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LUDMILLA

Me levantei Outra Vez com aquela dor de cabeça insuportável, isso já tá virando rotina e não tá me agradando em nada. Seguir até o banheiro e tomei um banho demorado, tudo para tentar amenizar essa merda, que se meu velho descobrir, vai fazer de tudo para me mandar para uma clínica fora do país, só para refazer cada um dos exames. Não sei o porquê, se ele realmente sabe do que se trata, por que simplesmente não me diz e acabar logo com esse rodeio todo? Eu já tô começando a achar que ele não sabe de porra nenhuma e só disse aquilo para plantar uma dúvida em mim e devo dizer que ele até consegue por um tempo, mas isso acaba aqui, tô pouco me fudendo para tudo isso.

Sair do banheiro enrolada na toalha e fui até meu closet, onde peguei uma calça jeans escura rasgada no joelho e uma regata branca sem detalhes, calcei um tênis cano alto também branco, vestir uma jaqueta de couro só para completar e desci para comer alguma coisa, assim que peguei meu celular no criado mudo, o que me fez lembrar das mensagens daquela marrenta ontem. O que será que deu nela? Melhor ainda, o que será que eu fiz dessa vez? Não me lembro de ter feito alguma merda nesses  últimos dias. E pensar que eu queria pedir para ela me acompanhar na tal viagem que terei que fazer em dois dias.

Essa viagem como de costume é algo que papai praticamente me obrigou a fazer. Como eu disse antes, são os exames mais detalhados, mas acho que não vou é merda nenhuma, tô cansada de fazer tudo o que ele pede, já deu para mim, não sou mais criança, deixei de ser a muito tempo, só acho que ele ainda não entendeu isso.

Já na cozinha peguei uma fruta qualquer e fui atrás do meu capacete junto com as minhas chaves e vazei. Sem ter muito o que fazer, iria dar uma volta pela cidade, aproveitar o tempo que tava realmente agradável, o que para mim é uma novidade, mas que se foda, não tô ligando para nada disso. O dia seria longo e generosamente chato, sem nada de interessante para ser feito, ao menos não para mim. Mas eu daria o meu jeito, arrumaria algo para poder passar o tempo.

......

A noite já estava chegando e ainda não fui em casa, apesar das mil mensagens que meu velho me enviou, Fora as ligações que não me dei ao Luxo de atender. No momento eu me encontrava em uma parte bem isolada da cidade, onde o pessoal tem o costume de organizar pequenas lutas clandestinas, uma maneira fácil e divertida, para alguns, de ganhar uma quantia considerável de dinheiro. Até o momento eu apenas observava com muita atenção cada uma das lutas que acontecia sem tirar os olhos do celular.

Mensagem on

Eu: Pode me encontrar hoje

Bru: Não vai dar, estou presa no trabalho outra vez... Essa semana está sendo bem pesada.

Eu: E Por que será que essa desculpa não está me convencendo? 

Bru: Não é uma desculpa e se não acredita não posso fazer nada.

Eu: Tá de boa, eu descubro sozinha... Sou boa nisso. Depois só não diz que eu não avisei.

Bru: Tá querendo dizer o quê com isso?

Eu: Nada, deixa quieto, a gente se fala outro dia então. Quando tú não tiver que ficar "presa no trabalho".

Bru: Pode ser então, a gente precisa mesmo ter uma conversa séria.

Eu: É por causa disso que tá me evitando ? Uma conversa que eu não faço idéia do que pode ser.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora