2° Tem. 14° capítulo

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BRUNNA

Bru: Também peço desculpas, mas preciso me retirar - Falei me colocando de pé ao ver que a Ludmilla já não recebia no estabelecimento - É sempre muito bom te rever Silvana e espero termos uma nova oportunidade - Deixando transparecer sinceridade ao dizer, lhe cedir um beijo na bochecha, fazendo o mesmo com a mamãe em seguida - Depois conversamos mãe, tenham uma boa noite - Dito isso, peguei meu paletó e deixei o restaurante à passos calmos. Iria caminhar um pouco, antes de chamar um táxi ou dar um toque em Lari, já que o carro ficaria sob a posse de mamãe.

No fim das contas, eu não estava errada, quanto ao fato de achar que algo não estava certo. É óbvio que mamãe e Silvana forçaram esse encontro, o qual passou longe de sair como tal. O silêncio instalado naquela mesa foi gritante, o modo como ela se prendeu em seus próprios pensamentos, me fez querer, por algum motivo, saber o que se passava naquela mente completamente distorcida. Seu olhar permaneceu distante durante todo o tempo em que ficamos naquela mesa, o silêncio falando mais alto entre nós, enquanto nossas mães discutiam algo aleatório. Eu por outro lado, não sabia como deveria reagir a tudo, apenas me limitei em revezar minha atenção entre o assunto tratado entre as mais velhas e aquele ser distraído a minha frente.

Lud: Não pensei que fosse voltar a te encontrar por aqui - Sair dos meus desvaneios ao ouvir sua voz logo atrás de mim. Estava andando a mais de meia hora e ainda não havia notado essa passagem de tempo. Como já era do meu feitio, sem nem mesmo me dar conta, estava a poucos passos do jardim que sempre me chamava - Não depois de tudo o que aconteceu.

Bru: Poderia te dizer o mesmo.

Lud: Apareço sempre que posso - Confessou sem o tom de brincadeira ou ironia, apenas passou por mim e se sentou sobre o gramado, fitando o horizonte - A calma desse lugar me ajuda a pensar e me concentrar no que quer que seja.

Eu não iria dizer, mas também agia assim Sempre que a mente pesa e não quero conversar com ninguém, simplesmente pego o caminho até aqui e perco horas do meu tempo organizando meus pensamentos, mergulhando nas melhores lembranças que esse lugar me trás.

Flashback On


Com o horário vencido e depois de ter colocado tudo às claras com meus superiores, estava enfim livre de mais um dia cansativo. E como havia marcado de me encontrar com a Ludmilla no jardim ao lado do parque, aqui estou eu seguindo para lá. Estacionei meu carro ao lado da moto dela e desci caminhando até a mesma em passos lentos e silenciosos, já que ela estava sentada de costa, então me aproximei já tampando seus olhos.

Lud: Não preciso nem adivinhar - Disse me puxando para frente e me prendendo em seu colo - Para ti - Disse me entregando uma chave, não deixando o sorriso em seu rosto morrer.

Bru: Não entendi - Falei me sentando de frente para ela, fixando meu olhar sobre a chave.

Lud: É um presente - Alargou ainda mais o seu sorriso - Soube que foi efetivada.

Bru: Claro que soube - Também sorrir já sabendo quem a contou - Mas você ainda não  disse de onde são as chaves.

Lud: Da nossa casa - Disse me deixando um pouco sem chão - Se você quiser, é claro - Diante do meu silêncio, pôs um pé atrás, o que achei engraçado. O que me faria em sã consciência dizer não?

Bru: Claro que eu quero - Falei pulando em cima dela de modo que a derrubei sobre a grama e a beijei - Tudo o que for com você.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora