cabeça pender para trás.

Lari: Como você está? - Perguntou se Sentando à minha frente.

Bru: Com raiva e exausta - Comentei e ela sorriu - Vou para casa descansar um pouco. Você deveria fazer o mesmo.

Lari: E vou... Não tem muito o que fazer mais por aqui...

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora